quarta-feira, 24 de junho de 2015

Sexta extinção em massa da história


Onça pintada atravessa rio. Foto: Araquém Alcântara/Felinos - A Luta pela Sobrevivência (editora Abook)
Onça pintada atravessa rio. Foto: Araquém Alcântara/Felinos – A Luta pela Sobrevivência (editora Abook)
Por Redação do EcoD* – 
O mundo está começando a sofrer a sexta extinção em massa de sua história. A conclusão consta de um estudo desenvolvido por cientistas de três universidades divulgado na sexta-feira, 19 de junho, segundo o qual, atualmente, os animais desaparecem numa taxa 100 vezes maior do que costumavam. E os seres humanos podem estar entre eles.
Desde o fim da era dos dinossauros, há 66 milhões de anos, o planeta não perdia espécies a uma taxa tão elevada como agora, de acordo com especialistas das universidades de Stanford, Princeton e da Califórnia em Berkeley.
O estudo “mostra sem sombra de dúvidas que estamos entrando na sexta maior extinção em massa”, alertou o co-autor Paul Ehrlich, professor de biologia na Universidade de Stanford.
E a espécie humana é, provavelmente, uma das espécies perdidas, informou o estudo – chamado por seus autores de “conservador” – divulgado na revista Science Advances.
Recuperação lenta
“Se permitirmos que isso continue, a vida vai levar milhões de anos para se recuperar e nossa própria espécie provavelmente se tornará extinta em breve”, afirmou o principal autor do estudo, Gerardo Ceballos, da Universidade Autônoma do México.
A análise baseia-se nas extinções documentadas de vertebrados, ou seja, animais com esqueletos internos como rãs, répteis e tigres, a partir de registros fósseis e outros dados históricos.
A taxa de extinção de espécies moderna foi, então, comparada com “a taxa natural de extinção de espécies antes da atividade humana dominar (a Terra)”.
Metodologia do estudo
Pode ser difícil de estimar esta taxa, também conhecida como taxa de extinção de fundo, porque os seres humanos não sabem exatamente o que aconteceu no curso da história de 4,5 bilhões de anos da Terra.
Para o estudo, os pesquisadores utilizaram uma taxa de extinção passada duas vezes maior às estimativas que são geralmente utilizadas.
Rinoceronte-de-java lidera a lista de animais que podem entrar em extinção a partir de 2015. Foto: Wikimedia Commons
Rinoceronte-de-java lidera a lista de animais que podem entrar em extinção a partir de 2015. Foto: Wikimedia Commons
Se a taxa passada – ou ritmo natural – era de duas extinções de mamíferos para cada 10.000 espécies com mais de 100 anos, então a “taxa média de desaparecimento de espécies de vertebrados no século passado é 114 vezes maior do que teria sido se não tivesse havido a atividade humana”, disse o estudo.
“E isso mesmo com base em estimativas conservadoras da taxa de extinção de espécies”, acrescentou.
“Nós insistimos que nossos cálculos provavelmente subestimam a gravidade da crise de extinção, pois nosso objetivo era colocar um limite realista, mas limitar o impacto humano sobre sobre biodiversidade”.
Causas da extinção
As causas da extinção atual de espécies são, entre outras, alterações climáticas, poluição e desmatamento.
De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), cerca de 41% de todos os anfíbios e 26% das espécies de mamíferos estão ameaçadas de extinção.
“Há exemplares de espécies ao redor do mundo que são basicamente mortos vivos”, explicou Ehrlich.
O estudo chama que “sejam intensificadas e aceleradas as medidas destinadas a conservar as espécies ameaçadas e aliviar a pressão sobre suas populações, como a perda do habitat, a exploração de recursos com fins econômicos e mudanças climáticas”. (EcoD/ #Envolverde)
* Com informações da AFP.
** Publicado originalmente no site EcoD.

