domingo, 31 de março de 2013

Museu no Rio apresenta maior fóssil de pterossauro já encontrado no país


Paleontólogos apresentaram réplica de 'Tropeognathus mesembrinus'. Fóssil foi encontrado na Chapada do Araripe, na Região Nordeste.


Fósseis do mais importante animal pré-histório descoberto no Brasil  (Foto: Ricardo Moraes/ Reuters)Pesquisadores do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresentaram nesta quarta-feira (20), o mais novo e importante fóssil de animal pré-histórico descoberto no Brasil. Trata-se do maior indivíduo do grupo encontrado no Hemisfério Sul. (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)
Foi apresentado nesta quarta-feira (20), no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, o esqueleto do maior réptil voador já encontrado no Brasil. Trata-se de um exemplar de "Tropeognathus mesembrinus" que, quando vivo, tinha cerca de 8,2 metros de envergadura.
"O que faz este exemplar particularmente especial é que se trata do fóssil mais completo encontrado até agora, com quase todo o esqueleto preservado, inclusive o crânio", explicou o paleontólogo Alexander Kellner, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ao apresentar a reconstrução do animal, feita em resina de poliéster.
A envergadura dessa espécie normalmente é de 7 metros, mas o exemplar apresentado era excepcionalmente grande. "Este fóssil encontrado nas rochas da Chapada do Araripe, no Nordeste do Brasil, é o maior encontrado no Hemisfério Sul e é o terceiro no mundo", disse Kellner, segundo informações da agência AFP.
O pesquisador Alexander Kellner explica detalhes do fóssil de pterossauro (Foto: AFP)O pesquisador Alexander Kellner explica detalhes do fóssil de pterossauro (Foto: AFP)
De acordo com o Museu Nacional, o novo fóssil confirma que a região da Chapada do Araripe, localizada entre os Estados de Ceará, Pernambuco e Piauí, reúne alguns dos mais importantes depósitos de fósseis do mundo, noticia a agência Reuters.
O especialista também apresentou uma reconstrução de como teria sido a cabeça desse animal. O estudo da estrutura óssea do réptil  voador mostrou que se tratava de um adulto.
A espécie pertence à família dos Anhangueridae, animais que se caracterizam por terem uma crista na parte anterior do crânio e a parte superior da mandíbula com uma dentição que mostra que eles se alimentavam de peixes.
Os vasos sanguíneos dessa crista serviam para regular a temperatura do corpo do animal, segunfo Kellner."Podemos provar que esses répteis gigantes voadores existiam no céu do Nordeste brasileiro muito antes do que pensávamos, porque os fósseis foram encontrados em formações rochosas de 110 milhões de anos", comentou o paleontólogo. Antes se acreditava que eles viveram entre 65 milhões e 72 milhões de anos atrás.Outras espécies de Anhangueridae já foram achadas em diversas partes do mundo, como Marrocos Inglaterra, Mongólia, Estados Unidos e China.
Fóssil encontrado no Brasil (Foto: Vanderlei Almeida/ AFP Photo)Modelo de poliéster mostra como é o esqueleto em seu conjunto (Foto: Vanderlei Almeida/ AFP Photo)
Detalhe do pterossauro encontrado no Nordeste (Foto: Vanderlei Almeida/ AFP Photo)Reconstituição da cabeça do pterossauro (Foto: Vanderlei Almeida/ AFP Photo)

Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/03/museu-nacional-apresenta-novo-gigante-pre-historico-brasileiro-no-rio.html
  

Maré baixa e revela osso de baleia que pode ter dado nome a praia do CE


Ossos foram vistos por moradores na areia e voltaram a ficar submerso. Fragmento do achado comprova existência de baleias fossilizadas.


Moradores da praia da Baleia, no município de Itapipoca, distante 130 quilômetros de Fortaleza, encontraram ossos de baleia que podem ser do animal que deu nome à praia. Os ossos fossilizados estavam na areia, mas em pouco tempo, voltaram a ficar imersos depois que a maré subiu. Sobrou uma pequena peça, que deve ser um osso do respirador, de acordo com o paleontólogo Celso Lira Ximenes, do Museu de Pré-História de Ipapipoca.

