sexta-feira, 28 de junho de 2013
Comunidade ambiental perde a jornalista Teresa Urban
Em ((o))eco, sua última contribuição no site foi um artigo em fevereiro deste ano, contra o projeto de lei que reabre a Estrada do Colono, que aguarda votação no plenário da Câmara dos Deputados.
Formada em jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Teresa escreveu 21 livros. Foi correspondente do O Estado de S. Paulo, em Curitiba, e também passou pelo Jornal do Brasil, revista Veja e jornais Voz do Paraná e Folha de Londrina, onde foi diretora de redação.
Militou na área ambiental, papel que a levou a atuar no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Participou do mapeamento dos remanescentes das florestas de araucária no estado do Paraná e foi coloboradora de organizações ambientais, como a SOS Mata Atlântica e Mater Natura.
É uma das criadoras da Rede Verde, rede de notícias que transmite pelo rádio informações ambientais para todo o Paraná.
Ela faleceu um dia após sofrer um enfarto. Teresa chegou a ser internada na Unidade de Terapia Intensa (UTI) do Hospital Vita, em Curitiba, mas não resistiu.
Depoimento de Clóvis Borges
A complexa tarefa de atuar na área da conservação da natureza no Brasil demanda um conjunto de capacidades que, na prática, não é encontrada em figuras isoladas. Somos mesmo extremamente limitados, tais as exigências que nos são impostas. Aqueles que arrogam para si esta competência ampla, em geral, não passam de figuras menos relevantes, facilmente identificáveis pela inconfundível soberba. Teresa Urban prestigiou, com sua amizade e sabedoria, um número considerável de pessoas. Mais do que isto, emprestou, solidariamente, ensinamentos constantes sobre a dura pela luta pela conservação. Permitiu que, os que dela se aproximaram, tivessem um melhor entendimento sobre a dimensão e os limites de nossos tantos enfrentamentos. Tornou-nos, portanto, menos imperfeitos. Não se trata de saber tudo, nem de acertar sempre. Mas sim, de sustentar a posição de manter a cabeça levantada. De dar valor às iniciativas, por mais frágeis que sejam, pelo seu significado maior, acreditando que o caminho da mudança passa, indelevelmente, pela perseverança, mesmo em situações extremamente difíceis como as que enfrentamos. O vazio deixado com o seu passamento será preenchido aos poucos, com seu exemplo único que hoje já representa parte muito especial e cara das atitudes e das lutas que muita gente encampou.
Adeus minha amiga Teresa!
Fonte: http://www.oeco.org.br/noticias/27316-comunidade-ambiental-perde-a-jornalista-teresa-urban
quinta-feira, 27 de junho de 2013
São Paulo, onde árvores são consideradas lixo (parte 2)
E não apenas por conta da regulação climática, da absorção da água das chuvas, do controle da poluição do ar e sonora, da estética ou por que cidades mais verdes abrigam maior biodiversidade. Como primatas que evoluíram em um ambiente de savanas arborizadas por alguns milhões de anos, há algo nas áreas verdes que afeta nossas mentes.
Um estudo intrigante realizado no Reino Unido acompanhou mais de 10 mil pessoas (adultos) representando mais de 5 mil famílias entre os anos de 1991 e 2008. Os cientistas do European Centre for Environment and Human Health, baseado na University of Exeter, buscaram descobrir como áreas verdes urbanas afetam a saúde psicológica e o bem-estar das pessoas ao longo do tempo
O stress associado a urbanização é um problema para o bem-estar e a saúde mental das pessoas. Este estudo mostra que espaços verdes como praças, jardins e arborização contribuem positivamente para mitigá-lo.
O efeito psicológico de áreas verdes bem cuidadas também afeta a segurança pública. Outro trabalho feito na Philadelphia, Estados Unidos, demonstrou que, em diferentes áreas da cidade, após terrenos baldios serem transformados em áreas verdes houve uma queda nos assaltos a mão armada e, em alguns locais, nos casos de vandalismo. O estudo também revelou que os residentes das áreas beneficiadas reportavam menos stress e que faziam mais exercícios ao ar livre, o que ajuda na saúde física.