Fonte: http://www.envolverde.com.br/1-1-canais/planeta/sexta-extincao-em-massa-da-historia/
Postado em: Planeta

terça-feira, 23 de junho de 2015

Entidades e cientistas pedem proteção para 475 espécies ameaçadas que podem desaparecer



Manifesto defende lista de espécies aquáticas ameaçadas, publicada em Portaria do Ministério do Meio Ambiente que acabou suspensa por decisão judicial
Brasília, 22 de junho de 2015 – Manifesto assinado por mais de 100 redes de organizações, entidades e especialistas em recursos marinhos e de água doce, divulgado hoje, entre elas a Conservação Internacional (CI-Brasil), defende a legalidade e pede a manutenção da Portaria 445/2014 do Ministério do Meio Ambiente (MMA). A Portaria define a Lista Nacional de Espécies de Peixes e Invertebrados Aquáticos Ameaçados de Extinção e foi suspensa há duas semanas por decisão judicial, deixando 475 espécies aquáticas ameaçadas sem qualquer tipo de proteção ou manejo. A lista inclui várias espécies de interesse comercial, que continuarão sendo alvo de pesca excessiva, capturas acidentais e destruição de habitat, correndo risco de colapso em curto prazo.
Assinam o manifesto sociedades científicas como a Sociedade Brasileira de Carcinologia (que reúne especialistas em crustáceos), Sociedade Brasileira para o Estudo dos Elasmobrânquios (tubarões e raias) e Sociedade Brasileira de Ictiologia (peixes ósseos). O documento é apoiado ainda por redes e organizações da sociedade civil e da pesca artesanal, além de especialistas; novas adesões são esperadas ao longo da semana. Além do manifesto, as organizações estudam recorrer à Justiça contra a suspensão.
A ação contra a Portaria 445/2014 foi impetrada por entidades ligadas ao setor pesqueiro industrial – Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura, Federação Nacional dos Engenheiros de Pesca do Brasil e Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores –, mas havia sido indeferida pela 9ª Vara da Justiça do Distrito Federal. Os autores recorreram e o desembargador Jirair Aram Meguerian, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, acatou o recurso e suspendeu temporariamente os efeitos da Portaria. A decisão foi tomada com base em suposto conflito de competências entre o MMA e o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) na conservação e manejo de recursos pesqueiros.
O manifesto lembra que a Lista de Espécies Ameaçadas é resultado de um trabalho criterioso de cinco anos, envolvendo mais de 1.300 especialistas, e que este é um instrumento legal previsto na Política Nacional da Biodiversidade, coordenada pelo MMA. A suspensão, segundo o documento, contraria o "direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado", garantido pelo artigo 225 da Constituição Federal, além de outras leis e regulamentos vigentes.
Um parecer elaborado pela Oceana a partir do marco legal nacional de meio ambiente, anexo ao manifesto, demonstra que não há conflito de competência entre o MMA e o MPA, argumentando que espécies ameaçadas não se enquadram na categoria de recurso pesqueiro e que a legislação considera crime a pesca de peixes ameaçados de extinção, sem autorização específica.
Além de deixar espécies ameaçadas pela pesca excessiva, não manejada, não monitorada e não fiscalizada, a suspensão da Portaria 445/2014 retira a proteção ambiental de espécies aquáticas ameaçadas pelo impacto de outras atividades além da pesca, como a extração de petróleo e gás, construção de hidrelétricas, destruição de habitats (como, por exemplo, os manguezais) e outras.
O manifesto pede ainda a retomada imediata da coleta de dados e do monitoramento pesqueiro, a criação dos Comitês Permanentes de Gestão da Pesca, e a implementação urgente de medidas de ordenamento de pesca, tais como planos de recuperação e manejo de base científica. Tais medidas são necessárias para resgatar a abundância dos mares e rios brasileiros e assegurar os benefícios econômicos futuros de atividades como turismo e pesca, bem como a segurança alimentar e os futuros empregos no setor pesqueiro, que dependem da recuperação das populações de peixes ameaçados para continuar a existir.

MANIFESTO

 

Manifestação Pública em razão da decisão judicial que suspendeu os efeitos da Portaria 445/2014-MMA, que trata da lista de espécies aquáticas ameaçadas de extinção


