sexta-feira, 27 de junho de 2014

Golfinhos fêmeas encontradas mortas em praia de Peruíbe estavam grávidas




Animais morreram afogados após ficarem presos em alguma rede de pesca. Mamíferos estão ameaçados de extinção.
27/06/2014 10h22 - Atualizado em 27/06/2014 10h23
Do G1 Santos
Golfinhos fêmeas encontradas mortas estavam grávidas (Foto: Thiago Nascimento / Arquivo Pessoal)Golfinhos fêmeas encontradas mortas estavam grávidas (Foto: Thiago Nascimento / Arquivo Pessoal)
Uma necropsia realizada nos golfinhos encontrados mortos em uma praia de Peruíbe, no litoral de São Paulo, revelou que os animais morreram afogados após ficarem presos em alguma rede de pesca. Entre os animais, três eram fêmeas e estavam com filhotes em gestação. Os animais, conhecidos como golfinho-do-rio-da-prata, estão ameaçados de extinção.
Os animais foram encontrados na Praia das Ruínas nesta quarta-feira (25), próximo à cidade vizinha de Itanhaém, e posteriormente foram levados para o Aquário da cidade, onde os sete mamíferos, dos quais quatro eram adultos e três jovens, foram analisados por uma equipe formada por biólogos.
Golfinho morreu na Praia das Ruínas, em Peruíbe, SP (Foto: Reprodução / TV Tribuna)Golfinho morreu na Praia das Ruínas, em Peruíbe, SP (Foto: Reprodução / TV Tribuna)
Golfinhos foram encontrados mortos em praia de Peruíbe, SP (Foto: Reprodução / TV Tribuna)


Fonte: Golfinhos foram encontrados mortos em praia de Peruíbe, SP (Foto: Reprodução / TV Tribuna)

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Banhista encontra 7 toninhas mortas em Peruíbe, SP

Banhistas encontram sete golfinhos mortos em praia de Peruíbe, SP
Espécie, que está ameaçada de extinção, é a menor entre os golfinhos. Biólogos investigam as causas da morte dos mamíferos.
25/06/2014 11h25 - Atualizado em 25/06/2014 11h29
Do G1 Santos
Golfinhos foram encontrados mortos em praia de Peruíbe, SP (Foto: Reprodução / TV Tribuna)Golfinhos foram encontrados mortos em praia de Peruíbe, SP (Foto: Reprodução / TV Tribuna)
Sete golfinhos foram encontrados mortos, lado a lado, na manhã desta quarta-feira (25), em Peruíbe, no litoral de São Paulo. Os animais, conhecidos como golfinho-do-rio-da-prata, são os menores entre os golfinhos e estão ameaçados de extinção.
Os animais foram encontrados por banhistas nas areias da Praia das Ruínas, perto do limite da cidade com Itanhaém, também no litoral sul. Uma equipe formada por biólogos do Aquário da cidade recolheu os mamíferos para analisar os motivos das mortes.
De acordo com informações dos responsáveis pelo Aquário, os sete animais, quatro adultos e três jovens, passarão por uma necrópsia ainda na tarde desta quarta-feira. Por causa dos poucos ferimentos, existe a possibilidade de os animais terem ficados presos em uma rede.
Moradores encontraram os golfinhos mortos na Praia das Ruínas, em Peruíbe, SP (Foto: Reprodução / TV Tribuna)Moradores encontraram os golfinhos mortos na Praia das Ruínas (Foto: Reprodução / TV Tribuna)
Golfinho morreu na Praia das Ruínas, em Peruíbe, SP (Foto: Reprodução / TV Tribuna)Golfinho morreu na Praia das Ruínas, em Peruíbe, SP (Foto: Reprodução / TV Tribuna)
 Fonte:
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/06/banhistas-encontram-sete-golfinhos-mortos-em-praia-de-peruibe-sp.html

terça-feira, 24 de junho de 2014

24 de junho, Dia Nacional da Araucária

Pinheiro do Paraná



Conhecido por sua magnitude e porte elegante, o pinheiro, cujo nome científico é Araucária Angustifolia, é a árvore símbolo do Paraná, com 20 a 40 metros de altura e 1 a 2 metros de diâmetro de tronco cilíndrico, raramente bifurcado. A partir de março começa o amadurecimento das pinhas, cujos pinhões são apreciados pelo homem, servindo também de alimento para inúmeros animais como gralhas, esquilos, ouriços, pacas, etc. A mata de Araucária Angustifolia que caracteriza a paisagem do sul do Paraná, primitivamente ocupava uma área de 73.780 km². Atualmente resta apenas uma área de aproximadamente 1,3% estando a espécie ameaçada de extinção, devido a exploração indiscriminada que vem sofrendo. Felizmente, o paranaense desperta para a importância da preservação de sua árvore símbolo, através de campanhas de reflorestamento e da reconstituição da flora nativa.
Fonte: www.turismo.pr.gov.br