De acordo com o especialista, o fragmento comprova que existe na área um fóssil de baleia, o terceiro encontrado no Brasil. "Temos registro desses ossos de, pelo menos, 300 anos em documentos antigos de concessão de sesmarias, terrenos que eram doados no Brasil Colônia (...). Eles ficam enterrados e somente em marés muito fortes, em um tempo cíclico de 8 anos, é que ficam expostos", explica.

Fonte: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2013/03/mare-baixa-e-revela-osso-de-baleia-que-pode-ter-dado-nome-praia-do-ce.html

Grieving dolphin carries the body of its dead calf (Video). Golfinho carrega o corpo de seu suposto filhote morto.


Grieving dolphin carries the body of its dead calf (Video)

vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=ymgfO_xckLs&feature=player_embedded

While it may be true that wildlife behaviorists still have a lot to learn about how the emotional lives of animals compares with our own, feeling empathy towards other species, it would seem, requires no advanced degree or special training.
On a recent trip off the coast of southern California, a group of whale watchers chanced upon a rare and heartbreaking sight. As a pod of bottlenose dolphins passed nearby, their captain, Dave Anderson, spotted one adult dolphin carrying the body of a deceased calf upon its dorsal fin -- apparently unwilling to part with its lifeless offspring.

YouTube/Screen capture
"I believe this calf has been dead for many days, possibly weeks," says Anderson "You can see the flesh is decaying. In my nearly twenty years on the water whale watching I have never seen this behavior. Nor have I ever seen anything quite as moving as this mother who refuses to let go of her poor calf."
In a statement released with the haunting clip above, the seasoned boat captain suggests that life beneath the surface of the ocean might not be as emotionless as some are wont to believe:
This video sends a powerful message about how much a dolphin can care, it is a window into a dolphins heart. This animal is laboring under the strain of carrying this dead animal on its back day and night is probably keeping it near the surface so the departed dolphin can breathe. We can assume this because dolphins do not normally swim with their dorsal fins sticking out of the water continuously like this bottlenose did.
We can only imagine what happened; over half of all bottlenose calves die from disease and predators before their second birthday, and since we know that the family unit in dolphin pods is the mother and calf, this is almost certainly a mother and calf pair.
Thanks to other recent video clips and accounts of wild dolphins displaying what appears to be a complex capacity for emotion, that realm of experience once thought to be solely human seems to be shared more broadly.
Via San Juan Capistrano Patch

Fonte: http://www.treehugger.com/natural-sciences/grieving-dolphin-refuses-leave-dead-calf-behind-video.html

quinta-feira, 28 de março de 2013

Justiça autoriza Força Nacional a acompanhar estudo sobre impactos de usinas no Tapajós




