quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Filme debate o novo Código Florestal

Cineastas André D'elia e Fernando Meirelles se unem em documentário para esclarecer os efeitos da nova lei.

Um dos fios condutores do filme é a relação simbiótica entre florestas e o ciclo natural da água


Há dois anos mobilizações populares solicitavam à presidente Dilma Roussef (PT) o veto integral da proposta do novo Código Florestal (Lei 12.651/12), que substituiu o texto original de 1965 e continha pontos polêmicos que claramente favoreciam o agronegócio. Muitos estudiosos alertavam a população e os políticos sobre os prejuízos econômicos, sociais e ambientais que as novas medidas poderiam trazer ao flexibilizar os limites para proteção de margens de rios e nascentes. A decisão presidencial optou por vetar apenas 9 dos 83 artigos, reformulando o código para a Lei 12.767/12
Entre as questões mais alarmantes estão a redução das áreas de mata ciliar e de preservação, além da anistia a crimes ambientais. Os pontos defendidos pelos ruralistas podem trazer danos irreversíveis não só à biodiversidade brasileira, mas também à produção agropecuária, pois as fontes de captação de água para a agricultura extensiva dependem também da oferta de água que os rios e fontes proporcionam. 
O documentário A Lei da Água – o Novo Código Florestal foi produzido para tentar esclarecer os efeitos práticos da lei. Um dos fios condutores do filme é a relação simbiótica entre florestas e o ciclo natural da água. Feito em formato didático, o longa de 75 minutos reúne depoimentos de cientistas, políticos, produtores rurais e ambientalistas. “A Lei da Água é um filme sobre ciência, agricultura, políticas agrícolas e, principalmente, florestas”, afirma o diretor André D'Elia.
A produção, que é resultado de uma parceria do ISA (Instituto Socioambiental), WWF-Brasil, Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) e Bem-Te Vi Diversidade teve a produção executiva feita pelo cineasta Fernando Meirelles, da O2 Filmes.
“Eu convido a todos para acompanharem o filme. Queremos lançar em cinema, circuito comercial, televisão e internet; mas isso só será possível, provavelmente, depois das eleições em novembro”, revela André. 
A pré-estreia do filme aconteceu durante a Virada Sustentável no Auditório do Ibirapuera. 
André D'elia já havia dirigido outros filmes com temáticas ativistas como Belo Monte – Anúncio de uma Guerra (disponível no Youtube) que conseguiu aumentar a discussão sobre a construção da usina e chamar atenção para investimentos em energias mais sustentáveis.

Confira o trailer de A Lei da Água - Novo Código Florestal:
https://www.youtube.com/watch?v=n3wZxYgRyWQ

Fonte: http://namu.com.br/materias/filme-debate-o-novo-codigo-florestal

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Comissão Baleeira rejeita criação de santuário no Atlântico Sul