Foto: Daniela Zaccarelli Campos do Jordão, SP, 2011

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Chile rejeita hidroelétrica de US$ 8 bi na Patagônia por razões ambientais

Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil / Agências Internacionais



Crédito imagem: Campanha Patagônia sem Barragens

Em uma decisão que reflete uma consciência com o meio ambiente que geralmente não é encontrada em outros países, o governo chileno decidiu nesta terça-feira (10) dizer não à construção da usina hidroelétrica de HidroAysen na região da Patagônia por temer impactos no ecossistema.

O projeto, que seria conduzido pela empresa espanhola Endesa e pela chilena Colbún, inundaria uma área estimada de 56 quilômetros quadrados para gerar 2,7 GW de energia, ao custo de US$ 8 bilhões em investimento.

A região que ficaria embaixo da água abriga florestas intocadas às margens dos rios Baker e Pascua, além de ser habitat de diversas espécies de animais e plantas que são apenas encontradas na Patagônia.  A usina ainda precisaria que novos dois mil quilômetros de linhas de transmissão fossem construídos através de diversas áreas de proteção ambiental do Chile.

A decisão de negar a permissão ao projeto partiu de um comitê formado pelos ministérios do Meio Ambiente, Agricultura, Energia, Economia, Saúde e de Mineração. Todos os representantes do comitê foram contrários à construção da hidroelétrica.

“Chegamos à conclusão de que a comunidade está certa em protestar contra o projeto, assim consideramos que é melhor para o Chile não seguir com a obra”, disse Pablo Badenier, ministro do Meio Ambiente, fazendo referência às 35 ações judiciais que entidades ambientalistas e conselhos comunitários promoveram contra a usina.

“É um dia histórico. É uma alegria ver que o povo conseguiu sensibilizar os governantes”, disse Juan Pablo Orrego, coordenador da campanha Patagônia sem Barragens, à agência IPS.

A Endesa e a Colbún têm agora um mês para contestar a decisão.

O Chile tem se destacado recentemente pelos seus projetos de energia alternativa, em especial os solares. No começo deste mês, o país inaugurou a usina fotovoltaica Amanhecer, a maior da América Latina. 

Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=737357

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Parque Nacional de Anavilhanas - O maior arquipélago fluvial do mundo no meio da Amazônia

Manaus é um dos grandes portais de entrada para quem quer conhecer a Amazônia. Para aqueles que visitam a cidade vindos de fora do país ou de outras regiões, o Parque Nacional de Anavilhanas é uma excelente opção de destino, não muito distante da cidade.

Com 350 mil hectares, a unidade de conservação abrange os municípios de Novo Airão e Manaus e uma grande área fluvial, com mais de 400 ilhas no rio Negro, que representa 60% do seu território.
O Parque foi criado em 2008, mas desde 1981 o local já era protegido como Estação Ecológica. Entre seus objetivos estão a proteção desse arquipélago fluvial, que é o maior do mundo, suas florestas e biodiversidade, além de promover a pesquisa cientifica, atividades de educação ambiental e turismo sustentável.
O encontro com os botos é uma das maiores atrações de Anavilhanas. Foto: ICMBio/ Rafael Pinto
A interação com botos-vermelhos (mais conhecidos como botos-cor-de-rosa) é um dos principais atrativos da UC, mas há muitas outras coisas para ver por lá. Os visitantes se encantam com a beleza das praias de rio, com as trilhas aquáticas de igapó (na época da cheia, de março a agosto),a vista aérea das ilhas, a observação da flora e da fauna e os passeios de barco pelo arquipélago. Conhecer um pouco da cultura e meios de vida das comunidades tradicionais ribeirinhas também é uma vivência enriquecedora.
Para chegar até o parque, é possível escolher entre carro (taxi), ônibus, lancha ou barco regional. A última opção, apesar de ser uma experiência mais típica, é a mais longa: são cerca de nove horas, contra as três horas gastas pela lancha. O ônibus leva cinco horas e o carro duas horas e meia.
De qualquer forma, chegar lá recompensa qualquer desafio no trajeto. Afinal, não é à toa que a peculiaridade do local, sua importância ambiental e atoda sua beleza fizeram do parque nacional Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera (Unesco).  
O Parque Nacional de Anavilhanas possui mais de 400 ilhas no rio Negro. Foto: Divulgação /ICMBio

