quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Estudo de Impacto Ambiental de São Luiz de Tapajós não mede impacto


Por ((o))eco
Rio Tapajós. Foto: ©Greenpeace/Fábio Nascimento
Rio Tapajós. Foto: ©Greenpeace/Fábio Nascimento
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do projeto da usina hidrelétrica de São Luiz de Tapajós usa metodologia inadequada, omite dados importantes para avaliação dos impactos da obra e apresenta ações mitigadoras insuficientes. Essas e outras fragilidades do EIA, primeira etapa do processo do licenciamento ambiental da usina, foi tema de uma análise crítica publicada nesta terça-feira por um grupo de 9 pesquisadores independentes.
O documento, financiado pelo Greenpeace, aponta que o estudo que serve para justificar a construção da hidrelétrica não mede os impactos da obra às comunidades indígenas, ribeirinhos e ao meio ambiente. A avaliação técnica é assinada por especialistas do Museu Paraense Emílio Goeldi, do INPA e da UFPE.
"Em vez de cumprir com o seu papel, que é de prever os reais impactos da construção de empreendimentos do porte dessa hidrelétrica e, assim, informar o processo de decisão, esses documentos tornaram-se mera formalidade para legitimar decisões políticas já tomadas”, afirma Danicley de Aguiar, da Campanha da Amazônia do Greenpeace.
O estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental realizado pelo consórcio Grupo de Estudos Tapajós foi protocolado no Ibama em agosto de 2014 pela Eletrobras. Para os autores da análise crítica, o EIA/RIMA deveria ser rejeitado pelo órgão licenciador, por apresentar erros, subestimar amostras e omitir impactos, como os efeitos no trecho do rio abaixo da barragem e os planos de implantação de mais quatro hidrelétricas na mesma bacia hidrográfica.
Entenda a história
A Usina de São Luiz dos Tapajós é a primeira de um complexo que prevê a instalação de pelo menos 5 usinas num dos últimos rios livres de hidrelétricas da Amazônia.
Para viabilizar a construção do complexo, num local de rica biodiversidade e cercado por terras indígenas e unidades de conservação, o governo publicou em 2012 a Medida Provisória 558, que alterou a área de 7 unidades de conservação na região. Ao tramitar pela Câmara, a MP aumentou para 8 o número de unidades de conservação atingidas.
Em relação às terras indígenas, o governo preferiu congelar a demarcação da Terra Indígena Sawré Muybu. O reconhecimento do direito de posse dos Mundukurus sobre a área inviabilizaria a construção da hidrelétrica São Luís do Tapajós. A Constituição determina que os índios só podem ser desalojados de suas terras em casos específicos, como uma epidemia, mesmo assim só com a aprovação prévia do Congresso Nacional.
A causa indígena é um dos fatores que mantêm o licenciamento ambiental da hidrelétrica paralisado. A Justiça já determinou que os indígenas sejam ouvidos antes de qualquer licença.
A análise crítica do EIA/RIMA será encaminhado ao Ibama e ao Ministério Público Federal.

Fonte: http://www.oeco.org.br/noticias/estudo-de-impacto-ambiental-de-sao-luiz-de-tapajos-nao-mede-impacto/

'Hidrelétrica no rio Tapajós pode extinguir espécies e prejudicar povos locais', diz pesquisador do Inpa


29 setembro 2015 

O Tapajós é um dos últimos grandes rios amazônicos sem barragens e a nova fronteira de megaprojetos do governo federal de usinas na Amazônia
Ao menos 40 grandes hidrelétricas estão atualmente em construção ou planejamento na bacia amazônica.
Em fase de licenciamento ambiental, a usina de São Luiz do Tapajós é a maior delas e considerada uma prioridade pelo governo.
A construção da usina foi tema de uma assembleia entre povos indígenas da região, ONGs, ambientalistas e representantes do governo.
A BBC Brasil conversou com Jansen Zuanon, pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) presente na reunião, sobre os possíveis impactos desta e outras obras do tipo sobre o meio ambiente.

