segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Golfinhos se reconhecem através de espelho, diz psicóloga


Em teste em sala de observação, mamíferos utilizaram reflexo para ver partes do próprio corpo que não enxergavam.

No mundo animal, as espécies desenvolvem os sentidos que lhes dão a maior chance de sobreviver no ambiente em que vivem. Estrelas-do-mar enxergam, mas não como nós. Um olho em cada ponta da estrela é capaz de enxergar apenas imagens sem muita definição, mas é o suficiente para ajudá-las a encontrar o caminho de volta para as áreas de alimentação.

Borboletas e mariposas não têm nariz. Mas seu olfato é várias vezes mais sensível até mesmo que o dos cachorros, e isso, graças a suas antenas. Chamamos de antenas, mas na verdade elas são usadas para cheirar. Em algumas espécies, as antenas detectam até umas poucas moléculas do cheiro de um parceiro em potencial.
Algumas espécies vão desenvolver um tipo de hierarquia sensorial - um ou dois sentidos se tornarão muito mais sensíveis que os outros. Por isso, se dois animais têm diferentes sentidos dominantes, o quanto isso influenciará seu modo de pensar? Pensar ou agir?
Psicóloga testa habilidades de golfinhos de se reconhecerem como indivíduos
No Aquário Nacional de Baltimore, a psicóloga de animal Diana Reiss está investigando se os golfinhos têm uma habilidade que só foi observada em um seleto grupo de animais sociais.
O aquário tem uma sala de observação, apelidada de 'o poço'. É apertada, mas dá para ter uma excelente visão do que os golfinhos estão fazendo. É bonito de observar, mas Diana quer descobrir outra coisa: será que os golfinhos se reconhecem como indivíduos? Há muito tempo acreditávamos que só a mente humana seria capaz disso, mas hoje sabemos que um pequeno grupo de animais também pode fazer isso.
Diana coloca um vidro espelhado dentro da sala de observação para testar os golfinhos. Não é comum o curioso movimento da nadadeira. Nem olhar para dentro da própria boca ou girar para ver o abdome. Os golfinhos usam o espelho como uma ferramenta - para ver partes do próprio corpo que normalmente não conseguem enxergar.
“Isso não se parece em nada com o que eles fazem quando estão interagindo socialmente com outros golfinhos”, afirmou Diana Reiss.
E Diana observou que os golfinhos usaram o espelho para outra coisa. Uma incrível gravação deles fazendo sexo também foi obtida através de um vidro espelhado.
“Eles vieram para o espelho, olharam de frente para ele e começaram a se acasalar enquanto olhavam, ambos, para o espelho e observavam”, contou Diana Reiss.
Isso é algo que eles não conseguem ver sem um espelho – é bastante sofisticado. Isso é a compreensão de si mesmo e a compreensão de que o espelho é uma ferramento para se enxergar.
Os golfinhos compartilham essa capacidade de se reconhecer com poucos animais: os elefantes e os chimpanzés são capazes de fazer isso. Mas a grande maioria - incluindo aí cachorros e outros macacos - não é capaz. E o que é muito interessante - nem os seres humanos muito jovens.
A maioria das crianças, antes dos 18 meses de idade, não consegue apontar um ponto vermelho pintado em sua própria bochecha. Só quando já têm cerca de dois anos as crianças começam a perceber que o ponto está na própria bochecha.
Os cientistas também observam as atividades dos golfinhos no seu habitat natural e tentam entender o significado das relações sociais deles. Juntos, atuam em grupo e obtêm algumas vantagens - em especial, quando eles se unem para caçar.
Nas águas rasas na costa da Flórida, é difícil que golfinhos solitários consigam apanhar os peixes que fogem rápido. Mas quando eles agem em grupo, um golfinho nada em círculos, levantando um paredão de água barrenta que deixa os peixes encurralados. Três outros esperam, antecipando o que ele está fazendo, e os peixes vão direto para a boca deles.
Se eles colaboram uns com os outros, significa que os golfinhos conseguem se comunicar. Eles devem ter alguma espécie de linguagem. Mas será que a linguagem de animais sociais é algo que algum dia poderemos entender?
O comportamento dos golfinhos pode ser surpreendente: no início de 2013, um extraordinário incidente foi filmado na costa do Havaí. Uma linha de pesca e um anzol ficaram presos no corpo de um golfinho macho. Ele poderia ter morrido, mas o golfinho nadou até um grupo de mergulhadores. O animal devia saber que estava em perigo. Será que ele também compreendeu que os seres humanos, em vez de machucá-lo, poderiam ajudá-lo? O golfinho sobreviveu. Um extraordinário exemplo de empatia que cruzou a barreira das espécies.