Fonte: http://observatorio.wwf.org.br/blog/2014/06/16/parque-nacional-de-anavilhanas-o-maior-arquipelago-fluvial-do-mundo-no-meio-da-amazonia/

terça-feira, 10 de junho de 2014

Governo irá proibir uso de botos e jacarés como isca


Para proteger as espécies, pesca da piracatinga será suspensa por cinco anos a partir de 2015

Divulgação/ MMAMedida vai proteger boto-vermelho de extinção
Medida vai proteger boto-vermelho de extinção
Os ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Pesca e Aquicultura (MPA) vão proibir, por cinco anos, a pesca e comercialização da piracatinga, um peixe liso, conhecido na Amazônia brasileira também como urubu d'água ou douradinha. O objetivo é proteger o boto-vermelho, o jacaré-açu e o jacaretinga, utilizados como isca para captura do piracatinga. A medida deve vigorar a partir de 2015, quando começa a moratória da pesca da piracatinga.
De acordo com a área técnica do MMA, a pesca da piracatinga é ambientalmente insustentável e economicamente inviável, nas condições atuais, pois a atividade é realizada de forma predatória, com grave risco à sobrevivência de botos e jacarés. Tanto que, com base nos questionamentos e recomendações do Ministério Público, o MMA vem estudando medidas adequadas de controle da atividade, como a instituição da moratória.
Estima-se que, anualmente, são mortos de 67 a 144 botos-vermelhos para uso na pesca do piracatinga. Essa quantidade está bem acima da taxa natural de mortalidade, estimada em 16 animais ao ano. Isso tem causado uma redução drástica na quantidade de espéciess. Estudo divulgado em 2011 mostrou que, em uma década, a população de botos da Amazônia caiu pela metade.
O problema é tão sério que a matança dos botos e jacarés já está sendo investigada pelo Ministério Público Federal no estado do Amazonas.
Segundo informações do MMA, as populações desses animais vêm sofrendo decréscimos consideráveis desde o final da década de 1990, quando toneladas de piracatinga começaram a ser exportadas para a Colômbia, onde é muito apreciado. Mas, agora, brasileiros das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, além do Paraná, também começaram a consumir o peixe.
Grave risco
Sabe-se que a preferência pelos botos e jacarés deve-se a elevada eficácia das iscas feitas com carne desses animais na captura da piracatinga e ao baixo custo na obtenção de iscas. Os caçadores vendem cada boto ou jacaré por até R$ 50,00, que são transformados em iscas em quantidade suficiente para a pesca de 300 a 600 quilos do piracatinga, o que representa até R$ 600,00 de rentabilidade em uma noite de pesca.
Dados do Plano de Ação Nacional para Conservação dos Mamíferos Aquáticos, o PAN Pequenos Cetáceos, mostram que a reprodução do boto-cor-de-rosa, ou boto-vermelho, está fortemente associada ao ciclo das águas da região. O processo reprodutivo ocorre entre os meses de maio e setembro, no final do período da cheia e durante a vazante na Amazônia central.
Fragilidade
Sobre a necessidade de preservar esses animais, o gerente de Biodiversidade Aquática do MMA, Roberto Ribas Gallucci, explica que os botos “possuem papel fundamental no equilíbrio ecológico de ecossistemas aquáticos da Amazônia, como predadores de topo na cadeia alimentar e que contribuem para a saúde dos estoques ao eliminar os indivíduos mais frágeis”.
