segunda-feira, 29 de abril de 2013

Polícia Federal prende secretários estadual e municipal do Meio Ambiente por suspeita de fraude



Até o momento, 18 pessoas foram presas em operação que desarticula rede de corrupção voltada à obtenção ilegal de licenças ambientais

29/04/2013 07h49 - Atualizado em 29/04/2013 10h29
Operação visa a reprimir crimes ambientais, contra a administração pública e lavagem de dinheiro
Foto: Márcio Doval
Polícia Federal desarticulou na manhã desta segunda-feira, 29, a Operação Concutare. O objetivo da ação, que contou com 150 agentes,era reprimir crimes ambientais, crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro.
São 29 mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram cumpridas em Porto Alegre, Taquara, Canoas, Pelotas, Caxias do Sul, Caçapava do Sul, Santa Cruz do Sul, São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, e em Florianópolis, Santa Catarina.
Em entrevista ao programa Gaúcha Hoje, o governador do Rio Grande do Sul falou sobre operação da Polícia Federal, que prendeu gestores da área ambiental. Tarso Genro ficou sabendo da ação durante a madrugada e disse que todos os envolvidos serão afastados, como medida preventiva.
- Qualquer envolvido deverá ser afastado imediatamente - afirmou.
Até o momento, 18 pessoas foram presas. Entre elas, o secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Niedersberg, o secretário municipal do Meio Ambiente, Luiz Fernando Záchia e o ex-secretário do Meio Ambiente Berfran Rosado.
O prefeito de Porto Alegre afastou temporariamente o secretário Luiz Fernando Záchia. Em entrevista ao programa Gaúcha AtualidadeJosé Fortunati afirmou desconhecer mais detalhes da investigação e disse que afastou Záchia sem fazer juízo de valor sobre acusações da Polícia Federal:
Os advogados dos secretários Záchia e Niedersberg afirmam que as prisões têm validade de cinco dias. Uma coletiva marcada para as 10h, na Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, deve esclarecer mais detalhes da operação.
Operação Concutare
A operação teve início em junho de 2012 quando identificou um grupo formado por servidores públicos, consultores ambientais e empresários, que atuavam na obtenção e na expedição de concessões ilegais de licenças ambientais e autorizações minerais junto aos órgãos de controle ambiental.

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