Fonte: http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2015/08/golfinhos-se-reconhecem-atraves-de-espelho-diz-psicologa.html

Golfinhos nariz-de-garrafa pescando com ajuda da areia

Para aqueles que nunca pensaram sobre isso, sim, golfinhos em estado selvagem têm de caçar para sobreviver! Se eles são rápidos, os peixes são mais e, às vezes, eles têm que usar uma técnica de caça chamada "rede de lama" (ou de areia). 

Assim como qualquer outro predador, estes golfinhos sabem que a caça seria infrutífera apenas perseguindo suas presas. Então, se valendo do fator colaborativo entre amigos, usam suas caudas para levantar uma "nuvem" de areia em formato de círculo ou espiral por onde os peixes não passam e ficam "enredados". É simplesmente incrível ver essa técnica sendo realizada, e como todos os golfinhos encontram uma maneira coordenada de trabalhar em conjunto para que, agora sim, tenham um banquete final.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Rio Tâmisa de Londres tem focas e baleias 50 anos após 'morte' por poluição


Sociedade Zoológica de Londres diz que 2,7 mil mamíferos de grande porte foram avistados na última década.

Da BBC
 Cientistas da ZSL calculam que quase 700 focas comuns vivam no estuário do Tâmisa  (Foto: Zoological Society of London (ZSL)/Divulgação)Cientistas da ZSL calculam que quase 700 focas comuns vivam no estuário do Tâmisa (Foto: Zoological Society of London (ZSL)/Divulgação)
O rio Tâmisa, que cruza a capital britânica, Londres, já foi chamado de "O Grande Fedor" e declarado "biologicamente morto", mas atualmente, vive uma espécie de renascimento.
A Sociedade Zoológica de Londres (ZSL, na sigla em inglês) afirma que, nos últimos dez anos, foi informada sobre o avistamento de 2.732 mamíferos de grande porte.
Focas são os animais mais vistos, com registro de vários espécimes inclusive na região de Canary Wharf, conhecida por seus modernos arranha-céus.
Também foram documentados no rio 444 botos e golfinhos, além de 49 baleias.
"Muitos olham para o Tâmisa e veem um ambiente turvo e sujo. Mas, na verdade, sob a superfície, está cheio de vida. Temos uma enorme variedade de peixes, invertebrados e grandes predadores", afirmou Joanna Barker, gerente europeia de projetos da ZSL.
Em 1957, o Tâmisa andava tão sujo que autoridades o declararam "biologicamente morto". A situação era pouco melhor do que um século antes, quando o rio era conhecido pelo apelido carinhoso de "Grande Fedor".
Rio acima
Hoje, a situação mudou tanto que cada vez mais animais se aventuram rio acima. Focas já foram vistas até em localidades no sudoeste, além do centro de Londres, como Teddington e o palácio de Hampton Court.
Focas já foram vistas em vários pontos do rio Tâmisa (Foto: Zoological Society of London (ZSL)/Divulgação)Focas já foram vistas em vários pontos do rio Tâmisa (Foto: Zoological Society of London (ZSL)/Divulgação)
Grandes grupos de golfinhos e botos também já foram avistados perto de Kew Gardens e Deptford.
Em 2006, uma baleia-bico-de-garrafa causou burburinho ao nadar o rio até a altura do centro de Londres. Ela acabou morrendo.
Outras baleias mais saudáveis já foram vistas nos arredores de Gravesend, no condado de Kent.
"O fato de termos visto tantos animais na região central de Londres indica que os estoques pesqueiros são grandes o suficiente para alimentar estes grandes predadores", afirmou Barker à BBC.
Além de compilar uma lista de avistamentos enviados pelo público, a equipe da ZSL também realiza pesquisas detalhadas sobre focas no estuário do Tâmisa.
Nos três últimos anos, os cientistas vêm usando barcos e até aviões para monitorar o número de focas no rio.
Eles estimam que até 670 focas-comuns vivam no estuário. O número de focas-cinzentas é desconhecido, mas elas também parecem estar se proliferando na região.
"Essa é uma região bastante abrigada, se comparada ao Mar do Norte, e há diversos ambientes e habitats diferentes para mamíferos marinhos", afirmou Barker. "Por isso, consideramos Londres e o estuário do Tâmisa um ambiente importante para estas espécies."
A ZSL pede a colaboração de todos para enviarem fotos e outros registros de avistamento de mamíferos marinhos no Tâmisa.

Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/08/rio-tamisa-de-londres-tem-focas-e-baleias-50-anos-apos-morte-por-poluicao.html

terça-feira, 25 de agosto de 2015

As baleias morrem deixando uma mensagem importante: os seus estômagos são cheios de plástico


O problema do acúmulo de plástico nos oceanos não é apenas uma curiosidade ou um problema cosmético. Se eles formaram e três ilhas nos três maiores oceanos do planeta, o Pacífico, Atlântico e Índico Oceanos, é que a quantidade de resíduos de plástico que está na água é incalculável, além do fato de que não vai continuar por décadas.

Conheça o infame “sétimo continente”, o Big Island Pacific Garbage

O problema é a morte dos animais. Muitos casos de tartarugas capturados por sacos de plástico ou morrer de comer peixe Este material é conhecido. Falamos de um animal de médio porte. Mas verificou-se que animais de grande porte, como as baleias, também são vítimas de poluição por materiais plásticos. Isto deve fazer-nos reflectir.
Em 2013, uma baleia cachalote encalhou em Tershelling, uma ilha ao norte da Holanda. Eles tentaram resgatá-lo, mas infelizmente a baleia morreu. Ele era um jovem adulto 13,5 metros de comprimento foi levado para a porta Harlington para realizar uma necropsia. A baleia tinha plástico no estômago, que se tornou um fenômeno cada vez mais comum, como relatado pelos pesquisadores do Centro de Biodiversidade Naturale.
Em março de 2013, um cachalote de 10 metros de comprimento encalhado na costa sul de Espanha. O cachalote tinha engolido 59 itens diferentes de plástico que no total pesava cerca de 17 quilos. A maioria consistia de folhas de plástico transparente usado na construção de estufas de tomates em Almeria e Granada para a comercialização no mercado europeu. O resto eram sacos de plástico, corda de nove metros, duas faixas de mangueiras, dois pequenos vasos e uma lata de spray de plástico. A causa da morte foi uma obstrução intestinal.
Estes incidentes não são incomuns. Em 1989, uma baleia cachalote encalhado nas ilhas Lavezzi no Mar Tirreno morreu de um bloqueio de estômago depois de comer sacos plásticos e laminados de plástico 30 metros acidentalmente. Em 1990, uma baleia cachalote na Islândia, que estava sendo considerada por contrair uma doença, morreu de um bloqueio no intestino causada por detritos marinhos de plástico. Em agosto de 2008, uma baleia cachalote foi arrastado para Point Reyes, Califórnia, com 205 quilos de rede de pesca, cordas e sacos de plástico em seu estômago. O banco de dados California Marine Mammal encalhamento fala de outra baleia cachalote encalhado em 2008, que foi encontrado em seus conteúdos estomacais, incluindo um grande número de restos de redes de pesca.

1 milhão de pássaros e 100.000 animais marinhos morrem anualmente de ingerir sacos plásticos