Além disso, têm importância marcante na geração de renda e na economia local, por meio do turismo sustentável, a exemplo do turismo interativo. Esse trabalho é feito com botos no Parque Nacional de Anavilhanas em parceria com a Universidade Federal do Amazonas, Associação de Turismo de Novo Airão, Flutuante dos Botos, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica Parque e Reserva Extrativista do Rio Unini.
Segundo Roberto Gallucci, os mamíferos aquáticos são especialmente vulneráveis a ameaças devido às suas baixas taxas de natalidade, da lenta maturação sexual, dos intervalos longos entre cada cria, gerando apenas um filhote por vez.
“Os botos são espécies críticas nos ecossistemas aquáticos da Bacia do Rio Amazonas, não só como predadores de topo, mas também como elementos significativos das culturas e tradições de muitos grupos indígenas em toda a bacia”, afirma Gallucci.
O uso do boto-vermelho na pesca tem contribuído para a redução de cerca de 10% ao ano das populações nativas do mamífero, colocando o animal em risco de extinção.
Dados técnicos mostram que, entre os botos-vermelhos, os machos adultos são bem maiores e mais robustos que as fêmeas, podendo chegar a 2,55 metros de comprimento e 200 quilos de peso. As fêmeas, que atingem 2,25 metros e até 155 quilos, têm gestação de aproximadamente 11 meses. O único filhote nasce com pelo menos 80 centímetros de comprimento e permanece com a mãe por pelo menos três anos. O intervalo mínimo entre os nascimentos, quando não ocorre a perda do filhote, é estimado em cerca de três anos. A fêmea engravida novamente no final do segundo ano de amamentação.
Moratória
Os especialistas querem que o governo defina normas, critérios, padrões e medidas para a pesca da piracatinga, fixando áreas, épocas, equipamentos, petrechos adequados à pesca e tamanho mínimo do pescado, avaliando, inclusive, a necessidade de se estabelecer um período de defeso. Roberto Galluci conta que o MMA, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recomendam que a moratória da pesca e comercialização da piracatinga seja estabelecida por tempo indeterminado, “com base na necessidade urgente de se coibir uma prática disseminada que tem promovido a matança intensiva de botos cor-de-rosa, além de botos-tucuxi e dos jacaré-açu e jacaretinga”.
Além da proibição, o MMA recomenda a implementação de um conjunto de medidas para o controle, fiscalização, capacitação para atividades produtivas sustentáveis e divulgação da legislação da proteção aos botos, de forma a garantir resultados mais amplos e duradouros. O objetivo é “combater a atividade ilegal, com resultados positivos não apenas para o meio ambiente, mas também para a economia das comunidades locais, demonstrando o firme interesse do Brasil em proteger essa espécie, símbolo da Amazônia, patrimônio da fauna e da diversidade biológica da região, além de defender a atividade pesqueira tradicional, realizada de forma legal e sustentável pelos povos da Amazônia”, esclarece Roberto Gallucci.
Filhotes
De acordo com a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), localizada no Amazonas, as características da espécie contribuem para a vulnerabilidade desse mamífero amazônico. As fêmeas têm gestação de dez meses e cuidam dos filhotes por até quatro anos, ou seja, a inserção de outro boto na natureza é demorada.
Segundo o Ministério da Pesca, a moratória da piracatinga vai resguardar a subsistência do pescador artesanal, que ficará autorizado a capturar até cinco quilos por dia para o consumo familiar.
Fonte: http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2014/06/governo-ira-proibir-uso-de-boto-vermelho-e-de-jacare-como-isca