Veja o vídeo: http://www.bbc.com/portuguese/videos_e_fotos/2015/09/150928_entrevista_inpa_usina_tapajos_rb

Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/videos_e_fotos/2015/09/150928_entrevista_inpa_usina_tapajos_rb



quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Em busca das baleias-francas no sul do brasil


Pela primeira vez na costa brasileira um sistema de GPS vai monitorar os movimentos e comportamentos de mergulho da espécie

por Rodrigo Baleia
     
Um consórcio de instituições brasileiras, incluindo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), juntamente com o Instituto Aqualie e Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS), iniciou uma nova etapa no estudo dasbaleias-francas (Eubalaena australis) no sul do Brasil.
Nesta última semana, os pesquisadores utilizaram pela primeira vez na costa brasileira um sistema de GPS para monitorar os movimentos e comportamentos de mergulho das baleias-francas na região. Os cetáceos migram, a cada inverno, das regiões subantárticas para as águas costeiras do sul do Brasil, para acasalar, dar à luz e amamentar os filhotes.
A espécie foi severamente caçada em águas brasileiras até 1973. Embora a população esteja se recuperando, a baleia-franca é ainda considerada ameaçada de extinção pelo Ministério do Meio Ambiente (2014), e está incluída na Lista de Espécies da Fauna Silvestre Ameaçadas de Extinção do Rio Grande do Sul (2014). Atualmente, as principais problemas enfrentados pela espécie são as colisões com embarcações e o emalhamento em redes de pesca.
Embora as baías protegidas de Santa Catarina sejam as principais áreas de concentração da espécie no Brasil, muitas baleias-francas, incluindo fêmeas com filhotes, também utilizam as praias expostas do Rio Grande do Sul. Contudo, pouco ainda é conhecido sobre como as baleias utilizam essa região.
No intuito de entender melhor os movimentos e identificar os hábitats preferenciais da espécie na região, a equipe de pesquisadores está utilizando um “tag”, acoplado a uma ventosa, que contém um sistema de aquisição de dados, incluindo um GPS e um sensor de profundidade. Os “tags” permanecem aderidos à região dorsal da baleia por algumas horas, até serem naturalmente liberados e recolhidos pelos pesquisadores. O estudo, que recebe auxilio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foi autorizado pelo Ministério do Meio Ambiente e recebe apoio do escritório regional do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Torres, onde o estudo está sendo desenvolvido.
Segundo os coordenadores do projeto Prof. Artur Andriolo (UFJF) e Prof. Paulo Ott (UERGS), o estudo visa não apenas melhor compreender o comportamento e distribuição das baleias-francas na região, mas também contribuir para o estabelecimento de futuras estratégias de manejo. A partir da identificação de áreas críticas para a espécie, espera-se, por exemplo, mapear as áreas de maior risco de colisões com embarcações e emalhamentos em artefatos de pesca.


Fonte: http://viajeaqui.abril.com.br/materias/baleias-francas-no-sul-do-brasil#3

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Dia da Árvore – Homenagem para a extintas araucárias nativas de São Paulo


Paisagem muito semelhante a vegetação original da cidade de São Paulo na sua fundação, no século XVI. que Anchieta encontrou
Araucárias plantadas há mais de um século no Horto Florestal, Zona Norte.
Árvore belíssima e singular, o pinheiro brasileiro ou araucária (Araucaria angustifolia) é um símbolo da Mata Atlântica do Sul do Brasil. Mas o que poucos sabem é que a espécie foi abundante no território hoje ocupado pela metrópole de São Paulo. Os relatos dos primeiros europeus na região relatam isso, como a descrição do Padre Fernão Cardim em 1583:
Piratininga... há muitos pinheiros, as pinhas são maiores... e os pinhões são também maiores... e é tanta abundância que grande parte dos índios do sertão se sustentam com pinhões...”
Até os anos 1940 ainda existiam grupos de araucárias nativas na cidade, como mostram algumas velhas fotografias. Com o crescimento acelerado, elas foram desaparecendo sem deixar vestígios em praças e parques, e extinguiram como grupo genético. As poucas araucárias atualmente presentes na malha urbana são exemplares plantados e provavelmente não descendem das originais.
Mesmo assim, restaram vestígios importantes, como o Bairro de Pinheiros, na Zona Oeste, que deve seu nome a espécie, e era no século XVI a Aldeia de "Nossa Senhora dos Pinheiros".
Ao plantar a araucária na cidade devemos escolher grandes espaços verdes e evitar calçadas e construções próximas, mas em praças e parques ela é fundamental para o nosso meio ambiente, cultura e história. Viva a araucária!
Os saborosos pinhões das araucárias. Petisco que já foi muito apreciado na São Paulo antiga, onde escravas quituteiras os vendiam quentes pela então vila. Os índios também os apreciavam muito, sendo parte importante do cardápio. Na foto, vemos vários com marcas do
Os saborosos pinhões das araucárias. Petisco que já foi muito apreciado na São Paulo antiga, onde escravas quituteiras os vendiam quentes pela então vila. Os índios também gostavam muito, sendo parte importante do cardápio. Na foto, vemos vários com marcas deixadas por um provável roedor.
Ricardo Cardim