Philadelphia é uma área de estudos fértil para este tipo de pesquisa e outra, mais recente, mostrou umacorrelação negativa entre a abundância de vegetação e a ocorrência de assaltos, roubos e furtos, o que é contra intuitivo para aqueles que veem um bandido escondido atrás de cada arbusto.
Os autores do estudo sugerem que o efeito possa ser o resultado tanto do maior uso das áreas verdes por usuários “do bem” (o que desencoraja os usuários “do mal”), como o fato da presença de vegetação reduzir fadiga mental e irritabilidade, que são precursores de crimes violentos.
Enquanto isso, em São Paulo...
A cidade de São Paulo tem um histórico desprezo e relaxo com suas áreas verdes e, em particular, com a arborização urbana
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Como São Paulo.
A cidade de São Paulo tem um histórico desprezo e relaxo com suas áreas verdes e, em particular, com a arborização urbana. Basta ver como árvores são plantadas (a contragosto) como compensação ambiental por obras como as novas pistas da Marginal para notar a completa falta de cuidado e uma capacidade técnica similar a de um pedreiro que tente fazer uma neurocirurgia. Um passeio pela região central “recuperada”, pelas avenidas marginais ou obras como a “revitalização” do Largo da Batata mostra o serviço porco que resulta na perda de um número absurdo de árvores.
São Paulo suporta, há quase duas décadas, prefeitos que oscilam entre o mais ou menos e o medíocre. Administrações que, em se tratando de meio ambiente urbano, parecem saber tanto do assunto, ou dar-lhe importância, quanto uma bromélia entende de macroeconomia.
Durante a última administração, São Paulo perdeu árvores adultas a uma taxa fenomenal para que empreendimentos imobiliários fossem construídos. Em muitos casos a “compensação ambiental” é inócua já que, como se vê, plantam-se mudas para inglês ver.
A nova administração segue no mesmo espírito. A foto acima, feita em 12 de junho na praça em frente a meu apartamento, mostra o que a prefeitura paulistana entende por restauração de um espaço verde. Além de cortarem árvores adultas, o serviço foi feito com tanto cuidado que destruiu um jacaratiá e uma acerola que estavam no caminho dos galhos que caíam.
A guerra contra as árvores paulistanas vai além da minha porta. Um empreendimento imobiliário que derrubará centenas de árvores foi autorizado sob justificativa que não convence, obviamente com a promessa de que muitas mais serão plantadas (algo que, como a segunda vinda de um messias, é de baixa probabilidade).
E para finalizar, a prefeitura paulistana quer se livrar do Parque Municipal CEMUCAM e Viveiro Harry Blossfeld, único viveiro municipal que produz árvores.
Meses atrás escrevi que uma prefeitura que começava tratando árvores como lixo começava mal. Parece que continuará mal.
Fonte: http://www.oeco.org.br/olhar-naturalista/27310-sao-paulo-onde-arvores-sao-considerada-lixo-parte-2
Tartaruga de duas cabeças é batizada de 'Thelma e Louise' em zoo nos EUA
Réptil nasceu há uma semana em Zoológico de San Antonio.
Tartaruga vai ser exibida ao público a partir de quinta-feira (27).
Do G1, em São Paulo
59 comentários
Uma tartaruga de duas cabeças nasceu há pouco mais de uma semana no Zoológico de San Antonio, nos Estados Unidos, segundo agências de notícias internacionais. Nascido em 18 de junho, o animal recebeu o nome de 'Thelma e Louise' dos tratadores. A tartaruga vai ser exibida ao público a partir de quinta-feira (27), no aquário do zoo (Foto: San Antonio Zoo/AP)
Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/06/tartaruga-de-duas-cabecas-e-batizada-de-thelma-e-louise-em-zoo-nos-eua.html
Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/06/tartaruga-de-duas-cabecas-e-batizada-de-thelma-e-louise-em-zoo-nos-eua.html
Japão é processado no Tribunal de Haia por caça de baleias na Antártica
Austrália defende proibição de caça às baleias no órgão judicial da ONU.