A Comissão Baleeira Internacional (CBI) rejeitou nesta quinta-feira o projeto de criar um santuário para baleias no Atlântico Sul, defendido por países latino-americanos, e aumentou as exigências para a caça por motivos científicos, que o Japão quer retomar no Oceano Antártico.
Na votação, a proposta de Argentina, Brasil, Uruguai e África do Sul obteve dois terços dos votos dos membros da Comissão reunidos em Portoroz (Eslovênia), e não os 75% necessários para sua aprovação. No total, 40 países votaram a favor, 18 contra e dois se abstiveram.
A representante brasileira disse estar decepcionada com o resultado, mas ao mesmo tempo animada para continuar com o trabalho em favor da criação de um santuário no Atlântico Sul, já que "o apoio a este projeto aumenta".
A Comissão Baleeira Internacional abordou em várias ocasiões este projeto. As baleias já contam com dois santuários no oceano Austral e no Índico.
Os partidários dos santuários para os grandes cetáceos estimam que eles garantirão uma proteção reforçada se um dia a moratória imposta à caça comercial de baleias se flexibilizar.
"Os santuários são importantes refúgios seguros para as baleias em um meio ambiente cada vez mais ameaçado", disse Rebecca Regnery, da ONG Human Society International.
A CBI também aprovou nesta quinta-feira um texto que endurece os critérios para a caça à baleia por motivos científicos, ante as intenções do Japão de retomar a prática no Oceano Antártico.
A resolução, não vinculante, proposta pela Nova Zelândia e debatida durante a 65ª sessão da CIB, recebeu 35 votos a favor, 20 contrários e cinco abstenções.
Os países que caçam o animal (Japão, Islândia, Noruega, Rússia) foram contrários ao texto, assim como países africanos e do Caribe. Os membros da União Europeia, Estados Unidos, Austrália, vários países da América Latina, Gabão e Austrália votaram a favor.
A Corte Internacional de Justiça (CIJ) reconheceu em março que a caça científica de baleias por parte do Japão escondia na verdade uma atividade comercial.
O texto votado nesta quinta-feira retoma os principais argumentos da decisão da CIJ sobre a avaliação dos programas científicos de caça dos cetáceos.
Os países pediram uma análise sobre se o tamanho das mostras á "razoável" em comparação aos objetivos almejados e se estas metas podem ser alcançadas por "meios não letais", assim como garantir que "as informações obtidas por meios letais buscam melhorar a preservação e a gestão das baleias".
O Japão reafirmou na reunião da CBI em Portoroz que não pretende caçar baleias na temporada 2014-2015 no Oceano Antártico, mas que não renuncia à caça dos cetáceos em suas águas.
Neste sentido, as autoridades nipônicas devem apresentar até o fim do ano um novo programa científico para 2015-2016 na Antártica.
"É uma decisão importante que, se for respeitada, deveria acabar com a caça ilegal de baleias em nome da ciência", disse Aimée Leslie, da organização ecologista WWF.
De acordo com a CIB, o Japão capturou 417 baleias por motivos científicos em 2013. No total, 1.600 baleias foram caçadas no mundo no mesmo ano.

Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/comiss%C3%A3o-baleeira-rejeita-cria%C3%A7%C3%A3o-santu%C3%A1rio-atl%C3%A2ntico-sul-191209506--finance.html

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Peixe de 140 milhões de anos está perto de ser extinto devido à poluição


  • A espécie existe há cerca de 140 milhões de anos
    A espécie existe há cerca de 140 milhões de anos
O esturjão chinês, peixe que, acredita-se, exista há 140 milhões de anos, está à beira da extinção, pesquisadores chineses alertam.
A espécie Aciper sinensi teria coexistido com dinossauros e é considerada um "fóssil vivo". É tida como tesouro nacional na China e recebe proteção do governo do país.
Apesar disso, pesquisadores chineses dizem que nenhum esturjão chinês se reproduziu naturalmente, no ano passado, no rio Yangtsé - o maior rio da China.
É a primeira vez que isso ocorre desde que pesquisadores começaram a monitorar a população de esturjões, há 32 anos.
Eles dizem que o fato é consequência dos níveis crescentes de poluição no rio e da construção de dezenas de represas.

Golfinho extinto

Os pesquisadores, da Academia Chinesa de Ciências da Pesca, também descobriram que nenhum esturjão jovem foi visto nadando no Yangtsé em direção ao mar durante o perído em que normalmente fazem esse percurso.
Eles disseram à agência de notícias chinesa Xinhua que na década de 1980 havia milhares de esturjões no rio. Hoje, as estimativas são de que existam apenas cem espécimes.
"Sem reprodução natural, a população do peixe não pode se sustentar. Se não forem tomadas mais medidas para reforçar a conservação, o esturjão selvagem corre o risco de se extinguir", disse um dos pesquisadores.
Nos últimos anos, as autoridades chinesas construíram várias represas ao longo do Yangtsé, que tem 6,3 mil km de comprimento, para aumentar os suprimentos de energia elétrica do país.
As obras provocaram críticas por conta de seu impacto negativo sobre o meio ambiente e sobre populações locais, que foram forçadas a abandonar suas casas.
A ONG de proteção ambiental WWF disse que uma de duas espécies de golfinhos nativas do rio Yangtsé, o golfinho Baiji, tornou-se extinta em 2006 por causa da diminuição na quantidade de peixes no rio.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/bbc/2014/09/15/peixe-de-140-milhoes-de-anos-esta-perto-de-ser-extinto-devido-a-poluicao.htm