O cachalote que encalhou na Holanda em julho, faltava muito de seu maxilar inferior. Entre as centenas de milhares de cachalotes para os baleeiros despedem seus arpões baleias podem reunir-se regularmente com mandíbula inferior quebrado ou deformado. A maioria destas baleias têm seus estômagos estão cheios e saudável pouco antes de serem abatidos. Isso eo fato de que as lulas encontrados em seus estômagos são inteiros e raramente mostram marcas de dentes, leva-nos a acreditar na teoria de que o maxilar inferior não tem um papel tão importante caça e presa cachalotes chupar seus alimentos em vez de morder. Se essa teoria é verdadeira, cachalotes são tão vulneráveis ​​à ingestão de detritos marinhos como as baleias jubarte.
Outro membro da família dos cetáceos que é manejado em altas profundidades e se alimenta de lulas é baleia ou baleia bicuda de Cuvier. Em maio de 2011, uma fêmea jovem Gervais bico baleia foi encontrada em uma praia em Puerto Rico 5 quilos de plástico no estômago. Em julho de 2006, beaked baleia de 20 anos do sexo feminino de Cuvier morreu nas Ilhas Cook, Rarotonga, depois de comer apenas um saco de plástico. Cachalotes e baleias de bico são particularmente suscetíveis a engolir plásticos e artigos de pesca que esses itens são semelhantes às suas presas naturais, lulas, da mesma forma que as tartarugas marinhas são suscetíveis a engolir sacos plásticos porque se assemelham amebas.

Encontrando sem precedentes de 88% da superfície do oceano é resíduos de plástico

As baleias jubarte sofrer um destino semelhante, e não a semelhança visual dos resíduos com a comida, mas sim por causa das grandes quantidades de água engolidas durante a alimentação. Em agosto de 2000, uma baleia de Bryde encalhado perto de Cairns, na Austrália. Seu estômago estava saturado com seis metros quadrados de resíduos de plástico, onde sacos de supermercado, pacotes de comida e pedaços de sacos de lixo incluído. 
Em abril de 2010, uma baleia cinzenta que morreu depois de ser encalhado em uma praia oeste de Seattle foi encontrada mais de 20 sacos de plástico, pequenas toalhas, luvas cirúrgicas, pedaços de plástico, fita, calça de moletom e uma bola de golfe, a outros tipos de lixo mais encontrados em seu estômago.
O plástico é indigesto e uma vez que torna para os intestinos, constrói e tampa. No caso de algumas baleias, o plástico não é o que mata-los diretamente, mas sim a desnutrição e doença que transporta o consumo de plástico, o que resulta em sofrimento desnecessário à morte.
As baleias não são as únicas vítimas do nosso lixo. Estima-se que cerca de um milhão de aves e 100.000 mamíferos marinhos morrem a cada ano a partir de resíduos de plástico. Em setembro de 2009, fotografias de filhotes de albatrozes no Atol de Midway conseguiu chegar aos olhos do público. Estes filhotes são alimentados com plástico, algo que seus pais viram como alimento nos oceanos cheios de contaminação. Este tipo de dieta com o lixo humano mata dezenas de milhares de filhotes de albatrozes a cada ano em Midway de fome, toxicidade e asfixia.
Todos nós podemos fazer a nossa parte para limitar o uso de produtos de plástico, tais como sacos de compras, balões do aniversário, lâmpadas e garrafas de plástico. Seja um comprador e recicla austera!.

Fonte: http://meioambienterio.com/2015/08/8144/as-baleias-morrem-deixando-uma-mensagem-importante-os-seus-estomagos-sao-cheios-de-plastico.html

Morreu ‘Asa’, o golfinho mais velho do Sado

SETÚBAL

00:24 - 25-08-2015


O golfinho mais antigo do Sado morreu esta segunda-feira, avança a Vertigem Azul – uma empresa dedicada ao ecoturismo. O 'Asa', um golfinho macho, foi identificado pela primeira vez em 1984 e "nos últimos dias andava isolado do resto do grupo", escreve a empresa turística na sua página de Facebook. "Um elemento a menos no grupo que significa muito para esta população mas tal como nós eles não são eternos", pode ler-se no mesmo comunicado. Na rede social, são já muitos os comentários a lamentar a morte deste golfinho.

Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/detalhe/morreu_o_golfinho_mais_antigo_do_sado.html

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Mortandade de baleias no Alasca intriga cientistas



De maio até agora foram localizadas 30 carcaças na região, no ano passado inteiro foram apenas cinco / Foto: Divulgação/Noaa
De maio até agora foram localizadas 30 carcaças na região, no ano passado inteiro foram apenas cincoFoto: Divulgação/Noaa
De maio até agora, 30 grandes baleias foram encontradas mortas no Golfo do Alasca, número considerado atípico para a região. No ano passado inteiro, por exemplo, foram localizadas apenas cinco carcaças. A mortandade fez com que a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), órgão do governo americano passa assuntos climáticos e oceanográficos, determinasse a abertura de investigação para tentar encontrar as causas para o problema.