Governo japonês é acusado de maquiar captura de animais.
Da EFE
saiba mais
Começaram nesta quarta-feira (26), em Haia, na Holanda, uma série de audiências que vão analisar a acusação do governo da Austrália contra o Japão de caça às baleias na Antártica com finalidade comercial e não científica. "Estamos satisfeitos por termos chegado a este ponto a tempo", declarou Bill Campbell, representante australiano na Corte Internacional de Justiça de Haia.
O jurista internacional garantiu que o governo australiano "fez um enorme esforço para assegurar que dará o seu melhor" neste caso, mas não revelou os pontos fortes da argumentação de defesa que preparou para as audiências.
A Austrália apresentou em 2010 um requerimento ao principal órgão judicial da Organização das Nações Unidas (ONU) por considerar que o programa científico do Japão na Antártica - que os nipônicos usam como justificativa para a captura de mamíferos aquáticos - esconde fins comerciais e viola convenções internacionais e obrigações de preservação do habitat.
Campbell afirmou que o Japão usa em seu programa científico o mesmo tipo de navios e tripulação utilizados nas antigas atividades comerciais da indústria baleeira quando ainda eram permitidas.
Baleias S/A
O agente australiano ressaltou que os números relativos à captura de baleias na Antártica, que inclui a pesca anual de 935 baleias-mink, revelam níveis comerciais e lembrou que existem vários produtos que utilizam estes mamíferos como matéria-prima, à venda nos mercados japoneses.
Baleias S/A
O agente australiano ressaltou que os números relativos à captura de baleias na Antártica, que inclui a pesca anual de 935 baleias-mink, revelam níveis comerciais e lembrou que existem vários produtos que utilizam estes mamíferos como matéria-prima, à venda nos mercados japoneses.
Nos restaurantes japoneses, por exemplo, continua sendo oferecida a carne de baleia, mas seu consumo diminuiu bastante, de 230 mil toneladas em 1962 para 4.200 toneladas estimadas em 2009.
O Japão abandonou a caça de baleias em 1986 por uma moratória internacional, mas retomou a atividade um ano depois sob um programa com fins científicos autorizado pela comissão baleeira, apesar do ceticismo de muitas associações e países.
O país asiático, um dos principais parceiros comerciais da Austrália, argumenta que sua caça anual de baleias é legal sob o artigo 8º da Convenção Internacional para a Regulação da Atividade Baleeira, que permite que os governos capturem cetáceos para fins científicos.
"O Japão está obedecendo estritamente essa convenção", disse Nori Shikata, o porta-voz japonês no Tribunal Internacional para este caso.
As audiências públicas no Tribunal de Haia acontecem até o dia 16 de julho e incluirão a "intervenção" da Nova Zelândia em favor da reivindicação australiana. A Corte Internacional de Justiça deve emitir sua decisão no final deste ano, sem direito à apelação, por isso as audiências são o último esforço das partes para defender suas posições.
As audiências públicas no Tribunal de Haia acontecem até o dia 16 de julho e incluirão a "intervenção" da Nova Zelândia em favor da reivindicação australiana. A Corte Internacional de Justiça deve emitir sua decisão no final deste ano, sem direito à apelação, por isso as audiências são o último esforço das partes para defender suas posições.
Pescadores japoneses cortam blocos de carne de uma baleia-nariz-de-garrafa de 10 metros de comprimento, abatida para venda em Minami-Boso, a leste de Tóquio, em junho de 2008 (Foto: Yoshikazu Tsuno/Arquivo AFP)
Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/06/japao-e-processado-no-tribunal-de-haia-por-caca-de-baleias-na-antartica.html
Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/06/japao-e-processado-no-tribunal-de-haia-por-caca-de-baleias-na-antartica.html
Alerta geral!
Em meio aos protestos e à indignação do povo brasileiro, foi publicado hoje no Diário Oficial da União (DOU) a Resolução nº 457 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), presidido pela Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A Resolução é um dos maiores retrocessos da história ambiental brasileira, com graves consequências para os animais.