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Falcões tutti-frutti são melhores que nenhum falcão


Fábio Olmos - 09/09/14

Falco-peregrinus-Cubatao-2013-11-21-761Um Falcão-peregrino esquimó passa o verão no manguezal de Cubatão (SP). Foto: Fabio Olmos
Embora sintetizado já em 1874, as propriedades inseticidas do DDT só foram descobertas em 1939 pelo químico suíço Paul Müller, que ganhou um Nobel (aquele prêmio que nenhum brasileiro ganhou) pela descoberta.
Com o início da Segunda Guerra, o novo inseticida se mostrou útil no controle de doenças como a malária e o tifo, o que alavancou seu uso na agricultura. Produtores rurais, programas de controle de endemias e cidadãos comuns despejaram milhões de litros da coisa no ambiente.
Ninguém havia se preocupado em testar os impactos do DDT no ambiente. Logo ficou claro que o inseticida não matava só insetos considerados pragas, estava também aniquilando as populações de outros animais, como as aves. Embora o DDT não mate rapidamente, ele causa alterações fisiológicas que tornam as cascas dos ovos finas e quebradiças.
Impacto do DDT
"A pressão de cientistas e do público fez com que o uso agrícola do DDT fosse banido nos Estados Unidos em 1972. No Brasil isso só aconteceu em 1985."
O estrago causado pelo DDT e inseticidas similares inspirou a bióloga marinha Rachel Carson a escrever o livro Primavera Silenciosa, um marco no movimento ambientalista. Hoje sabemos que o DDT e outros pesticidas organoclorados não se degradam e acabam se acumulando conforme se sobe na cadeia trófica. E são uma hecatombe para a biota aquática.
Você, pináculo da pirâmide alimentar, tem quantidades significativas de DDT e derivados no seu corpo. Coisas que, entre outras coisas, são carcinogênicas e causam alterações hormonais. Apesar do que seu analista diz, talvez seja por isso que você é assim.
A pressão de cientistas e do público fez com que o uso agrícola do DDT fosse banido nos Estados Unidos em 1972. No Brasil isso só aconteceu em 1985.
Esta história nos lembra que o Brasil é um dos maiores consumidores de pesticidas do planeta, graças a um setor agrícola que é tosco embora se diga moderno. Aqui se usam substâncias proibidas em outras partes do mundo, reflexo de ministros da Agricultura que se comportam como representantes da indústria agroquímica e agências reguladoras que mostram tanta responsabilidade no assunto quanto os atuais Ministério da Fazenda e o subserviente Banco Central na condução da economia.
Pools gênicos e a recuperação do Peregrino
"Graças ao apoio do público, mais de 4.000 falcões nascidos em cativeiro foram libertados na sua antiga área de ocorrência e populações viáveis restabelecidas"
Aves de rapina foram seriamente impactados pelo DDT e várias populações foram extintas, como os falcões-peregrinos do leste dos Estados Unidos (o Falco peregrinus anatum). Um dos predadores alados mais icônicos, peregrinos ocorrem em boa parte do mundo, com mais ou menos 18 subespécies morfologicamente distintas. Membros de uma das formas migratórias (F. p. tundrius) vindos da Groelândia aparecem todos os anos na minha cidade natal, onde sua técnica de caça pode ser apreciada enquanto se toma um chopp e come-se pastel.
Indignados com a perda da espécie, cientistas e conservacionistas criaram o The Peregrine Fund em 1970. Graças ao apoio do público, mais de 4.000 falcões nascidos em cativeiro foram libertados na sua antiga área de ocorrência e populações viáveis restabelecidas. Como resultado, o falcão-peregrino foi excluído da lista norte-americana de espécies ameaçadas em 1999.
Além de mostrar que estratégias mão na massa que envolvem reprodução em cativeiro, solturas (sim, solturas podem funcionar), educação e ação política para eliminar as causas da extinção funcionam, o projeto doPeregrine Fund teve um detalhe que causa desconforto em parte da academia.
Os falcões estavam, para todos os efeitos, extintos a leste do rio Mississipi e havia um estoque limitado de aves que poderiam ser considerados anatum de verdade. Então foi decidida a soltura não só dos anatum, mas também de falcões com ancestrais vindos da tundra do Alasca e Canadá (Falco peregrinus tundrius), das Aleutas (F. p. pealei), Austrália (F. p. macropus), Argentina (F. p. cassini), Escócia (F. p. peregrinus) e Espanha (F. p. brookei).