“A declaração de ‘evento incomum de mortandade’ permite que a NOAA, com parceiros federais, estaduais e tribais, desenvolva um plano e conduza investigação científica rigorosa sobre a causa das mortes das baleias”, disse a agência, em comunicado.

Foram encontradas mortas 11 baleias fin, 14 baleias jubarte, uma baleia cinzenta e quatro cetáceos não identificados. Apesar de os cientistas não terem conhecimento sobre a causa exata das mortes, eles já possuem algumas ideias. A principal teoria é que a proliferação de algas nocivas possa estar afetando as populações locais de baleias.

— Nós estamos monitorando esse aspecto. A presença de algas e biotoxinas em presas e nos frutos do mar estão sendo controlados para a investigação — disse Teri Rowles, pesquisador da NOAA, em entrevista ao site Mashable.

De acordo com levantamento realizado pela agência em 2013, é estimada a existência de 1,2 mil baleias fin, 5 mil jubartes e 18 mil cinzentas no Pacífico Norte. O temor dos pesquisadores é que o problema não seja localizado na região do Golfo do Alasca e esteja afetando populações em outras partes do mundo.

Investigações desse tipo são extremamente complexas e difíceis de serem realizadas. A maior parte das carcaças descobertas nesta mortandade já estava em estágio avançado de decomposição, o que impediu a coleta de materiais, ou em áreas inacessíveis ou de risco para os investigadores. Outras foram vistas boiando, o que dificulta ainda mais o trabalho. Por esse motivo, a NOAA emitiu comunicado pedindo ajuda da população local na localização de outras carcaças. Porém, apenas pesquisadores devem manipular os restos.

“Apenas especialistas treinados estão autorizados a responder a mamíferos marinhos em perigo”, disse a agência. “O público não deve tocar em baleias encalhadas ou boiando”.

Fonte: http://noticias.ne10.uol.com.br/ciencia-e-vida/noticia/2015/08/20/mortandade-de-baleias-no-alasca-intriga-cientistas-563512.php

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Watch: Whale ‘asks’ for help removing plastic bag from her mouth


A whale has been filmed ‘asking’ for help extracting a plastic bag from her mouth.
Not only that – but once the bag was removed – she even posed for selfies afterwards.
The group of fisherman who helped the mammal first noticed her after she nudged their boat to catch their attention in Middle Harbour, north of Sydney.
Whale 'asks' for help removing plastic bag from her mouth
Selfie!
She then circled the boat and swam underneath it.
The men then noticed she had rubbish bags and fishing line caught in her mouth and one of them – Ivan Iskenderian – quickly scabbled to pull both items out.
Ivan’s friend Michael Riggio, 17, snapped a few selfies with the whale while another fisherman Ron Kovacs filmed part of the encounter from another boat.
AD177875403The moment a wha
Afterwards the whale was seen by the fisherman flapping her fin and swimming away – apparently a showing her appreciation.
Ivan described the moment as ‘unbelievable’, telling Manly Daily: ‘It was surreal. We couldn’t believe our eyes.’
The other fisherman Rob added: ‘He just popped his head up so you could reach out and remove the garbage. He tried on my boat but we are a bit higher.
The moment a whale surprises fisherman asking for help
The moment the whale surprised the fisherman by asking for help
The moment a whale surprises fisherman asking for help
Help!
‘I made one grab for the bag but missed. He was very inquisitive and more interested in us.
‘You could see that big eye coming out watching us. They are not dumb for sure.’


