Angela Kuczach - 14/04/14
Foi lançado na quinta-feira (10) no Brazil Road Expo, que acontece em SP, o sistema Urubu Mobile. O aplicativo, desenvolvido pelo Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, o CBEE, da Universidade Federal de Lavras, é a mais nova arma de combate ao drástico número de 450 milhões de animais silvestres mortos anualmente nas estradas do nosso país.
A estimativa é do professor Alex Bager, coordenador do CBEE, e foi desenvolvida a partir de 14 estudos publicados sobre o tema no Brasil.
O sistema que já vinha sendo testado a algum tempo, consiste em um aplicativo para smartphone e tablets com sistema android. Qualquer usuário dessas tecnologias pode baixar gratuitamente e colaborar com o monitoramento de atropelamentos de fauna. Ao encontrar um animal atingido, o usuário, utiliza o aplicativo para fotografá-lo e insere dados como coordenada geográfica. A data e hora do registro são automaticamente anexados à foto e vão para o banco de dados do CBEE. Uma equipe especializada e consultores identificam a espécie. Se pelos menos três técnicos concordarem sobre os dados, ele vai para o sistema.
Com esse aplicativo simples, mas inédito de smartphone, Alex pretende obter informações mais concretas sobre onde, quando e quais as principais espécies atropeladas. “A ecologia de estradas ainda é muito recente no Brasil e sabemos muito pouco do que realmente acontece na malha viária do país”, diz ele. “Com isso fica complicado até mesmo propor medidas de mitigação de impacto”.
O CBEE tem parceria com o ICMBio, órgãos estaduais, e organizações não governamentais, como a Rede Nacional Pró Unidades de Conservação. Essa articulação toda é vital para que o sistema seja amplamente utilizado por quem está próximo ou dentro das Unidades de Conservação e possa contabilizar com maior precisão o impacto causado pelo atropelamento nessas áreas.
Saindo do universo acadêmico, porém, a ideia é que o Urubu Mobile seja acessível a todos. “Queremos que todo mundo utilize o aplicativo”, diz Alex, “desde caminhoneiros e motoristas em geral até funcionários de concessionárias que administram as rodovias; dos adolescentes que estão no banco do passageiro a mães que levam seus filhos à escola. Enfim… Queremos que o Urubu vire uma febre e torne-se a maior rede social da conservação da biodiversidade brasileira”.
Para estimular a participação do público, o CBEE disponibilizará todos os dados de atropelamentos no seu portal, para que qualquer interessado possa saber o que acontece em sua região e se motive a colaborar.
Somente ontem, ao ser lançado 150 pessoas imediatamente baixaram o aplicativo, e nos próximos dois anos a expectativa é que pelo menos outras cinco mil pessoas façam parte dessa rede.
O CBEE tem parceria com o ICMBio, órgãos estaduais, e organizações não governamentais, como a Rede Nacional Pró Unidades de Conservação. Essa articulação toda é vital para que o sistema seja amplamente utilizado por quem está próximo ou dentro das Unidades de Conservação e possa contabilizar com maior precisão o impacto causado pelo atropelamento nessas áreas.
Saindo do universo acadêmico, porém, a ideia é que o Urubu Mobile seja acessível a todos. “Queremos que todo mundo utilize o aplicativo”, diz Alex, “desde caminhoneiros e motoristas em geral até funcionários de concessionárias que administram as rodovias; dos adolescentes que estão no banco do passageiro a mães que levam seus filhos à escola. Enfim… Queremos que o Urubu vire uma febre e torne-se a maior rede social da conservação da biodiversidade brasileira”.
Para estimular a participação do público, o CBEE disponibilizará todos os dados de atropelamentos no seu portal, para que qualquer interessado possa saber o que acontece em sua região e se motive a colaborar.
Somente ontem, ao ser lançado 150 pessoas imediatamente baixaram o aplicativo, e nos próximos dois anos a expectativa é que pelo menos outras cinco mil pessoas façam parte dessa rede.
Um manual de uso do Sistema Urubu e da sua ferramenta complementar, o Urubu Web estará disponível no Portal CBEE (Publicações – Textos Técnicos). E aí? Vamos todos urubuzar?
*Angela Kuczach, bióloga e diretora executiva da Rede Nacional Pró Unidades de Conservação.
Fonte: http://www.oeco.org.br/convidados/28213-e-tempo-de-urubuzar
Nenhum comentário:
Postar um comentário