Por quê? Sabemos que a composição genética de uma população biológica, e seu fenótipo, são resultado daseleção naturalseleção sexual e da deriva genética – além da sorte e azar - que aconteceram no passado.
Quando uma população é reduzida e há perda de diversidade genética, o que por si só pode trazer problemas, a seleção natural tem menos material com que trabalhar e isso pode resultar na incapacidade da espécie se adaptar e na sua consequente extinção. Especialmente em habitats em rápida transformação, como acontece sob influência humana.
Ou seja, misturar pools gênicos distintos produz falcões tutti-frutti com uma grande diversidade genética e fenotípica sobre a qual a seleção natural & cia podem fazer seu trabalho ao longo do tempo. Como os falcões estão muito bem obrigado, o mínimo que pode ser dito é que a estratégia funcionou em restaurar a espécie e seu nicho ecológico.
Este tipo de filosofia pode balizar projetos de reintrodução em áreas onde determinada espécie há muito está extinta, como araras na faixa costeira do sudeste e bicudos no interior, para dar dois exemplos. Se vou reintroduzir papagaios-de-peito-roxo em uma reserva no Paraná ou chauás no Rio de Janeiro, não seria conveniente trazer alguns com genes capixabas ou baianos para o plantel? Talvez sim.
Esta abordagem causa oposição em parte da academia porquê de um lado há a preocupação de manter populações de animais e plantas que sejam viáveis no longo prazo e cumpram seu papel ecológico como predadores, dispersores de sementes, engenheiros de ecossistemas, etc. Por outro lado, há os preocupados em manter a estrutura genética original das populações, não misturando linhagens com histórias evolutivas distintas.
Isto é válido, pois a história escrita nos genes pode ser perdida quando se misturam linhagens, impedindo a compreensão das relações entre as diferentes populações. E ter consequências negativas através da depressão exogâmica (o oposto da endogamia) e da hibridação que elimina linhagens distintas, levada ao extremo quando há hibridação (veja aqui e aqui).
Por outro lado, há certeza de que a diversidade genética de boa parte das espécies ameaçadas (e também de outras ainda não ameaçadas) está sendo erodida graças à ação humana enquanto construímos um planeta onde as pressões seletivas são muito diferentes das do passado, começando pelos habitats feitos pela humanidade e culminando no novo clima que resulta de nosso vício por combustíveis fósseis e por matar árvores. Esse é o futuro.
Um mix de indivíduos de diferentes linhagens já foi usado em outros programas de conservação além dos falcões-peregrinos, como o do icônico kakapo e o da uma vez quase extinta suçuarana da Flórida (um caso clássico de manejo genético). Mas talvez o mais revelador seja ver experimentos naturais.
Alouatta-guariba-120910 0125Bugios-ruivos no Parque do Estado, São Paulo. Meio fluminenses, meio catarinenses. Foto: Fabio Olmos
Por exemplo, estudos com marcadores genéticos mostram que linhagens de bugios Alouatta guariba na Mata Atlântica ao sul do Rio Doce evoluíram em isolamento em dois "refúgios" no norte e sul da Mata Atlântica. Com a expansão das florestas durante os últimos milhares de anos os macacos antes isolados voltaram a ter contato e fazer bugiozinhos. Bugios da região ao redor da cidade de São Paulo hoje mostram marcadores genéticos tanto de populações fluminenses como catarinenses, sugerindo que ali é uma área de hibridação. Esta não é, de maneira alguma, uma situação rara. A natureza rotineiramente faz o que estressa alguns pesquisadores.
Devemos nos apegar ao passado ou pensar no futuro? Não há respostas fáceis para isso, ou mesmo aplicáveis a todas as situações.
É fácil se perder em discussões teóricas que terminam em longas listas do que não sabemos enquanto os bichos se lascam, tanto na natureza à espera de companheiros e genes novos como na gaiola, esperando que decidam se podem ser soltos aqui ou ali.
Quando os fundadores do Peregrine Fund decidiram salvar os falcões eles não sabiam um monte de coisas. Mas sabiam que queriam ver os falcões de volta à natureza e estavam dispostos a arriscar e aprender.
Quando vejo milhares de animais se acumulando em criadouros e centros de triagem enquanto especialistas puxam o freio de mão olhando mais para trás do que para a frente e criticando sem experimentar, é difícil não pensar que os falcões tiveram muita sorte de não serem brasileiros.