Read more: http://metro.co.uk/2015/08/13/watch-whale-asks-for-help-removing-plastic-bag-from-her-mouth-5341058/#ixzz3ij7vybAW


Fonte: http://metro.co.uk/2015/08/13/watch-whale-asks-for-help-removing-plastic-bag-from-her-mouth-5341058/#mv-b

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Botos da Baía de Guanabara estão entre os animais mais contaminados do mundo


Criado em 11/08/15 06h21 e atualizado em 11/08/15 07h54
Por Flávia Villela Edição:Graça Adjuto Fonte:Agência Brasil

Os botos-cinza da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, estão entre os animais marítimos mais contaminados do mundo, informa o coordenador das atividades de mamíferos aquáticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, José Lailson Brito. Ele participou, nessa segunda-feira (10), de audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio para debater a poluição na baía.  Desde 1992, Brito monitora os poluentes nos organismos desses animais e os principais produtos encontrados, segundo ele, são compostos de origem industrial, muitos já banidos no país
“Garanto que se formos analisar o tecido adiposo, o sangue e a urina de boa parte dos que estão aqui e que eventualmente interagem com a Baía de Guanabara, que se alimentam de pescado da baía, certamente têm os mesmos contaminantes”, disse.
“Esses mesmos produtos que estão lá no tecido desses animais, fazendo um efeito ruim, estão na gente. É um problema de saúde pública”.
O pesquisador lamentou a perda de mais um boto, vítima da poluição, notificada por uma colaborador do projeto de monitoramento. “O que acontece aqui está sendo reproduzido na Baía de Sepetiba, não aprendemos nada. A Baía de Ilha Grande vai pelo mesmo caminho”.
Presente no brasão da cidade do Rio e ícone da fauna marítima da baía, o boto-cinza é hoje um animal em extinção. De uma população de mais de 800 animais na década de 1970, com essa última morte registrada restam apenas 36. “Os botos são o retrato do que é a Baía de Guanabara, que virou um estacionamento de navios, são mais de 80 navios fundeados” disse. O oceanógrafo alertou que a poluição acústica produzida por essas embarcações também é preocupante. “O ruído debaixo d'água nas áreas de fundeio é um absurdo e espanta a fauna”.
O pesquisador também criticou a exploração sem freios do petróleo no estado. “O pré-sal elegeu a Baía de Guanabara como o centro de operações. Há vários terminais, estaleiros, em virtude da indústria do petróleo, e uma pressão para aumentar as áreas de fundeio, algo completamente absurdo, como em áreas próximas às de proteção ambiental”, denunciou.

Para o presidente da Comissão Especial da Bahia de Guanabara, Flávio Serafini, o aumento da presença frequente de barcos da indústria do petróleo tem sido pouco discutido. "Hoje, sabemos que o perfil do uso da baía está em um processo acelerado de mudança e precisamos aprofundar as questões a respeito dos licenciamentos ambientais e estudos ambientais sobre a presença industrial ali".
Fundador do Movimento Baía Viva, o biólogo Sérgio Ricardo também destacou os efeitos desse novo perfil da baía para os pescadores e os usuários do local. “A baía está passando por uma reindustrialização, impulsionada pelo pré-sal e, com isso, apenas 13% da superfície estão disponíveis para a atividade de pesca. Estamos determinando, por causa do pré-sal, o fim da pesca da baía. Essa é uma questão que temos que discutir”, disse. Ricardo. Ele acrescentou que estão sendo dragadas três a quatro áreas de lama do tamanho do Maracanã e que 30% desse material estão contaminados por metal pesado, segundo o Ministério Público Estadual. "É a verdadeira tabela periódica e é isso que está acabando com a pesca e com os botos. O interesse do capital é que está prevalecendo”.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-08/botos-da-baia-de-guanabara-estao-entre-os-animais-mais-contaminado-do-mundo