Resumindo curta e grossamente: A partir de hoje fica oficialmente autorizado que cada cidadão brasileiro pode "tutelar" até 10 animais oriundos do tráfico. Nem precisa ser muito inteligente para saber que teremos milhares de testas de ferro (com ficha limpa) se cadastrando.
Essa Resolução tem que cair. Leia na íntegra no DOU de hoje (26.06.2013).
http://www.in.gov.br/
Presidente do Ibama diz que falta de qualidade dos projetos atrasa licenciamento ambiental
Sob fortes críticas de parlamentares, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Volney Zanardi Junior, explicou ontem (12) no Senado como funciona o processo de licenciamento ambiental de obras de infraestrutura do país e apontou justificativas para o atraso do órgão nas emissões de autorização dessas obras. Ele atribuiu parte da demora à falta de qualidade dos projetos apresentados ao órgão.
“Muitas questões poderiam ser trabalhadas antes de chegar ao processo de licenciamento. Lidamos frequentemente com uma série de problemas e conflitos em relação à políticas públicas que são definidas para a região. Essas políticas muitas vezes não têm uma relação direta com o empreendimento, mas são incorporadas ao licenciamento”, criticou. “O licenciamento ambiental não foi feito para definir planejamento territorial e implantação de políticas públicas”, completou.
Durante a audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado, Zanardi disse que, como o nível de investimentos do país em obras estruturais é crescente, a demanda por licenças que viabilizam esses investimentos também vem aumentando. Segundo ele, em 2012, o Ibama realizou quase 70 audiências públicas com a participação de mais de 20 mil pessoas, como parte desses processos de licenciamento.
Como o interesse dos senadores era a situação de obras executadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Zanardy destacou que o Ibama trabalha hoje com quase 2 mil processos de licenciamento. Apenas as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) respondem por 17% dessa carteira, e esse bloco concentra pelo menos 590 projetos de rodovias.
Zanardi lembrou que o trabalho do Ibama precisa seguir as diversas legislações ambientais, como a Lei da Mata Atlântica, que exige estudos de impacto ambiental quando um empreendimento ameaça remanescentes do bioma. Ainda assim, ele destacou mudanças em portarias que deram mais agilidade ao processo.
O presidente do Ibama disse que muitos problemas acabam surgindo por uma série de hábitos e regras polêmicas adotadas hoje, como as que definem que as licenças concedidas pelos órgãos estaduais e municipais que foram suspensas devem ser retomadas pelo instituto federal. “O Ibama é levado a assumir o licenciamento e tem que recomeçar, muitas vezes, do zero, e a responsabilidade [pela demora] recai sobre ele”, explicou, destacando que, nos últimos três anos, nenhuma licença concedida pelo órgão federal foi sustada.
Ainda assim, o senador José Pimentel (PT-CE), que pediu a convocação de Zanardi, alertou para o número crescente de ajuizamentos do Ministério Público contra o Ibama. Os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Acir Gurgacz (PDT-RO) criticaram a demora no licenciamento de várias rodovias e questionaram a morosidade inclusive em projetos que já existiam e estava passando por reformas ou melhorias.
Raupp destacou o processo da rodovia BR-319, com trechos no Amazonas e em Rondônia. “Já se passaram seis anos para se concluir um licenciamento ambiental. Estamos tratando de um estado que preserva 98% de suas florestas. Não vamos dizer que o traçado [da rodovia] que já existia vai impactar tanto a ponto de comprometer os 98% preservados”, disse.
O senador Jorge Viana (PT-AC) defendeu um tratamento diferenciado para as obras estratégicas. “Se o Ibama tem estrutura e condições precárias, pelo menos temos que separar as obras estratégicas para o país, que se não andarem rápido podem provocar problemas sociais ou prejudicar a competitividade do Brasil”, disse ele.
Por: Carolina Gonçalves
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Davi Oliveira
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Davi Oliveira
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Urgente – Patrimônio Nacional em Risco
A Ministra do Meio Ambiente Sra. Izabella Teixeira afirmou a empresários durante evento em Ouro Preto, Minas Gerais, que acabará com avaliação de impactos ao patrimônio cultural no licenciamento ambiental.
