sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Um adeus ao Almirante Ibsen, ferrenho defensor da natureza


Maria Tereza Jorge Pádua - 31/07/14

O Almirante Ibsen de Gusmão Câmara, ladeado por Maria Tereza Jorge Pádua e Malu Nunes, durante o Congresso Brasileiro de Unidade de Conservação (CBUC), em Foz do Iguaçu (2007). Foto: Marc Dourojeanni
As baleias, as tartarugas, as toninhas devem estar chorando. Perderam um antigo e ferrenho defensor e protetor. O Ibsen se foi. Nós também estamos chorando. Estamos seguros que ninguém lutou como ele no Brasil para conservar a natureza e os recursos naturais renováveis. Um Almirante, um conservacionista de alta linhagem, um paleontólogo, um grande pintor e um ser humano reto, altruísta, profundamente honesto em todos os aspectos da vida. Difícil outro ser humano como ele. Difícil outro conservacionista como ele.
Ele demarcou a primeira área marinha protegida do Brasil: a Reserva Biológica de Atol das Rocas. Se existe a Reserva Biológica do Rio Trombetas é graças a ele. Se existe, como Parque Estadual, o de Carlos Botelho em São Paulo, foi pela sua luta.  Se as baleias franca e jubarte recuperaram suas populações foi pela sua aliança com o Truda. Deu seu nome e seus esforços na presidência de duas das mais importantes ONGs brasileiras: a FBCN e a Fundação Biodiversitas.
Morreu sendo membro do conselho por 23 anos da mais importante Fundação de proteção da natureza no país: a Fundação Boticário.
Seus trabalhos foram pouco reconhecidos em termos de homenagens, mas cá estamos nós querido e eterno amigo para testemunhar quem foi você e para dizer aos nossos descendentes que homens como você de fato existiram e fizeram pela nossa nação muito mais que políticos e heróis homenageados.
Um adeus choroso, pois eu inocentemente queria que você vivesse para sempre.

Fonte: http://www.oeco.org.br/maria-tereza-jorge-padua/28530-um-adeus-ao-almirante-ibsen-ferrenho-defensor-da-natureza

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