Vinte e sete de maio é considerado o Dia da Mata Atlântica. No entanto, não existe muito o que se comemorar. O bioma que está presente em 17 estados brasileiros foi terrivelmente desmatado desde que os colonizadores chegaram ao Brasil. Hoje, apenas 8,5% da vegetação original permanece em pé, conforme dados da ONG ambientalista, SOS Mata Atlântica.
Além de perder espécies únicas da flora, esse desmatamento, aliado a outras causas, como a caça predatória, resultam na extinção de muitos animais. A biodiversidade da Mata Atlântica está terrivelmente ameaçada. Para mostrar o que nós vamos perder se não mudarmos esse cenário, o CicloVivo separou uma lista com cinco animais classificados como “em perigo” pelo Instituo Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Veja quais são eles:
1. Mico-leão-da-cara-dourada
Cientificamente conhecido como Leontopithecus chrysomelas, este é um pequeno primata que vive em florestas próximas ao litoral. Eles têm as frutas como alimento principal, mas em alguns casos também se alimentam de flores, néctares e pequenos ovos de aves ou vertebrados. Esta espécie é característica de florestas bem conservadas. Isso já justifica sua presença na lista de animais ameaçados.
Foto: Josh More/Flickr
2. Anambezinho
Este pássaro discreto e de pequeno porte é naturalmente raro. Para dificultar ainda mais a sua incidência, o Iodopleura pipra leucopygia costuma viver apenas em matas primárias ou que estejam em estado avançado de recuperação. A maior curiosidade sobre esta espécie está relacionada aos machos, que exibem um pequeno tufo de penas violetas no flanco sempre que são excitados.
3. Jacutinga
Esta ave é bastante emblemática. Ela costuma viver em regiões de baixa e média altitude e suspeita-se que seja um de seus hábitos migrar de acordo com a frutificação de algumas espécies. Sua importância para a preservação é enorme, já que a Aburria jacutinga normalmente regurgita ou elimina sementes junto com as fezes. O período de reprodução deste animal ocorre apenas entre agosto e novembro, quando a fêmea bota de dois a três ovos.
4. Cara-pintada
O Phylloscartes ceciliae é uma espécie pouco conhecida e muito rara. Uma das razões para ele ser tão único é o fato de estar confinado a áreas restritas, apenas em Alagoas e Pernambuco. Ele possui apenas 12 centímetros e se alimenta basicamente de pequenos insetos.
5. Borboleta-da-Praia
Apesar de ser facilmente criada em cativeiro, a Parides ascanius não é uma borboleta de vida longa. Quando adulta, esta espécie vive entre duas semanas e um mês, com baixo poder de dispersão. Além disso, elas ocorrem apenas em matas de restinga paludosa no Rio de Janeiro e no extremo sul do Espírito Santo.
Foto: Notafly/Flickr
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