As Organizações da Sociedade Civil e pesquisadores dedicados ao estudo e conservação de recursos marinhos e de água doce que subscrevem esta manifestação vêm a público para defender a manutenção dos efeitos e a legalidade da Portaria 445/2014 do Ministério do Meio Ambiente, que definiu a Lista Nacional Oficial de Espécies de Peixes e Invertebrados Aquáticos Ameaçados de Extinção. Esta Lista é resultado de um trabalho criterioso de cinco anos, envolvendo mais de 1.300 especialistas e as melhores informações disponíveis. 
Entendemos que a decisão judicial do Senhor Desembargador Federal Jirair Aram Meguerian, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, que suspendeu temporariamente os efeitos da Portaria 445/2014, desconsiderou os princípios constitucionais e o marco legal brasileiro sobre o meio ambiente e está fundamentada equivocadamente num suposto conflito de competências entre o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Pesca e Aquicultura.
A elaboração de listas oficiais de espécies ameaçadas de extinção é um instrumento legal previsto na Política Nacional da Biodiversidade, que é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente. Defendemos, portanto, que não existe conflito ou extrapolação de competências na publicação da Portaria 445/2014.
Ressaltamos que a suspensão da lista deixa 475 espécies sem qualquer tipo de proteção, contrariando diretamente o "direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado", garantido pelo artigo 225 da Constituição Federal. Esse direito constitucional fundamental deve ser sempre considerado na interpretação do marco legal brasileiro.
A diminuição das populações das espécies incluídas na lista e o colapso das pescarias que dependem dessas espécies é, sem sombra de dúvidas, a principal ameaça à manutenção da atividade pesqueira no país. Essa percepção é compartilhada por diversos setores e representantes de pescadores, que entendem que a lista de espécies ameaçadas é um instrumento importante para a sobrevivência da atividade e sua sustentabilidade, e que ela deve ser mantida. Por outro lado, a suspensão da Portaria 445/2014 retira a proteção ambiental de espécies aquáticas ameaçadas pelo impacto de outras atividades além da pesca, como a extração de petróleo e gás, construção de hidrelétricas, destruição de habitats (ex: manguezais) e outras.
Deste modo, apelamos ao Poder Judiciário para que reveja esta decisão e reiteramos a necessidade de uma proteção urgente para as espécies ameaçadas de extinção ou sobrexplotadas pela pesca excessiva, não manejada, não monitorada e não fiscalizada.
Exigimos ainda a retomada imediata do Programa Nacional de Monitoramento Pesqueiro; a criação dos Comitês Permanentes de Gestão da Pesca; a implementação de medidas emergenciais de manejo de pesca visando recuperar espécies e estoques sobrexplotados e ameaçados, por meio de limites máximos de captura de espécies-alvo, da minimização das capturas acidentais e da proteção de habitats vulneráveis, através da adoção de planos de recuperação e manejo de base científica; e rejeitamos a revogação da lista de espécies ameaçadas ou o adiamento de seus efeitos. Esse é o único caminho para manter a abundância em nossos mares e rios, e todos os benefícios de diversas atividades econômicas como turismo e pesca. É assim que manteremos nossa segurança alimentar, empregos, cultura e lucro, para a sociedade atual e futuras gerações.
Para aderir ao Manifesto, clique aqui. O Manifesto segue aberto a novas adesões. Organizações e especialistas interessados em apoiar a iniciativa podem enviar mensagem com nome do responsável e instituição para brasil@oceana.org.
Para uma análise mais detalhada deste posicionamento, acesse:

Para mais informações:
Mauricio Bianco, Gerente de Comunicação CI-Brasil
(21) 2173-6360 / 96834-0130 – mbiaco@conservation.org

Fonte: http://www.conservation.org/global/brasil/noticias/Pages/entidades-e-cientistas-pedem-protecao-para-475-especies-ameacadas-que-podem-desaparecer.aspx

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Vazamento de óleo na Baía de Sepetiba preocupa ambientalistas


A Transpetro confirmou preliminarmente um vazamento de 600 litros, mas técnicos do município de Mangaratiba acreditam que o volume seja de, no mínimo, 30 mil litros

Baía de Sepetiba
Quantidade de vazamento cria polêmica
PUBLICADO EM 20/06/15 - 18h16
O vazamento de um oleoduto da Transpetro, empresa subsidiária da Petrobras, ontem (19), na Baía de Sepetiba, pode ser maior do que o estimado. A avaliação é de órgão ambiental e do presidente da Comissão do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Thiago Pampolha (PTC), que estiveram neste sábado (20) no local.