segunda-feira, 9 de junho de 2014

BALEIA A VISTA! AS BALEIAS FRANCAS CHEGARAM A SANTA CATARINA!

O pessoal do Projeto Baleia Franca teve hoje nossa primeira avistagem, próximo a PRAIA DO PORTO em IMBITUBA! Era uma baleia adulta sozinha e estava se deslocando em sentido norte! Infelizmente nao foi possível o registro fotográfico mas eles estão de plantão!
Se voce avistar uma baleia, compartilhe aqui ou avise:
email: projeto@baleiafranca.org.br
Twitter: @baleiafranca
fone: (48)3255-2922 / 9963-6635
Acompanhe as atividades, eventos e informações sobre as baleias nesta temporada! 
Facebook: https://www.facebook.com/ProjetoBaleiaFrancaBrasil
Para saber mais acesse: www.baleiafranca.org.br

domingo, 8 de junho de 2014

quinta-feira, 5 de junho de 2014

05 de Junho, dia Mundial do Meio Ambiente. O que há para se comemorar?

por Márcia Pimenta, especial para a Envolverde
unnamed1 Dia Mundial do Meio Ambiente: o que há para se comemorar?
Datas comemorativas, como o próprio nome diz, existem para celebrar e estimular novas conquistas. Confesso que tive dificuldades em enumerar conquistas no que se refere ao meio ambiente no Brasil, pois os retrocessos são enormes. Quem luta pelas questões socioambientais, luta para não cair no pessimismo e busca transformar indignação em ação.
No ano passado, a sociedade foi às ruas por melhores condições de transporte. A perda de qualidade de vida com os engarrafamentos, que paralisam as grandes cidades, traduz-se em perda de tempo e produtividade, problemas respiratórios devido à poluição, impermeabilização do solo e menos espaço para o lazer dos cidadãos. O esforço da sociedade culminou com a proposta do governo federal de aplicar R$ 50 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC em mobilidade urbana. A imobilidade dos tomadores de decisão fez com que a proposta não saísse do papel. Totalmente na contramão da ambição da sociedade, o governo planeja diminuir impostos para estimular a venda de carros, enquanto a tributação sobre as bicicletas faz com que as “magrelas” brasileiras sejam umas das mais caras do mundo.
Enquanto isso, o mundo aquece. O 5º relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas lançado em março adverte: o impacto do aquecimento global será “grave, abrangente e irreversível”. Impacto nas colheitas, aumento de desastres devidos aos fenômenos climáticos extremos, como enchentes e as secas que afetam a disponibilidade de água para milhões de pessoas. Essas previsões não acontecerão num futuro remoto. Elas já estão presentes.
O noticiário nacional se transformou num boletim ambiental e você nem reparou. As regiões CO e SE foram duramente impactadas pelo desequilíbrio do regime de chuvas. A floresta amazônica, responsável pela formação dos rios voadores que trazem a umidade para estas regiões, impactada pelo desmatamento para dar lugar a soja e à pata do boi, não consegue mais dar conta dessa função. O impacto constelou para a sociedade em forma de falta d’água na região mais rica do país, São Paulo. O Sistema Cantareira alcançou o nível mais baixo da sua história, deixando os paulistas sem água para consumo e prejudicando atividades produtivas.
O sistema de abastecimento de energia do país foi afetado, pois 65% da energia gerada no país são de fonte hidrelétrica. A falta de planejamento e investimento em energias renováveis fez com que o governo federal lançasse mão das termelétricas, muito mais poluentes e caras. Adivinha quem vai pagar essa conta?
Nossos tomadores de decisão não fizeram o nexo causal. Pelo contrário: aumenta a pressão desenvolvimentista sobre as Unidades de Conservação – UCs. Nos últimos anos perdemos 5,2 milhões de hectares das UCs e apenas duas novas foram criadas. Os índios, guardiões de nossas florestas biodiversas, têm sido alvo de ataques sistemáticos de setores produtivos, como mineração e agropecuária, de olho em mais terras para expansão de suas atividades. E não é só isso, mais de mil espécies da fauna brasileira correm risco de extinção.
Embora haja um consenso mundial de que a degradação ambiental é um sério impedimento para qualquer projeto de desenvolvimento econômico ou social, para alguns políticos, empresários e ruralistas, a preocupação ambiental é uma conspiração para impedir o país de crescer. Afinal, todo mundo sabe que para crescer é preciso destruir a natureza!
No Brasil este embate de forças têm gerado inúmeros conflitos e um preocupante ranking mundial: o país é campeão em mortes de ambientalistas em defesa de suas causas, em comparação com os demais países. O que vamos comemorar?

Fonte: http://envolverde.com.br/ambiente/dia-mundial-meio-ambiente-o-que-ha-para-se-comemorar/

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Exposição apela para conservação dos botos da Amazônia

“Piraiá-guará: um sedutor ameaçado” reúne 80 imagens marcantes da caça ilegal do boto-vermelho.