por Alex Rodrigues, da Agência Brasil
n27 300x204 Justiça autoriza Força Nacional a acompanhar estudo sobre impactos de usinas no TapajósBrasília – A Justiça Federal negou o pedido do Ministério Público Federal no Pará (MPF-PA) de suspensão da operação policial organizada pelo governo federal para garantir a realização dos estudos de impacto resultantes da construção de usinas hidrelétricas no Rio Tapajós, na região amazônica. A decisão da Justiça Federal foi divulgada na terça-feira (26) e se aplica a todos os outros recursos apresentados pelo MPF e pela União contra os planos de aproveitamento hídrico do Rio Tapajós.
Com a decisão, policiais da Força Nacional poderão acompanhar o grupo de biólogos, engenheiros florestais e técnicos que vão percorrer áreas afetadas pelo empreendimento a fim de realizar os estudos necessários à obtenção da licença ambiental prévia à construção do Complexo Hidrelétrico do Tapajós. A realização dos estudos é coordenada pela Eletrobrás.
No pedido interposto ontem (26), na Justiça Federal em Santarém (PA), o MPF apontava o risco de confronto entre policiais e manifestantes contrários à construção de usinas no Rio Tapajós, principalmente com os índios da etnia munduruku, que vivem em áreas que serão afetadas pelos empreendimentos. Segundo o MPF e organizações indigenistas, como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), os munduruku não foram consultados sobre as obras, conforme estabelecem acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário, como a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Há anos, os munduruku manifestam-se publicamente contra esse tipo de empreendimento em suas terras já demarcadas ou em processo de reconhecimento. Em fevereiro, líderes munduruku reuniram-se em Brasília com representantes do governo federal, entre eles, os ministros Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, e Edison Lobão, de Minas e Energia, e disseram que fariam de tudo para impedir que os projetos sejam levados adiante.
O MPF sustenta que a chamada Operação Tapajós é ilegal porque a Justiça suspendeu o licenciamento ambiental da usina por falta de consulta prévia aos índios e da conclusão do estudo de viabilidade. Além disso, no recurso apresentado à Justiça Federal, os procuradores da República Felipe Bogado, Fernando Antônio de Oliveira Júnior e Luiz Antonio Amorim apontam o risco de que se repitam episódios como a morte do índio Adenilson Kirixi Muduruku.
Adenilson morreu em novembro de 2012, durante a Operação Eldorado, deflagrada pela Polícia Federal para combater a extração ilegal de ouro em terras indígenas nos estados de Mato Grosso, do Pará, de Rondônia, do Amazonas, de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Na época, a PF defendeu-se alegando que o confronto entre os policiais e os munduruku ocorreu porque alguns índios da aldeia Teles Pires, em Jacareacanga (PA), na divisa entre o Pará e Mato Grosso, tentaram impedir a destruição das dragas usadas em um garimpo ilegal. Os índios, contudo, dizem que Adenilson foi executado e pedem o esclarecimento do crime e a punição dos responsáveis.
“Há perigo de dano irreparável com a realização da operação [policial]. Seja porque impera na região muita desinformação (até mesmo pela ausência da consulta prévia), seja porque a referida operação apresenta um potencial lesivo desproporcional”, diz o documento enviado ontem pelos procuradores à Justiça. Os três procuradores são responsáveis pela investigação dos fatos ocorridos durante a Operação Eldorado.
Em nota enviada à Agência Brasil, a Advocacia-Geral da União (AGU) sustenta que o acompanhamento da Força Nacional reflete a preocupação do Estado brasileiro em evitar a preocupação com a ocorrência de incidentes graves entre membros da equipe e pessoas das comunidades locais. De acordo com a AGU, isso não deve ser interpretado como ato arbitrário, e sim como garantia da segurança pública. A AGU diz que o levantamento também vai permitir à Eletrobras avaliar as melhores alternativas de locais para instalação da usina, bem como as diretrizes para melhor licenciamento ambiental e de gestão.
A atuação da Força Nacional no “auxílio à realização de levantamentos e laudos técnicos sobre impactos negativos” é respaldada por decreto presidencial publicado no último dia 12. O decreto, entre outras coisas, institui o Gabinete Permanente de Gestão Integrada para a Proteção do Meio Ambiente e regulamenta a atuação das Forças Armadas na proteção ambiental.
Composto por representantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República e dos ministérios do Meio Ambiente, da Defesa e da Justiça, o gabinete tem o objetivo de “integrar e articular as ações preventivas e repressivas dos órgãos e entidades federais em relação aos crimes e infrações ambientais na Amazônia Legal, promovendo a integração dessas ações com as de estados e municípios”.
O Ministério da Justiça autorizou, segunda-feira (25), o emprego da Força Nacional para “garantir a incolumidade das pessoas, do patrimônio e a manutenção da ordem pública nos locais em que se desenvolvem as obras, demarcações, serviços e demais atividades atinentes” a obras de infraestrutura energética em andamento no Pará. Segundo a assessoria do Ministério da Justiça, ao qual a Força Nacional está subordinada, o objetivo é também evitar a paralisação das obras e o fechamento das vias de acesso ao empreendimento em caso de protestos contra os empreendimentos.
Para o Cimi, com essas medidas, o governo federal demonstra que “não está disposto a ouvir as populações afetadas pelos grandes projetos, a exemplo das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), substituindo os instrumentos legais de escuta às comunidades – como a consulta prévia assegurada pela Convenção 169 da OIT – pela força repressora do Estado e transformando os conflitos socioambientais em casos de intervenção militar”.
* Edição: Nádia Franco.
** Publicado originalmente no site Agência Brasil.