Imagens de satélite mostram gravidade de crise hídrica em SP


Daniel Santini - 05/08/15

Antes (esquerda) e depois (direita). Deslize a barra para visualizar como o nível de água diminuiu.
A represa de Jaguari, uma das principais do Sistema Cantareira, encolheu. Do alto, a partir de imagens de satélite do sistema Landsat 7, da Nasa é possível ver com clareza como a área alagada de um dos principais mananciais de São Paulo diminuiu consideravelmente nos últimos cinco anos. A primeiro foto é de 13 de junho de 2010, mês em que o nível da represa passou de 100%. A segunda, é de 13 de julho de 2015, quando, segundo a Sabesp, o nível do volume que pode ser utilizado sem bombeamento estava abaixo de 10%, volume (clique aqui para ver o volume hoje). 
O inverno começou em 21 de junho e, este ano, as chuvas do primeiro semestre não foram suficientes para recompor o sistema de abastecimento de São Paulo. A cidade entrou na estação mais seca do ano com o Sistema Cantareira em situação delicada.
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O encolhimento de uma das principais reservas de água da capital não aconteceu de uma hora para outra. A animação ao lado, feita também com imagens do satélite Landsat 7, da Nasa, ajuda a visualizar como, ano após ano, a represa de Jaguari vem diminuindo. As fotos exibidas em sequência são de 13 de junho de 2010, 18 de abril de 2013, 13 de maio de 2014 e 13 de julho de 2015. De 2003 a 2015, houve variações consideráveis no nível do Sistema Cantareira, como é possível ver no projeto Mananciais**, mas nunca a situação foi tão grave.
Além de não ser novidade, a diminuição do reservatório não é fato isolado na região, onde diferentes reservas e fontes de água secaram nos últimos anos. O fenômeno está ligado não só à redução do volume de chuvas, mas também ao desmatamento e ocupação irregular de áreas de mananciais.
Clique na imagem para acessar a página do aplicativo
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A crise hídrica de São Paulo e a situação do Sistema Cantareira deram forças aos argumentos utilizados por ambientalistas para pressionar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) na discussão sobre o Projeto de Lei nº 219/2014, apelidado de Lei do Desmatamento por flexibilizar e reduzir a preservação ambiental no Estado de São Paulo.
Lei do Desmatamento
De autoria dos deputados estaduais Barros Munhoz (PSDB), Campos Machado (PTB), Estevam Galvão (DEM), Itamar Borges (PMDB), José Bittencourt (PSD) e Roberto Morais (PPS), o projeto foi especialmente criticado por, em um momento em que a cidade vive racionamento constante de água, propor a diminuição da proteção de nascentes e olhos d’água, reduzindo a faixa de preservação permanente de 50 metros para apenas 15 metros em áreas consolidadas. O texto também permite que proprietários possam compensar o desmatamento em São Paulo com reflorestamento em outros estados.
05082015-deps-sao-pauloDeputados estaduais Barros Munhoz (PSDB), Campos Machado (PTB), Estevam Galvão (DEM), Itamar Borges (PMDB), José Bittencourt (PSD) e Roberto Morais (PPS), autores da Lei do Desmatamento. Fotos: Divulgação/ALESP
O projeto acabou aprovado pela Assembleia Legislativa no final de 2014 e sancionado pelo governador em janeiro. Alckmin chegou a vetar alguns artigos, mas o resultado final, Lei n° 15.684, foi bastante criticada justamente por fragilizar a preservação ambiental. “A ausência de obrigatoriedade de recomposição das áreas de preservação permanente é um aspecto fundamental. Os impactos disso a gente vai ver no médio e longo prazo porque sem a recuperação das áreas de preservação permanente, você tem graves consequências para os rios, como o assoreamento do curso d’água”, afirmou na ocasião o advogado do Instituto Socioambiental (ISA) e integrante do Observatório do Código Florestal, Maurício Guetta, em entrevista à Rádio Agência Brasil de Fato.
Para mensurar os efeitos da alteração de legislação nos próximos anos pesquisadores e acadêmicos hoje podem contar com a ajuda de satélites e tecnologias específicas. É fácil estabelecer parâmetros e monitorar casos específicos, como o da Represa de Jaguari. Além da comparação pura e simples de imagens, dá para desenvolver sistemas que, com a ajuda de filtros e modelos matemáticos, podem alertar automaticamente variações drásticas. Como exemplo, com a ajuda do Resemble, ferramenta aberta de análise e comparação de imagens, organizamos essa representação que destaca em rosa as mudanças registradas no nível da represa de Jaguari de 2010 a 2014.
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** Em função de uma mudança no sistema de atualização da Sabesp, a base de dados do Mananciais deixou de ser alimentada automaticamente em fevereiro de 2015. Estamos trabalhando para corrigir o problema e voltar a gerar a visualização dos dados sobre a situação dos mananciais de maneira clara e didática, de modo a permitir que a população acompanhe e possa comparar a evolução das informações sobre o abastecimento de São Paulo.

Fonte: http://www.oeco.org.br/reportagens/29271-imagens-de-satelite-mostram-gravidade-de-crise-hidrica-em-sp