Fonte: https://arvoresdesaopaulo.wordpress.com/2015/09/20/dia-da-arvore-homenagem-para-a-extintas-araucarias-nativas-de-sao-paulo/

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

População marinha reduzida pela metade nos últimos 40 anos


Por Nanda Melonio
De acordo com o relatório do WWF, cerca de 25% das espécies marinhas vivem nos recifes de corais, que atualmente ocupam nos oceanos uma área com metade do tamanho da França. Foto: David Darom / Wikipedia.
De acordo com o relatório do WWF, cerca de 25% das espécies marinhas vivem nos recifes de corais, que atualmente ocupam nos oceanos uma área com metade do tamanho da França. Foto: David Darom / Wikipedia.
Embora o oceano gere benefícios econômicos de pelo menos US$ 2,5 trilhões por ano, o relatório Living Blue Planet, lançado nesta semana pela Rede WWF, aponta que a população de vertebrados marinhos foi reduzida em 49% entre 1970 e 2012. O declínio foi ainda maior para as espécies de peixes consumidas pelos seres humanos, o que é desastroso não apenas para o ecossistema, mas principalmente para as cerca de 3 bilhões de pessoas ao redor do mundo que dependem majoritariamente dos peixes para alimentação e sobrevivência.
“Nós publicamos este estudo com urgência para trazer a mais atualizada fotografia do estado dos oceanos”, disse em nota o diretor-geral do WWF Internacional, Marco Lambertini. “No espaço de uma única geração, a atividade humana prejudicou seriamente os oceanos, pescando mais rapidamente do que a velocidade de reprodução dos peixes, ao mesmo tempo em que destruímos seus berçários. Precisamos de mudanças profundas para garantir vida oceânica abundante para as futuras gerações”.
A análise rastreou cerca de 6.000 populações de mais de 1.200 espécies – de pássaros marinhos a tubarões e tartarugas – o que faz com que o conjunto de dados seja duas vezes maior que o de estudos anteriores. Os resultados têm como base o Living Planet Index, banco de dados mantido pelos pesquisadores daSociedade de Zoologia de Londres (ZSL).
O Living Blue Planet é uma espécie de “resposta” às estatísticas do Relatório Planeta Vivo (Living Planet Report), publicado pela Rede WWF em 2014, e analisa como a biodiversidade marinha tem sido afetada pela sobrepesca, mudanças climáticas e danos aos habitats dos oceanos e mares.
Os números apresentados são alarmantes:
  • A pesca e a aquicultura asseguram o sustento de 10 a 12% da população mundial;
  • A capacidade de pesca marinha é superexplorada em 29%. Graças à sobrepesca, 1 de cada 4 espécies de tubarões e arraias está ameaçada de extinção;
  • Entre 1980 e 2005 houve uma redução de cerca de 20% da cobertura de mangues ao redor do planeta;
  • Os recifes tropicais perderam mais de metade de seus corais nos últimos 30 anos. Se a temperatura continuar subindo nas taxas atuais, o oceano se tornará muito quente para os recifes em 2050;
  • As licenças de mineração nos solos oceânicos abrangem 1,2 milhão de km², área quase do tamanho do estado do Pará, segundo maior do Brasil em extensão;
  • Apenas 3,4% dos oceanos estão protegidos, e somente parte deste percentual é manejada efetivamente. Se o número de áreas marinhas protegidas aumentasse para 30%, poderia gerar mais de US$ 920 bilhões entre 2015 e 2050.
Para Lambertini, “considerando o papel vital do oceano em nossas economias e sua contribuição essencial para a segurança alimentar – especialmente para as comunidades pobres e costeiras – estes números são simplesmente inaceitáveis. Será que as implicações econômicas do colapso dos ecossistemas do oceano podem acionar a próxima recessão global ou minar o progresso que fizemos na erradicação da pobreza?”.
Caminhos possíveis
Mais do que somente mostrar os problemas, o Living Blue Planet também busca apontar soluções para que governos, empresas, comunidades e consumidores possam assegurar a conservação dos oceanos. Para reverter a tendência ao declínio, o relatório diz que é necessário adotar medidas como a priorização da sustentabilidade financeira e governamental, consumo responsável, conservação e recuperação dos recursos marinhos.
No final deste mês, os líderes globais se reunirão para discutir a Assembleia Geral das Nações Unidas, onde se espera que seja aprovada a versão final dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS). Para que o quadro apontado pelo relatório seja revertido, é importante que a agenda contenha resoluções de auxílio à saúde dos oceanos, uma vez que sua conservação está diretamente relacionada à redução da pobreza e à segurança alimentar.