Fonte: http://www.oeco.org.br/olhar-naturalista/28630-falcoes-tutti-frutti-sao-melhores-que-nenhum-falcao

App Urubu Mobile evita atropelamento de animais nas estradas; confira

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Lavras lançou o aplicativo Urubu Mobile como uma alternativa para reduzir o elevado índice de animais selvagens nas estradas brasileiras. O app está disponível apenas para Android e visa controlar das áreas críticas de atropelamento, além de incentivar a formulação de políticas públicas para as estradas.
Urubu Mobile é um app que ajuda a evitar atropelamento de animais silvestres nas estradas (Foto: Divulgação)Urubu Mobile é um app que ajuda a evitar atropelamento de animais silvestres nas estradas (Foto: Divulgação/ Google Play)

O app permite aos motoristas registrarem o acidente para ajudar a estruturar o Banco de Dados Brasileiro de Atropelamento de Fauna Selvagem (BAFS) e enviar para o Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia em Estradas (CBEE) a fim de identificar as onde ocorre mais atropelamentos de fauna em todo Brasil. 
Para isso, basta tirar uma foto do animal atropelado por meio do aplicativo. A localização geográfica é obtida por GPS e data e hora são identificadas automaticamente pelo Urubu Mobile.
O aplicativo pretende colaborar com elaborações de estratégias para a preservação da fauna e planejamento de novas vias (Foto: Divulgação)O aplicativo pretende colaborar com elaborações de estratégias para a preservação da fauna e planejamento de novas vias (Foto: Divulgação/ Google Play)
O objetivo do app é colaborar com elaborações de estratégias para a preservação da fauna e planejamento de novas vias. Os organizadores ainda pretendem criar um selo de certificação para as estradas, com o objetivo de incentivar a redução dos atropelamentos.
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Fonte: 
http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/05/app-urubu-mobile-evita-atropelamento-de-animais-nas-estradas-confira.html

domingo, 7 de setembro de 2014

Califórnia: Baleia-azul volta a números históricos



Cientistas norte-americanos acreditam que a população de baleias-azuis na Califórnia está em verdadeira recuperação e com níveis sustentáveis, contando agora com cerca de 2.200 indivíduos.