Clique na imagem abaixo para assistir ao pronunciamento:
A Ministra que é presidente do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente esqueceu da RESOLUÇÃO CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986 – Publicada no DOU, de 17 de fevereiro de 1986, Seção 1, páginas 2548-2549, onde se lê:
Artigo 6º – O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as seguintes atividades técnicas:
I – Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando:
a) o meio físico – o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d’água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas;
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais – a fauna e a flora, destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente;
c) o meio socioeconômico – o uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-economia,destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos.
………………………………….
Vamos esperar que tenha sido uma falha de memória.
Sessenta grandes felinos mortos em parques brasileiros nos últimos dois anos
por Jemma Smith, do Mongabay
Pelo menos 60 grandes felinos foram mortos dentro de áreas nacionais protegidas no Brasil durante os últimos dois anos, de acordo com uma recente pesquisa publicada no periódico de acesso aberto Tropical Conservation Science (TCS), do mongabay.com.
O relatório, que foca nas populações de onça-pintada (Panthera onca) e puma (Puma concolor) dentro de áreas brasileiras protegidas, mostra que a gestão de reservas e as restrições de uso impactam o nível da caça dos grandes felinos.
Os resultados obtidos a partir de um questionário enviado para uma amostra de gerentes de reservas mostram que relatos de caça foram três vezes mais frequentes em reservas com menos restrições para o uso humano. O estudo também mostra que a caça ocorreu em cerca de 50% das reservas conhecidas por terem populações de grandes felinos.
A caça raramente é relatada, e quando relatos são feitos, eles quase nunca chegam a um processo jurídico. Isso pode significar que residentes próximos a reservas menos restritas não estão preocupados em ser processados, fazendo com que níveis mais altos de caça sejam relatados nessas áreas.
Tanto onças quanto pumas têm proteção internacional contra caça. Onças estão listadas como Quase Ameaçadas na Lista Vermelha da IUCN e incluídas no Apêndice 1 da CITES, enquanto pumas estão listados como Pouco Preocupantes e incluídos no Apêndice 2.
Essas classificações significam que a caça de ambas as espécies é ilegal. Os cientistas comentam que “a caça é comum em áreas protegidas e que esse status jurídico de proteção não é garantia de proteção real”.
Mesmo com o relatório, ainda há dados insuficientes e o número de mortes de grandes felinos é só uma estimativa. É provável que o número real de mortes seja muito maior. “Mais estudos são necessários para avaliar as taxas de morte, fatores associados à caça, efeitos do tamanho da população humana e medidas específicas de gestão. Mais importante é a necessidade de saber como a caça afeta a viabilidade de população nessas áreas”, explicam os cientistas.
Além disso, os cientistas sugerem “que gerentes das áreas protegidas devem tentar sistematizar a informação disponível e investigar possíveis casos. Apenas reconhecendo o problema será possível tomar medidas para resolvê-lo.”
* Traduzido por Jéssica Lipinski. Leia o original no Mongabay (inglês).
** Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
terça-feira, 25 de junho de 2013
Dilma não apoia criação de novas Unidades de Conservação
Dilma Rousseff foi a segunda presidente brasileira que menos criou áreas de conservação. O fraco desempenho neste sentido tem colaborado para um aumento expressivo no desmatamento, conforme comprovado pelo monitoramento da Imazon, que aponta para um aumento de 23% no desmatamento entre 2011 e 2012.
As Unidades de Conservação (UC) são usadas há anos como uma das maneiras mais eficientes de garantir a integridade da floresta, impedindo que as matas sejam derrubadas em consequência da expansão agrícola, urbana ou energética.
No entanto, uma reportagem publicada na Folha mostra que Dilma criou apenas duas unidades deste tipo durante o seu mandato até o momento. O resultado só não é pior que os índices registrados por Itamar Franco, que decretou apenas uma UC.
A ONG Instituto Socioambiental informa que existem, ao menos, 14 processos montados pelo Instituto Chico Mendes e que estão parados no Ministério do Meio Ambiente e na Casa Civil apenas em consequência da falta de ação política. Se fossem aprovados, já poderiam entrar em vigor.