Fonte: http://www.oeco.org.br/noticias/populacao-marinha-reduzida-pela-metade-nos-ultimos-40-anos/?utm_campaign=shareaholic&utm_medium=facebook&utm_source=socialnetwork

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Marinha dos EUA limita atividades que afetam animais marinhos

A Marinha dos Estados Unidos aceitou nesta segunda-feira limitar o uso de sonares e explosivos que afetam baleias, golfinhos e outros tipos de mamíferos marinhos no Havaí e na Califórnia.

O acordo foi firmado diante de um juiz federal do Havaí, após vários anos de pressão de grupos ecologistas, como a organização Earthjustice, que qualificou a decisão de "histórica".
"A Marinha diz há anos que é impossível se afastar das zonas biologicamente importantes para os mamíferos marinhos, mas agora demonstraram que podem", disse à AFP o advogado da Earthjustice David Henkin.
A associação Natural Resources Defense Council também qualificou o acordo de "grande vitória".
"A Marinha realizou um ótimo trabalho nos últimos anos explicando que suas atividades prejudicam baleias e golfinhos, mas optou por fazer o mínimo", disse o porta-voz Zak Smith.
As organizações de defesa do meio ambiente denunciavam que os estudos promovidos pela própria Marinha provavam o prejuízo de suas atividades sobre os animais, afetando a audição e desorientando baleias e golfinhos.
"Se uma baleia ou golfinho não pode ouvir, não pode sobreviver", destacou Henkin.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2015/09/14/interna_internacional,688320/marinha-dos-eua-limita-atividades-que-afetam-animais-marinhos.shtml