Divulgação/ InpaMostra é composta por imagens de 5 mamíferos aquáticos da Amazônia
Mostra é composta por imagens de 5 mamíferos aquáticos da Amazônia
A Associação Amigos do peixe-boi (Ampa) lança, nesta quarta-feira (4) a exposição “Piraiá-guará: um sedutor ameaçado”. A mostra reúne imagens marcantes da caça ilegal do boto-vermelho. Ao todo são 80 imagens, incluindo fotos de atividades de educação ambiental das duas instituições de preservação dos cinco mamíferos aquáticos da Amazônia (peixe-boi, boto-vermelho, boto tucuxi, lontra e ariranha). 
A exposição é uma parceira entre a Ampa com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI). O lançamento será, às 18h30, na Livraria Saraiva do Manauara Shopping, zona centro-sul de Manaus, onde permanecerá até o dia 17 de julho. 
A mostra é composta por imagens dos fotógrafos  de seis fotógrafos profissionais, reconhecidos mundialmente, e de pesquisadores doInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI) e da Ampa, que “congelaram” as experiências do campo no monitoramento dos mamíferos aquáticos da Amazônia. 
Os trabalhos são dos fotógrafos André Zumak, Anselmo D´Affonseca, Doug Allan, Edmar Barros, Kevin Achafer e José Zamith Filho, também curador da exposição.
Piraiá-guará
O boto-vermelho é conhecido como Piraiá-guará, que em tupi-guarani significa “peixe-vermelho”. O nome boto-cor-de-rosa, popularizou-se no Brasil na década de 80 quando o documentário francês “Jacques Cousteau na Amazônia” foi traduzido ao pé da letra do inglês para o português - Pink dolphin como golfinho cor-de-rosa e posteriormente popularizado como boto-cor-de-rosa, para diferenciá-lo do boto-cinza, o tucuxi. E é para o romântico das águas amazônicas que os olhos do mundo estão voltados. Enquanto uns lutam para a preservação do boto-vermelho; outros o utilizam para fins comerciais, numa pesca totalmente insustentável e ilegal. 
“Propomos na exposição ‘Piraiá-guará: um sedutor ameaçado’ um momento de reflexão. Uma oportunidade de perceber que o boto-vermelho vale muito mais vivo que morto. E, por isso, o nosso desejo é que ele continue encantando os nossos olhos com sua beleza e viva nos rios da maior bacia hidrográfica do mundo, realizando o seu papel de manter o equilíbrio ecológico”, destaca o diretor-executivo da Associação Amigos do peixe-boi (Ampa), Jone César Silva.
Sobre a Ampa
A Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) atua há mais de uma década na conservação e  pesquisa dos cinco mamíferos aquáticos da Amazônia. A organização recebe incentivos do Programa Petrobras Socioambiental, por meio da Petrobras, e do Projeto Ecoturismo Amigo do boto-vermelho, através do Programa Oi Futuro.
Fonte: http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2014/06/exposicao-faz-apelo-para-a-conservacao-dos-botos-da-amazonia

Pescadores de tainha se preocupam com morte de botos em Laguna

Em 2014, quatro botos foram mortos devido à pesca ilegal.
Animais ajudam a cercar cardumes, o que facilita a captura dos peixes.


Boto fêmea foi encontrada morta em maio (Foto: Reprodução/RBSTV)Boto fêmea foi encontrada morta em maio
(Foto: Reprodução/RBSTV)
Os pescadores de Laguna, no Sul catarinense, reclamam da quantidade de botos mortos na região. Somente em 2014, quatro botos foram encontrados sem vida no Rio Tubarão. A suspeita é de pesca ilegal, já que os animais ficam presos em redes atravessadas no manancial e não conseguem subir à superfície do mar para respirar.
"Um pescador que sabe avaliar direito, não mata boto. Eles ajudam a gente", afirma o pescador artesanal Loreci Zefferino. Os trabalhadores afirmam que os animais auxiliam os pescadores na captura de tainhas, por cercear cardumes. A multa pra quem for pego praticando pesca ilegal vai de R$ 700 a 100 mil, afirma a Polícia Militar Ambiental.
O major Jefer Francisco Fernandes, comandante da PM Ambiental, afirma que a patrulha realiza fiscalizações de três a quatro vezes por semana na área. Agora, vão reforçar o patrulhamento e cadastrar pescadores que costumam esticar as redes no rio. "Vamos convocar quem realiza a pesca e colocar lacres nas redes, assim fica mais fácil a identificação do infrator", diz o major.

Fonte: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/06/pescadores-de-tainha-se-preocupam-com-morte-de-botos-em-laguna.html

A Fotografia de Natureza perde Luiz Cláudio Marigo

marigoLuiz Cláudio Marigo em um mini-cursos de Birding Guide e Fotografia de Aves, no Parque Estadual da Serra da Cantareira. Foto: Dario Sanches/CC BY-SA 2.0

