Ativistas do Greenpeace Brasil fazem hoje (5) no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, um ato pela libertação das 30 pessoas que estão presas na Rússia desde o dia 18 de setembro. Elas foram detidas durante um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico e acusadas de pirataria. A brasileira Ana Paula Maciel, 31 anos, está entre os indiciados. De acordo com a organização, 140 cidades em 40 países do mundo fazem atividades hoje com o mesmo propósito. A programação segue até as 14 horas.
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“A acusação de pirataria nos deixou muito assustados, porque eles acabam respondendo presos e acabam correndo o risco de serem condenados por até 15 anos. Estamos com uma equipe de advogados e contamos com apoio das embaixadas dos diversos países, pois são ativistas de 17 países”, declarou Fernando Rossetti, diretor executivo do Greenpeace. A organização entrou com uma apelação na Justiça russa pedindo que o grupo aguarde a investigação em liberdade.
Durante o ato, foram recolhidas assinaturas para mensagens enviadas à presidenta Dilma Rousseff, solicitando que ela interceda junto ao governo russo para libertação dos detidos. Os participantes também puderem escrever mensagens de apoio à ativista e bióloga brasileira. A mãe de Ana Paula, Rosângela Maciel, compareceu à atividade e disse estar grata pela mobilização em torno da liberdade da filha. “Vamos manter o pensamento positivo para que ela e todos que estão lá possam retornar para suas terras e continuar essa luta pelo nosso planeta que está sendo destruído”, declarou.
Rossetti explica que essa ação no Ártico tem como objetivo preservar esse ecossistema, que, segundo ele, está sendo ameaçado pela exploração petrolífera. “A criação de um santuário nessa região é, há bastante tempo, um dos objetivos do Greenpeace e por isso desenvolvemos uma série de ações para chamar atenção para a exploração econômica do Ártico”, explicou. Segundo o Greenpeace, nos últimos 30 anos, foi perdido 75% do volume de gelo dessa região.
Os ativistas eram tripulantes do navio quebra-gelo Arctic Sunrise que estavam no local para protestar contra a estatal russa Gasprom, que tem planos de explorar petróleo no Ártico. Eles foram presos ao tentarem escalar a plataforma Prirazlomnaya, que é a primeira em alto mar na região e, segundo a organização, tem previsão para começar a operar no próximo ano.
Edição: Valéria Aguiar
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