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

New Species Of Human Discovered In South Africa


September 10, 2015 | by Justine Alford
photo credit: A reconstruction of Homo naledi’s head by paleoartist John Gurche, who spent some 700 hours recreating the head from bone scans. University of the Witwatersrand, National Geographic Society and the South African National Research Foundation.
Brace yourself: this discovery is huge. So huge that its profound implications will shake up our very own family tree. The University of Witwatersrand, in collaboration with National Geographic, is proud to announce a remarkable story of human heritage. The discovery of an early human ancestor that sits beautifully within our own genus of Homo. I ecstatically present to you, Homo naledi.
This incredible fossil find comes from the richest single hominin assemblage so far discovered in Africa. A gift that keeps on giving, the species not only enlightens us on the origins and diversity of man, but also seems to display a behavior long believed to be unique to humans, even perhaps a defining feature of our species: deliberately disposing of its dead in an isolated chamber. The discovery has been published in two papers in the open access journal eLife.
A textbook-worthy accident, H. naledi was first stumbled upon two years ago by amateur cavers during an exploration of a cave system known as Rising Star, located within South Africa’s famous Cradle of Humankind World Heritage Site. From this, the Rising Star Expedition was born, starting in November 2013 with a 21 day exploration involving a team of 60 scientists and volunteer cavers. Expecting to recover a single skeleton, just three days in they realized they had much more than that, “something different and extraordinary,” research leader Lee Berger said at a press event IFLScience attended.
That something different turned out to be not several, but 15 individuals from a single hominin species, represented by more than 1,500 fossil elements found within a single chamber in total darkness some 90 meters (295 feet) from the entrance. Named in tribute to the chamber, naledi means “star” in the South African language Sesotho. And sure, 1,500 sounds like a lot, is a lot, but the team believes that there are thousands and thousands of remains still untouched. “The floor is practically made of bones of these individuals,” Berger added.
Homo naledi. cc John Hawks_Wits University
In fact, so many have been recovered that almost every skeletal element of the body is represented multiple times throughout different age groups, from infants to teens, to young adults and the elderly. And the species seems to be a wonderful pick and mix of both primitive and human-like features. An exceptionally tall hominid, the bipedal H. naledi stood at around 150 centimeters (5 feet) and was distinctively slender, with powerful, well-muscled joints. Its skinny human proportions and long legs likely relate to the fact that it didn’t have to support much bodyweight, weighing in at around 45 kilograms (100 pounds).
Tall this species may have been, but members had an astonishingly tiny head. So tiny that their brains were as small as that of the smallest australopith – a group of extinct early hominins – with the females’ brains only being slightly larger than a chimpanzee’s at around 450-550 cubic centimeters (27-34 cubic inches). There was only a very small discrepancy between males and females, not just in terms of brain size but throughout the entire body. In fact, all of the individuals were remarkably similar, more so than if you were looking at sets of identical human twins, Berger said. Consequently, it is believed the individuals were likely closely related, perhaps a multi-generational family.
What is also remarkable is how the species seems to transition in its featuresfrom primitive to modern, as you move down the limbs. The top of the limbs – the pelvis and shoulders – are primitive, like its cone-shaped core, but they culminate in astonishingly human-like extremities. The hand is almost entirely human-like, except for the highly curved fingers: perfect if they’re trying to grip things. But their shoulders were able to rotate more than ours, suggesting they engaged in climbing. And the feet were virtually indistinguishable from ours, making contact with the ground in a similar way.
Homo naledi foot and partially reconstructed skull. Taken at the University of Witwatersrand. Credit: Justine Alford
So how did this collection of individuals arrive in this dark, isolated and extremely difficult to access cave? And difficult is not an understatement: one of the narrowest cracks was a mere 17.5 centimeters wide, and as far as the group can tell, there were no other entrances to the tiny chamber. So unwelcoming that no other species were found here, aside from a few rodent and bird bones.
After ruling all of the probable scenarios, such as mass death, transport by water and predation, the team was left with the improbable: this species was deliberately, repeatedly disposing of its dead in a protected area, away from the external environment. Before now, we thought that was a characteristic specific to modern humans.
“What does that mean for us?” ponders Berger. “Did we inherit it, has it always been there in our lineage, or did they invent it?” And for a species with such a tiny brain, the latter possibility is mind-boggling.
Of course, the questions do not end there. The chamber was in total darkness. How did the individuals navigate their way round these slender, jagged tunnels with death-drops around multiple corners?
“Is it a coincidence that the earliest evidence of controlled fire is only 800 meters away?” asked Berger, referring to the nearby National Heritage Site of Swartkrans. “It’s speculation… But animals don’t go into the dark.”
Aside from the evidence of ritualistic burial, what else do we know about their behavior? “Nothing,” Berger chuckled to IFLScience. “We can infer from their bodies that they are long-distance walkers, again that’s something almost unique to humans. And it’s pretty clear from those fingers that they’re climbing, but we don’t know what they’re climbing. That’s not a tree climbing hand.”
Homo naledi hand, showing the curved fingers, taken at the University of Witswatersrand. Credit: Justine Alford
As it stands, we don’t know how old the fossils are, nor do we know for how long the species existed. But we know it’s a minimum of 2 million years old, perhaps even close to 3 million, and at the very least a candidate for the base of our genus, says Berger. 
And if you want to see and encounter this historic find for yourself, the fossils will be on display for an entire month in the Cradle of Humankind's official visitor center, Maropeng. 