Morreu na manhã de ontem, aos 63, anos, o fotógrafo Luiz Cláudio Marigo, um dos principais fotógrafos de natureza do país, vítima de um grave enfarto composto ao descalabro da saúde pública do país.
Em dezembro de 2004, ((o))eco publicou um ensaio com 20 fotografias de Luiz Cláudio, que teve seus trabalhos publicados nas mais importantes publicações do mundo, incluindo a National Geographic americana, a Natural History, a International Wildlife, BBC Wildlife, Terre Sauvage e Das Tier. Entre os muitos prêmios que ganhou está o "Wildlife Photographer of the Year", o mais importante concurso do gênero, organizado pela BBC e Natural History Museum de Londres.
Suas fotografias também foram eternizadas em livros de pesquisadores como José Márcio Ayres, Adelmar Coimbra Filho, Carlos Toledo Rizzini e Luiz Soledade Otero, e mais de 30 publicações editadas em outros países.
Luiz Cláudio também era conhecido por produzir as imagens de animais que vinham nas embalagens do chocolate Surpresa, que mereceu verbete da Wikipédia, com referência obrigatória a Marigo.
Em ensaio sobre lobos-guará, para a National Geographic Brasil, feito em agosto de 2011 na Serra da Canastra, ele descreveu assim a fêmea guará que capturou em imagens:
A ruiva exuberante é alta, ágil e esbelta. Desde antes do amanhecer acompanho suas andanças, tentando observar melhor seus hábitos secretos. É julho, faz frio na serra da Canastra, em Minas Gerais, e nessa época o lobo-guará, um animal noturno, caça até depois de o sol raiar. Meus pés estão molhados e doem de tanto andar. A loba cheia de estilo, que batizamos de Clara por sua pelagem dourada brilhante, finalmente se retira para dormir no meio de uma macega de arbustos. Eu faço o mesmo: tento descansar um pouco.

0511
1409
Morte em frente a hospital especializado em cardiologia
É provável que a morte de Luiz Cláudio Marigo pudesse ter sido evitada. No fim da manhã, ele voltava de correr no Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e pegou um ônibus de volta para casa, em Laranjeiras, bairro próximo. No ônibus, começou a passar mal, com fortes dores no peito.
O motorista parou o ônibus em frente ao Instituto Nacional de Cardiologia, também em Laranjeiras, mas nenhum médico surgiu para atender Luiz Cláudio, sob a desculpa de que o hospital não tem atendimento emergência, além de estar em greve. Uma ambulância do SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) foi chamada, mas levou 30 minutos para chegar ao local. O Corpo de bombeiros também foi mobilizado e tentou reanimar Luiz Cláudio por cerca de 40 minutos, mas já era tarde. Ele morreu dentro do ônibus, estacionado em frente ao hospital.
Diz a reportagem de O Globo que, "Segundo o motorista do ônibus, Amarildo Gomes, quando os passageiros pediram ajuda na unidade de saúde ouviram que não havia emergência e, por isso, Luiz Cláudio não podia ser atendido".
A Polícia Civil instaurou inquérito policial para apurar a responsabilidade pela morte de Luiz Cláudio Marigo. O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) também vai investigar se houve negligência do hospital.
Luiz Cláudio Marigo deixa esposa e um filho, além de, como comentou no Facebook o fotógrafo Ciro Albano, uma legião de fãs "que comprava os chocolates Surpresa pela 'surpresa' da foto".

Fonte: http://www.oeco.org.br/noticias/28383-a-fotografia-de-natureza-perde-luiz-claudio-marigo