Esta foi a única população de baleia-azul, o maior animal do planeta, que esteve perto da extinção após uma caça exaustiva por parte dos países da região. Agora, a zona recuperou o número de indivíduos em 97%.

Cole Monnahan, autor do estudo publicado no jornal Marine Mammal Science e aluno na Universidade de Washington (UW), explica, em comunicado, que "a recuperação das baleias-azuis em relação à caça mostra a habilidade da sua população para se reeguer através de medidas de gestão e conservação cuidadosas".

As baleias-azuis da Califórnia podem ser vistas a cerca de cinquenta quilómetros da costa norte-americana, mas costumam ser encontradas junto ao lado Este do oceano Pacífico, desde a linha do equador até ao Golfo do Alasca. 

Fonte: http://boasnoticias.pt/noticias_Calif%C3%B3rnia-Baleia-azul-volta-a-n%C3%BAmeros-hist%C3%B3ricos_20794.html

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Instituto Mamirauá divulga dados sobre população de botos

Pesquisa

Dados preliminares foram coletados em expedição na Bacia do Tapajós. Foram percorridos 557 quilômetros
por Portal BrasilPublicado04/09/2014 15:10
Divulgação/InpaPesquisa detecta saúde dos rios na região, inclusive em relação a riscos frente a alterações ambientais
Pesquisa detecta saúde dos rios na região, inclusive em relação a riscos frente a alterações ambientais
Na semana em que se comemora o Dia da Amazônia, o Instituto Mamirauá e o World Wide Fund for Nature (WWF) divulgam os resultados preliminares da expedição realizada para documentar a distribuição e estimar a abundância de botos na Bacia do Tapajós.
Segundo os pesquisadores, o resultado final poderá constituir-se numa importante base de informações para entender e acompanhar a saúde dos rios na região, inclusive em relação a riscos frente a alterações ambientais, como desmatamento.
A expedição percorreu um trecho de Santarém (PA) até as corredeiras de São Luiz do Tapajós e da vila de Penedo, localidade com muitas atividades de garimpo, ao município de Jacareacanga. Foram avistados 160 indivíduos de tucuxi (Sotalia fluviatilis) e 112 indivíduos de boto vermelho (Inia geoffrensis). Esse número passará por análises estatísticas para obter-se a densidade e abundância de animais. A equipe percorreu 577 quilômetros no mês passado.
A ausência de dados populacionais dos botos amazônicos pode dificultar a criação de estratégias de conservação. "A abundância é um dos parâmetros básicos para se fazer um estudo de viabilidade populacional, para saber o status real da população e projetar se ela pode estar ameaçada ou se vai sobreviver", analisou Miriam Marmontel, líder do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do Instituto Mamirauá. "Junto com outras informações, como mortalidade e reprodução, podemos modelar e estimar a probabilidade de extinção a curto, médio ou longo prazo."
Metodologia
A contagem dos animais é feita da seguinte maneira: o barco se desloca em linha reta a uma distância de 100 metros da margem, sempre que possível, subindo o rio em direção à nascente. É amostrada uma largura de 200 metros, sendo 100 metros à esquerda e 100 metros à direita da embarcação.
São registradas informações como espécie avistada (boto vermelho ou tucuxi), tamanho do grupo, distância do animal à margem e distância do barco ao animal. Nessa expedição, também foi feito registro fotográfico da margem, para caracterizar a vegetação, que pode influenciar no número de animais.
Sobre o Instituto
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) foi criado em abril de 1999. É uma Organização Social fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), atuando como uma das unidades de pesquisa do MCTI. Sua missão é promover pesquisa científica para a conservação da biodiversidade através de manejo participativo e sustentável dos recursos naturais na Amazônia.

Fonte: http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2014/09/instituto-mamiraua-divulga-dados-sobre-populacao-de-botos
Instituto Mamirauá