Fonte: http://www.iflscience.com/editors-blog/newly-discovered-human-ancestor-likely-ritualistically-disposed-its-dead

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Professora da UFRN realiza pesquisa inédita sobre impacto da tecnofonia


11/Set/2015 às 11:43
A pesquisadora Renata Sousa-Lima, docente no Departamento de Fisiologia do Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), desenvolveu em conjunto com professores em outras universidades do país uma pesquisa inédita acerca do impacto da mineração sobre a ecologia de paisagens acústicas.

A pesquisa revela as consequências que o ruído gerado pelas atividades associadas à mineração no Estado de Minas Gerais causam na comunicação entre os animais. O trabalho é o primeiro realizado sobre esse tema no mundo.

A professora Renata Sousa-Lima é a líder do primeiro Grupo de Pesquisa em Ecologia de Paisagens Acústicas do Brasil no CNPq e participou da idealização do projeto assim como na coleta da dados e na elaboração do artigo que foi publicado pela revista científica Biological Conservation.

“O som produzido por máquinas feitas pelo homem, a tecnofonia, é conhecido por exercer efeitos negativos sobre a comunicação e o bem-estar animal. A mineração é uma importante atividade econômica no Brasil, que é muitas vezes conduzida perto de áreas florestadas e produz um ruído difuso”, disse a pesquisadora.

“Neste estudo, o impacto de tal atividade foi investigado por meio da caracterização e da comparação de duas paisagens sonoras diferentes: uma próxima e outra distante de uma mina a céu aberto no mesmo fragmento de Mata Atlântica no sudeste do Brasil”, completa pesquisadora Renata. 

De acordo com a professora, seis gravadores automáticos foram instalados em cada local e foram programados para registrar continuamente durante sete dias consecutivos a cada dois meses, entre outubro de 2012 e agosto de 2013.
O resultado desse trabalho, ainda segundo a professora, foi que o índice que mede a comunicação entre os animais nos dois locais foi muito diferente e revela que a atividades de mineração afeta a fauna e sua capacidade de trocar informações importantes para sua sobrevivência e reprodução (biofonia) em áreas expostas ao ruído (tecnofonia).

A pesquisa resulta de uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), a Universidade federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade de Urbino (Itália), com financiamento obtido por meio de uma parceria firmada entre a FAPEMIG e a VALE S/A.

Fonte: http://www.sistemas.ufrn.br/portal/PT/noticia/16563245#.VfMovhHBzGd

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Cetáceos de uma mesma espécie usam 'dialetos' diferentes, diz estudo


Cientistas compararam sons emitidos por cachalotes e seu comportamento.
Animais usam diferentes 'dialetos' de acordo com grupo a que pertence.

Da France Presse
 Cachalotes emitem sons para se comunicar nas Ilhas Galápagos  (Foto: Mauricio Cantor/ Whitehead Lab/ Dalhousie University, Canada)Cachalotes emitem sons para se comunicar nas Ilhas Galápagos (Foto: Mauricio Cantor/ Whitehead Lab/ Dalhousie University, Canada)
Os cachalotes, os maiores entre os cetáceos com dentes, usam diferentes dialetos de acordo com o grupo de animais a que pertencem, um sinal da existência de uma cultura entre as baleias - é o que sugere um estudo publicado nesta terça-feira na revista "Nature Communications".
Os especialistas se perguntam há muito tempo se existem, nas sociedades animais, processos similares aos que formam as bases das culturas humanas, incluindo a capacidade de aprender com os outros.