Outro fator que prejudica ainda mais a situação brasileira de proteção e preservação ambiental é a falta de fiscalização das áreas de conservação. As UC são alternativas eficientes desde que haja o controle sobre o que acontece nessas áreas. “Além de não criar unidades, Dilma não está cuidando das que foram criadas, ela de fato as está reduzindo”, explicou Paulo Barreto, pesquisador do Imazon, em declaração à Folha.
Fonte: Redação CicloVivo - http://ciclovivo.com.br/noticia/dilma-nao-apoia-criacao-de-novas-unidades-de-conservacao
As Unidades de Conservação (UC) são usadas há anos como uma das maneiras mais eficientes de garantir a integridade da floresta, impedindo que as matas sejam derrubadas em consequência da expansão agrícola, urbana ou energética.
No entanto, uma reportagem publicada na Folha mostra que Dilma criou apenas duas unidades deste tipo durante o seu mandato até o momento. O resultado só não é pior que os índices registrados por Itamar Franco, que decretou apenas uma UC.
A ONG Instituto Socioambiental informa que existem, ao menos, 14 processos montados pelo Instituto Chico Mendes e que estão parados no Ministério do Meio Ambiente e na Casa Civil apenas em consequência da falta de ação política. Se fossem aprovados, já poderiam entrar em vigor.
Outro fator que prejudica ainda mais a situação brasileira de proteção e preservação ambiental é a falta de fiscalização das áreas de conservação. As UC são alternativas eficientes desde que haja o controle sobre o que acontece nessas áreas. “Além de não criar unidades, Dilma não está cuidando das que foram criadas, ela de fato as está reduzindo”, explicou Paulo Barreto, pesquisador do Imazon, em declaração à Folha.
Fonte: Redação CicloVivo - http://ciclovivo.com.br/noticia/dilma-nao-apoia-criacao-de-novas-unidades-de-conservacao
Japão defende a caça de baleias na Justiça
O Japão segue firme em sua decisão de continuar a caçar baleias. Contrariando os apelos dos ambientalistas, o ministro das Relações Exteriores japonês, Fumio Kishida, ainda essa semana, deve defender a atividade para fins científicos.
Em fevereiro deste ano, o ministro da Pesca e Agricultura, Yoshima Hayashi, já havia afirmado que o país não estava disposto a abandonar a pesca de baleias. Além de alegar que era uma questão de segurança alimentar, o ministro ainda disse que era cultural, com longa tradição.
Agora, foi a vez de Kishida assumir sua posição. Nesta semana, ele defenderá que a caça seja ajustada às leis internacionais no Tribunal de Haia (Tribunal Internacional de Justiça). De acordo com Kishida, a atividade é parte de pesquisas cientificas, que se realizam de maneira legal, seguindo o Artigo 9 da Convenção Internacional para a Regulação da Atividade Baleeira.
Para a Austrália, parceiro comercial do país nipônico, a captura de cetáceos na Antártida é realizada para fins comerciais, o que viola a Convenção.
A caça é realizada desde 1987 e a carne é vendida nos restaurantes. Entretanto, o consumo caiu bastante nos últimos anos. Se em 2009 eram consumidas 4.200 toneladas, em 1962 eram apenas 230 mil. Essa questão, somada a intervenção de associações conservacionistas, fizeram com que, neste ano, fosse registrado o menor índice histórico de captura. O total foi de 103 baleias. Com informações do Terra.
onte: Redação CicloVivo - http://ciclovivo.com.br/noticia/japao-defende-a-caca-de-baleias-na-justica
Em fevereiro deste ano, o ministro da Pesca e Agricultura, Yoshima Hayashi, já havia afirmado que o país não estava disposto a abandonar a pesca de baleias. Além de alegar que era uma questão de segurança alimentar, o ministro ainda disse que era cultural, com longa tradição.
Agora, foi a vez de Kishida assumir sua posição. Nesta semana, ele defenderá que a caça seja ajustada às leis internacionais no Tribunal de Haia (Tribunal Internacional de Justiça). De acordo com Kishida, a atividade é parte de pesquisas cientificas, que se realizam de maneira legal, seguindo o Artigo 9 da Convenção Internacional para a Regulação da Atividade Baleeira.