A Transpetro confirmou preliminarmente um vazamento de 600 litros, já contestado pela prefeitura de Mangaratiba, segundo o deputado Pampolha. Técnicos do município acreditam que o volume seja de, no mínimo, 30 mil litros, que escorreram para o mangue, berçário de espécies.
“É um a situação bastante preocupante. O óleo já chegou à APA (Área de Proteção Ambiental) de Mangaratiba e o mangue está todo comprometido”, afirmou o deputado, após sobrevoar a área com técnicos da Secretaria Estadual do Ambiente. “A Transpetro fala em 600 litros [de óleo] , mas de cara eu pude perceber que não é verdade. Podem ser 30 mil [alegados pela prefeitura de Mangaratiba], mas podem ser muito mais”, declarou. Procurada pela Agência Brasil, a empresa não comentou o volume do vazamento e não deu novas explicações sobre as ações de mitigação no local.
Com a chegada do óleo ao mangue, ambientalistas alertam para a contaminação de espécies. A coordenadora e bióloga do Instituto Boto Cinza, Kátia Silva, disse que a resposta da Transpetro demorou e pode não ter sido suficiente. A preocupação do instituto é com a espécie que está em risco de extinção, encontrada apenas na Baía de Sepetiba. Outra espécie sob risco é a baleia jubarte que, em fase de reprodução, também pode ser vista esta época, na região.
“Os botos podem morrer por contaminação em contato direto com o óleo ou pela alimentação pois o manguezal, berçário de peixes, mariscos e caranguejos, devido as suas raízes, está sendo uma barreira natural para que óleo não invada de uma vez só o mar”, disse Kátia. “Inclusive, essa contaminação pode chegar até a gente, pois comemos o mesmo que eles”, acrescentou.
Na avaliação do Instituto Boto Cinza, que também monitora o vazamento desde ontem, a quantidade de óleo que saiu da tubulação também está acima da informada. “Para chegar até o mar, como vemos, vazou uma quantidade considerável”, disse a bióloga. “Não temos como precisar quanto, mas, com segurança, foi além dos 600 litros”.
A Transpetro informou que suspeita de furto de combustível no oleoduto como causa do vazamento, mas técnicos do Instituto Boto Cinza que chegaram próximo ao local não identificaram tentativa de invasão, como violação de cerca. A investigação está sendo feita pela Polícia Civil.
Presidida por Pampolha, a Comissão de Meio Ambiente da Alerj solicitou laudos à Secretaria Estadual do Ambiente para dimensionar o ocorrido e aguarda informações da polícia. Nas próximas semanas, deve ser feita uma audiência pública para discutir os impactos e mitigações do vazamento com a comunidade local, ambientalistas, técnicos de governos e a Transpetro.
O vazamento do oleoduto foi identificado de madrugada. O óleo escorreu pela Cachoeira Itinguçu e desaguou no mar. A contenção do óleo está sendo feita com o uso de 800 metros de barreira absorvente, 30 metros de barreira de contenção, dois caminhões-vácuo, um caminhão-baú, dois tanques de recolhimento, duas lanchas de apoio, quatro táxis-boat e um helicóptero.

Fonte: http://www.otempo.com.br/capa/brasil/vazamento-de-%C3%B3leo-na-ba%C3%ADa-de-sepetiba-preocupa-ambientalistas-1.1057738

Golfinho choca banhistas nos EUA após ser atacado por grande predador


Imagem foi publicada no Facebook e deixou banhistas preocupados.
Para especialista, provavelmente golfinho foi atacado por tubarão branco.

Do G1, em São Paulo
ma carcaça de golfinho foi encontrada em uma praia na costa do estado de Nova Jérsei, nos EUA, com marcas de mordidas que teriam sido feitas por um grande predador.
Carcaça de golfinho tinha marcas de mordidas feitas por grande predador (Foto: Reprodução/Facebook/Gene Alesi)Carcaça de golfinho tinha marcas de mordidas feitas por grande predador (Foto: Reprodução/Facebook/Gene Alesi)
As marcas no golfinho adulto foram feitas por um grande tubarão", disse o especialista Rich Fernicola, ao analisar a imagem que foi compartilhada no Facebook.
Segundo Fernicola, muito provavelmente o golfinho foi atacado por um tubarão branco.
A foto foi publicada no Facebook pelo americano Gene Alesi, sendo compartilhada por centenas de pessoas.
Apesar do medo de banhistas, Fernicola destacou que não é incomum tubarões atacarem golfinhos e isso não deve ser motivo de preocupação.