Segundo o pesquisador brasileiro Maurício Cantor, da Universidade Dalhousie no Canadá e co-autor do estudo, tudo depende do que é entendido como "cultura". "Na nossa pesquisa empregamos o termo 'cultura' no sentido amplo, como definição de um comportamento adquirido socialmente e compartilhado com um subconjunto da população".
A noção de cultura animal é muito controversa. Segundo alguns pesquisadores, a cultura - definida basicamente como uma forma de aprendizagem social que gera uma distinção entre os grupos - só existe no ser humano e é justamente o que o diferencia do animal.
"Como nós, seres humanos, os animais podem descobrir coisas novas, aprender e copiar competências de outro indivíduo e passar esta informação de geração em geração", explicou Cantor. "A ideia de existência de uma cultura animal ganhou terreno durante os 10 ou 20 últimos anos".
Para este estudo, os pesquisadores compararam os sons emitidos pelos cachalotes e seus comportamentos sociais, combinando dados recolhidos ao longo de mais de 18 anos e simulações informáticas. Isso permitiu rastrear a vida e a evolução de vários grupos de cachalotes.
Segundo Cantor, os estudos revelam que os diferentes dialetos só podem evoluir quando os cachalotes aprendem com seus pares os sons que emitem. Nem o azar nem a genética podem explicar por si mesmos a existência de grupos que empregam línguas diferentes.
"Nossos resultados reforçam a hipótese de que as principais características da cultura humana (como a aprendizagem social) podem se encontrar em populações animais", concluiu o brasileiro.

Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/09/cetaceos-de-uma-mesma-especie-usam-dialetos-diferentes-diz-estudo.html

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Atividade humana pode extinguir metade das espécies de crocodilos do mundo


Por Oliver Milman*
https://www.flickr.com/photos/cityofalbuquerque/8262809436/
O crocodilo de água salgada foi protegido pela Austrália e está seguro. Foto: Albuquerque
Até a metade das 27 espécies de crocodilianos do mundo – que incluem crocodilos, jacarés e gaviais -- pode ser dizimada devido à atividade humana, embora a espécie mais temida, o crocodilo de água salgada, pareça ter uma boa perspectiva, de acordo com um novo livro de um pesquisador especializado nesses animais.
Mudanças de uso da terra, poluição, abate e invasões de animais selvagens implicam que muitas espécies de crocodilo podem enfrentar um "futuro sombrio", alertou o professor Gordon Grigg, da Universidade de Queensland, na Austrália.
gavial, uma espécie de nariz longo que come peixes, sofre com a destruição de seu habitat na Índia. Construções nas margens e dragagem do rio Ganges têm enorme impacto sobre esta espécie, assim como o uso indiscriminado de pesca com rede.
O crocodilo das Filipinas e o jacaré chinês são espécies em risco de desaparecer ao longo deste século, diz Grigg, embora o jacaré chinês tenha largas criações em cativeiro para produzir carne e couro.
Entretanto, os crocodilos de água salgada e de água doce do norte da Austrália têm uma perspectiva mais otimista, resultado da proibição da caça em 1970.
Desde a proibição, o número de crocodilos de água salgada deu um salto. Chamados de "salties" (salgados, em inglês), estes constituem a maior espécie de crocodilo do planeta, com alguns animais chegando a atingir sete metros de comprimento e 900 kg de peso.
https://www.flickr.com/photos/leilat/3589327468/
O gavial corre risco de extinção. Foto: Lyalka
"As chances de cerca de metade das 27 espécies são bastante reduzidas se prosseguir a mesma tendência de uso humano da terra", diz Grigg. "Habitat está sendo destruído, crocodilos são apanhados nas redes e os suínos selvagens comem seus ovos. Mas os crocodilos de água doce estão bastante seguros, pois eles nunca foram tão desprezados como os crocodilos de água salgada. E os jacarés americanos devem estar ok, porque estão agora protegidos da caça e os pântanos onde vivem são úmidos demais para a agricultura.
"A população de salties chegou a níveis muito baixos na década de 1960, mas houve uma recuperação dramática desde então. Os números estão se aproximando daqueles anteriores ao impacto da caça. Eles parecem seguros, a menos que no futuro voltemos a exterminá-los".
Grigg escreveu um novo livro chamado “Biologia e evolução dos crocodilianos”, junto com o zoólogo canadense David Kirshner. Ele acredita que esses animais devem se beneficiar das mudanças climáticas.
"À medida que os habitats aquáticos se aquecem devido às alterações climáticas, os crocodilos poderão mover-se para habitats mais ao norte e ao sul", diz ele. "Eu diria que nós podemos esperar salties mais ao sul, em Queensland. Um monte de crocodilos não vai sobreviver à pressão humana, mas aqueles que sobreviverem terão mais habitat".
A recuperação dos números do crocodilo de água salgada levou a pedidos de licença para a caça da espécie no estilo safari, que seria permitida no Território do Norte. Alguns políticos australianos também manifestaram apoio a aumentar o abate para evitar ataques a pessoas.
Em maio, um homem da cidade de Darwin, na Austrália, foi repetidamente atacado por um crocodilo de água salgada com 2,5 metros, enquanto ele fazia kitesurf em uma praia. Ele agrediu o olho do animal e escapou.
Enquanto isso, em Darwin, um inquérito corre devido à morte de dois pescadores atacados por crocodilos em junho e agosto do ano passado. Um dos homens, Lanh Van Tran, enquanto tentava soltar uma linha de pesca, foi pego por um crocodilo de água salgada albino com 4,6 metros, apelidado de Michael Jackson.