Para a Austrália, parceiro comercial do país nipônico, a captura de cetáceos na Antártida é realizada para fins comerciais, o que viola a Convenção.
A caça é realizada desde 1987 e a carne é vendida nos restaurantes. Entretanto, o consumo caiu bastante nos últimos anos. Se em 2009 eram consumidas 4.200 toneladas, em 1962 eram apenas 230 mil. Essa questão, somada a intervenção de associações conservacionistas, fizeram com que, neste ano, fosse registrado o menor índice histórico de captura. O total foi de 103 baleias. Com informações do Terra.
onte: Redação CicloVivo - http://ciclovivo.com.br/noticia/japao-defende-a-caca-de-baleias-na-justica
Os tímidos lobos-guará da Serra da Canastra
Há cerca de uma semana estou documentando uma nova campanha de captura de lobos-guará na Serra da Canastra, Nos próximos dias pretendo compartilhar um pouco do conhecimento e experiência do Rogerio e sua equipe sobre este animal tão fascinante e mostrar os mais modernos recursos e estratégias que estão sendo adotados para melhorar sua conservação.
Clique nas imagens para ampliar e ler as legendas | ||
Assim como “lobo mau” só existe em contos de carochinha, a maioria das “áreas protegidas” no Cerrado só existe no papel, salvo exceções como o Parque Nacional da Serra da Canastra e Parque Nacional das Emas, em Goiás. Aqui na Canastra, o Parque exerce há 40 anos a primordial função de dar todas as condições para que a espécie se mantenha em condições naturais. Mas um animal não conhece as fronteiras definidas pelo homem, vive pela sobrevivência e busca alimento onde existe. Assim, não tarda para que o lobo caminhe por fazendas vizinhas ao Parque, e é justamente nestas áreas privadas onde a equipe do projeto tem dispensado maior esforço. A proposta é minimizar os conflitos existentes entre o lobo e o homem, mostrar que é possível uma convivência pacífica. Afinal, lobo-guará é um animal solitário, não oferece perigo algum, é tímido e come diversas frutas típicas do cerrado. Ou seja, comer vovozinha ou chapeuzinho vermelho, só no mundo lúdico das crianças.
Convido-lhes a nos acompanhar diariamente aqui no ((o))eco, a conhecer um pouco sobre este animal tão misterioso e solitário. A entender que é possível sim, conviver bem com eles e com toda fauna silvestre brasileira. É fundamental e mais, emergencial este aprendizado. Pelo bem das espécies e nós mesmos.
Filme: http://youtu.be/LwOe837M_QI
Fonte: http://www.oeco.org.br/adriano-gambarini-lista/27299-os-timidos-lobos-guara-da-serra-da-canastra
sexta-feira, 21 de junho de 2013
DNA Sheds Light on Rare Killer Whale Type
Megan Gannon, News Editor
The orca whale's large size and strength make it among the fastest marine mammals, able to reach speeds in excess of 30 knots (about 34 mph, or 56 kph). CREDIT: Orca image via Shutterstock |
Scientists have long suspected that the killer whale, Orcinus orca, may actually be four different species or subspecies based of subtle differences in appearance and variations in behavior. The rarest of them all is known as type D. These fat-headed orcas, marked by tiny white patches around their eyes, were only recently observed in the wild, some 50 years after they were first identified in photographs from a mass stranding in New Zealand.
The skeleton of one of the type D whales that washed ashore in 1955 ended up at a museum in Wellington. In a new study, scientists analyzed DNA from the bones, showing, yes, type D is likely a distinct subspecies or species. The research, detailed in the journal Polar Biology, also suggests type D diverged from other killer whales about 390,000 years ago, making it the second oldest orca type.
Antiquated as some collections may seem, natural history specimens in museums have proved valuable to researchers studying otherwise hard-to-access genetic material. Scientists recently turned to a musty 100-year-old stuffed passenger pigeon, hoping to reconstruct the DNA of the extinct bird and eventually bring it back to life through cloning.
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