terça-feira, 3 de junho de 2014

Tatu em extinção reaparece nos campos do Mundial da Fifa



por Fabiana Frayssinet*
TatuBolaAssociacaCaatinga 2 Tatu em extinção reaparece nos campos do Mundial da Fifa
Dois exemplares de tatu-bola, um deles enrolado em si mesmo. Foto: Acervo Associação Caatinga
Rio de Janeiro, Brasil, 2 de junho de 2014 (Terramérica).- O mascote do Mundial da Fifa 2014 se inspirou no tatu-bola, uma espécie que pode fechar seu corpo como uma bola e que está ameaçado de extinção na região semiárida do Brasil, país sede desse torneio. A ideia nasceu em 2012 com uma campanha nas redes sociais da ecologista Associação Caatinga, que propunha o tatu-bola (Tolypeutes tricintctus) como mascote do campeonato, que acontecerá de 12 de junho a 13 de julho em 12 cidades brasileiras.
A Fifa (Federação Internacional de Futebol Associado) aceitou e batizou o mascote com o nome de Fuleco, derivado das palavras “futebol” e “ecologia”. “Trata-se de uma espécie exclusivamente brasileira, ameaçada de extinção”, disse ao Terramérica o secretário-executivo da Associação Caatinga, Rodrigo Castro. “Vive em um ecossistema pouco conhecido e protegido (a Caatinga) e tem a incrível capacidade de se fechar como um bola quando se sente ameaçado, devido à sua carcaça flexível”, explicou.
A Caatinga é o bioma semiárido do Nordeste brasileiro e cobre cerca de 10% do território nacional, entre 700 mil e um milhão de quilômetros quadrados. O Fuleco se multiplicou em milhões de bonecos e outros produtos com sua imagem comercializada pela Fifa – gerando também milhões de dólares em ganhos – exatamente ao contrário do pequeno animal, cada vez mais raro em seu habitat.
Na lista mundial de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), o tatu-bola está passando da categoria “vulnerável” para a “em perigo”. Isso “significa que, se nada for feito, o animal poderá ficar extinto nos próximos 50 anos”, disse ao Terramérica a bióloga e veterinária Flávia Miranda, do Projeto Tamanduá.
unnamed Tatu em extinção reaparece nos campos do Mundial da Fifa
Um tatu enrolado em sua armadura pode caber na mão de uma pessoa. Foto: Marco A. Freitas
Tolypeutes tricinctus é uma das duas espécies de tatu com a faculdade de se enrolar formando uma bola. A outra é o Toypeutes matacus, presente em vários países sul-americanos. O tatu-bola pode medir até 45 centímetros e pesar um quilo e meio. Sua armadura é composta por três camadas térmicas ossificadas. Alimenta-se principalmente de insetos. Estima-se que tenham desaparecido 30% de sua população original. “Calculamos que perdeu 50% de seu habitat nos últimos 15 anos”, destacou Miranda, também consultora da Associação Caatinga.
A redução do habitat é a principal razão do perigo de extinção, afirmou Castro, causada pelo desmatamento da Caatinga e do Cerrado, a vizinha ecorregião de savana tropical que o tatu-bola também habita. Mas não se pode ignorar a caça. “Trata-se de uma prática cultural e tradicional de comunidades rurais”, acrescentou. “Todos apreciam sua carne. Inclusive muitos o matam para vendê-lo porque custa cerca de R$ 50 (cerca de US$ 23) o quilo”.
Às vésperas do Mundial, o Ministério do Meio Ambiente lançou um Plano de Ação Nacional para a Conservação do Tatu-Bola, de cinco anos, elaborado com a Associação Caatinga. Trata-se de um compromisso público com a preservação da espécie. “Vamos trabalhar associados a universidades e organismos públicos e privados para reduzir o desmatamento e a caça”, detalhou Miranda.
O plano estimulará também a criação de unidades de conservação e de reflorestamento. Ugo Eichler Vercillo, coordenador geral do governamental Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, disse ao Terramérica que o plano permitirá criar uma “força-tarefa” para combater a caça. Também serão promovidas ações para compensar a perda de recursos das comunidades pobres que caçam o animal para subsistência, graças às proteínas de sua carne.
Entre outras iniciativas, receberão a Bolsa Verde, uma ajuda mensal de R$ 100, além de benefícios de outros programas sociais e de transferência de renda para setores em extrema pobreza. São “populações que vivem do que coletam, plantam e caçam” em lugares como o interior de Bahia, Pernambuco, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, explicou Vercillo. Esses habitantes de poucos recursos em áreas de difícil acesso cobiçam o tatu-bola “por não terem outra fonte de proteína”, acrescentou.
Em 2013, a Associação Caatinga, a UICN e a The Nature Conservancy puseram em marcha o programa Eu Protejo o Tatu-Bola, destinado a reduzir o risco de extinção. “Nosso projeto, estimado em dez anos, mapeará as áreas de presença natural e histórica e coletaremos dados de ameaças para trabalhar sobre eles”, contou Miranda.
Colocar a rolar o tatu-bola nos campos do Mundial busca convertê-lo “em uma espécie de símbolo da preservação da Caatinga, e de outras espécies da fauna e da flora que habitam”, afirmou Miranda. A Fifa adotou o tatu-bola como mascote por considerar que ajudará a “aumentar a conscientização no país sobre a vulnerabilidade” da espécie.
Porém, Castro espera algo mais da Fifa. “Nossa pergunta à Fifa é simples: o tatu-bola deu vida ao Fuleco, mas o Fuleco nada está fazendo pelo tatu-bola. Por que?”. Envolverde/Terramérica
* A autora é correspondente da IPS.
Artigos relacionados da IPS
Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação apoiado pelo Banco Mundial Latin America and Caribbean, realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.
(Terramérica) 

Fonte: http://envolverde.com.br/terramerica/tatu-em-extincao-reaparece-nos-campos-mundial-da-fifa/