*Esse artigo é publicado em parceria com a Guardian Environment Network, da qual ((o))eco faz parte. A versão original (em inglês) foi publicada no site do Guardian. Tradução de Eduardo Pegurier

Fonte: http://www.oeco.org.br/colunas/the-guardian-environment-network/atividade-humana-pode-extinguir-metade-das-especies-de-crocodilos-do-mundo/

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

NEW ANCIENT RIVER DOLPHIN SPECIES DISCOVERED


Scientists have discovered a new genus and species of river dolphin that has long been extinct. They have named it Isthminiapanamensis in recognition of where it was found and believe it is the closest relative of the Amazon River dolphin (boto). Scientists made their discovery in ancient marine rocks of Panama, Central America. These incredible fossils shed new light on the evolution of today’s freshwater river dolphin species.
Isthminia panamensis
Researchers believe that river dolphins’ ancestors were marine dolphins which invaded fresh water river systems as is the case for other fresh water species such as turtles, manatees and sting rays. But until now, the fossil record of river dolphins in this basin has not revealed much about their marine ancestry. This fossil find now gives us a clear boundary in geologic time for understanding when marine dolphins invaded Amazonia
Group of Amazon River dolphins swimming together
Isthminia panamensis is the closest relative of the living Amazon River dolphin. It is a marine dolphin with a typical river dolphin body plan - that includes broad, paddle-like flippers, flexible necks and heads with particularly long, narrow snouts—all evolved to navigate and hunt in silty rivers and the flooded forest.
Scientists estimate that the ancient dolphins were about 2.84m (9.4 feet) long, which is a little larger than the average boto which lives in the Amazon and Orinoco River Basins of South America.
All living river dolphin species are particularly vulnerable to threats from human activities as they share their fresh water homes and live side by side with human communities.  Botos are illegally hunted for fish bait in the Amazon which is threatening their future survival.
Illustration: Life reconstruction of Isthminia panamensis, feeding on a flatfish, which would have been abundant in the neritic zone of the late Miocene equatorial seas of Panama. Art by Julia Molnar.
Photo of river dolphins: Fernando Trujillo/Fundacion Omacha
Full scientific paper: Pyenson ND, Vélez-Juarbe J, Gutstein CS, Little H, Vigil D, O’Dea A. (2015) Isthminia panamensis, a new fossil inioid (Mammalia, Cetacea) from the Chagres Formation of Panama and the evolution of ‘river dolphins’ in the Americas. PeerJ 3:e1227https://dx.doi.org/10.7717/peerj.1227

Fonte: http://uk.whales.org/blog/2015/09/new-ancient-river-dolphin-species-discovered