Fonte: http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2015/06/golfinho-choca-banhistas-nos-eua-apos-ser-atacado-por-grande-predador.html

Turismo de observação de baleias busca registro de Indicação Geográfica


Projeto de fortalecimento da atividade, coordenado pelo Sebrae Sul, já tem apoio de municípios litorâneos e Governo do Estado
21
JUN
2015
11h28
Mariana Noronha
Jornalista | Portal Engeplus



DIVULGAÇÃO


Um trabalho de pesquisa iniciado, em 2012, pela Coordenação Sul do Sebrae/SC resultou no projeto Fortalecimento do Turismo de Observação de Baleias no Litoral Catarinense. Os três anos de estudo revelaram que há espaço para melhorar a gestão desse segmento entre os pequenos negócios, além da possibilidade de obtenção do registro de Indicação Geográfica (IG), como destino turístico de excelência no segmento de ecoturismo, para a Área de Preservação Ambiental (APA) da Baleia Franca.
A expectativa é beneficiar, nos próximos três anos, 300 empreendedores que atuam na APA da Baleia Franca, que compreende os municípios entre Paulo Lopes, na região de Florianópolis, e Balneário Rincão, no Sul catarinense. Na primeira etapa, 30 pequenas empresas dos municípios de Garopaba, Imbituba e Laguna vão receber capacitação sobre gestão financeira, recursos humanos, planejamento em marketing, entre outros temas. O objetivo é garantir a ampliação da receita em 20%. Já a sustentabilidade do negócio e a satisfação dos turistas deverá alcançar o índice de 80%.
Os pequenos empresários também terão a chance de conhecer exemplos internacionais de sucesso no negócio de avistamento de baleias. Já estão programadas viagens para a Península Valdéz, na Argentina, e a Hermanus, na África do Sul. Os dois destinos recebem, em média, mais de 200 mil visitantes por temporada. “Atualmente, nossa região recebe pouco mais de quatro mil visitantes por temporada. Existe um enorme espaço para o crescimento”, comemora o Secretário de Turismo de Imbituba, município sede da APA da Baleia Franca, Paulo Sefton.
A partir do mês de julho, serão intensificadas as reuniões de apresentação do projeto nas prefeituras e para os pequenos empresários dos três municípios. Em setembro, está previsto um grande evento de lançamento durante a Semana da Baleia Franca, que acontecerá em Imbituba.
Apoio garantido - Representantes de Garopaba, Imbituba e Laguna, direção estadual e regional Sul do Sebrae estiveram esta semana, em Florianópolis, para apresentar o projeto ao Governo do Estado e solicitar apoio financeiro. O Sebrae Nacional já garantiu R$ 2,4 milhões, sendo que a contrapartida estadual será de R$ 445 mil. “É um valor muito pequeno para um projeto tão importante. Já assinei a autorização e a contrapartida será liberada”, garantiu o vice-governador, Eduardo Pinho Moreira.
Registro de Indicação Geográfica (IG) - Consolidar a APA da Baleia Franca como destino turístico de excelência no segmento de ecoturismo exige a obtenção do registro de Indicação Geográfica (IG). Segundo o Sebrae Sul, a aplicação do projeto é o caminho e representará aumento da competitividade e sustentabilidade dos pequenos negócios. “No Brasil só existem dois locais onde se observam Baleias: em Abrolhos, na Bahia, e em Santa Catarina. No entanto, nosso estado e região possuem um grande diferencial. Só aqui é possível avistá-las da orla”, lembra o coordenador regional Sul do Sebrae, Murilo Emanuel Gelosa. Ainda de acordo com ele, o Sebrae Sul tem grande experiência nesse tipo projeto, já que foi o principal responsável pela primeira IG catarinense, o Vale da Uva Goethe, na região de Urussanga.
Para realizar o projeto, a Coordenação Sul do Sebrae/SC também vai buscar o apoio das ONGs Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela emissão das licenças para observação das baleias no mar, Projeto Baleia Franca (PBF) e Instituto Baleia Franca (IBF), que tratam especificamente do estudo e projetos educativos referentes ao mamífero.
Colaboração: Douglas Nazario / Comunicação Nazario & Bortot
Fonte: http://www.engeplus.com.br/noticia/geral/2015/turismo-de-observacao-de-baleias-busca-registro-de-indicacao-geografica/