Fonte: http://envolverde.com.br/noticias/justica-autoriza-forca-nacional-a-acompanhar-estudo-sobre-impactos-de-usinas-no-tapajos/

ICMBio: cai diretor que apoiava abertura dos parques



Pedro com a mão na massa: sinalização das Trilhas Circulares do Parque Nacional da Tijuca. Foto: Thiago Haussig/Blog PNI.
Pedro Cunha e Menezes, diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do ICMBio, foi exonerado ontem do cargo. Na prática, ele saiu nessa quarta, 27. No seu lugar, assumiu Giovanna Palazzi, ex-gerente de projetos do Departamento de Áreas Protegidas no Ministério do Meio Ambiente. Há rumores de que essa será a primeira de pelo menos três demissões no segundo escalão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Boatos sobre a troca de Menezes circulam pelos corredores de Brasília e pela comunidade ambiental pelo menos desde janeiro. Fontes próximas a ((o))eco também alertaram para a mudança. Em seguida, dá-se como certa a saída de Silvana Canuto e Marcelo Marcelino de Oliveira.

Pedro Menezes assumiu o cargo de diretor Criação e Manejo de Unidades de Conservação com uma ideia fixa na cabeça: defender o uso público dos parques nacionais. Ganhou adversários dentro do Ministério do Meio Ambiente entre aqueles que defendem que o uso público deve ser feito com cuidado e só em parques que contam com estrutura ideal. 

Pedro foi um dos padrinhos do projeto Transcarioca, uma trilha de 150 quilômetros de extensão que não só cruza o Parque Nacional da Tijuca como o liga a Unidades de Conservação estaduais e municipais no Rio de Janeiro. O trajeto final levaria o andarilho do Pão-de-Açúcar até Guaratiba. 

A repórter de ((o))eco, Duda Menegassi, entre dezembro de 2012 e janeiro deste ano, percorreu parte do trajeto e dividiu suas experiências com os leitores no blog Todos os caminhos da Transcarioca.

Em entrevista a ((o))eco em setembro do ano passado, Menezes falou sobre a abertura dos parques e sobre o projeto que ajudou a montar. 

Antes de fazer parte da equipe do ICMBio, Menezes foi colunista de ((o))eco desde a criação do site, em 2004. Suas colunas em que explorava e analisava parques nos quatro cantos do mundo ganharam um blog próprio dentro do ((o))eco, o Palmilhando. Durante dois anos, de 1999 a 2000, foi Chefe do Parque Nacional da Tijuca. 

Ele também é um diplomata de carreira. Em 2011, completou o Curso de Altos Estudos em Diplomacia do Itamaraty com tese sobre administração de parques transfronteiriços, baseada em pesquisa feita durante sua estada como Consul brasileiro na Cidade do Cabo, África do Sul.

A Fila anda
Silvana Canuto é a atual diretora de Planejamento, Administração e Logística do ICMBio. Consta que já se despediu de parte da equipe. Marcelino, diretor da Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade, equilibra-se no cargo desde o ano passado.

Notícias desencontradas sobre possíveis demissões são a norma em época de troca de equipe. Desde o começo da gestão do presidente Roberto Vizentin, em abril de 2012, não houve mudanças no quadro das diretorias. Servidores ligados a diferentes grupos também plantam notícias para que futuros nomeados estejam entre os seus. Nada é dito publicamente. A possível demissão de Canuto e Marcelino por enquanto é especulação.


Fonte: http://www.oeco.com.br/salada-verde/27032-icmbio-cai-diretor-que-apoiava-abertura-dos-parques

quarta-feira, 27 de março de 2013

Baleia azul rastreada pelo seu canto




Um grupo de cientistas liderado por australianos rastreou pela primeira vez baleias azuis na Antártida, através do uso de tecnologia acústica para seguir o seu canto, informou hoje o governo.


A baleia azul, o maior animal do planeta, é raramente detetada no Oceano Antártico, mas um grupo de investigadores conseguiu localizar e marcar alguns destes mamíferos pelos sons que emitem.


O ministro do Ambiente, Tony Burke, disse que os investigadores, que passaram sete semanas a trabalhar em pequenos barcos no gelo do Antártico, ficaram seduzidos pelo comportamento das baleias.


"A baleia azul do Antártico pode ter até 30 metros de comprimento e pesar até 180 toneladas, só a sua língua é mais pesada do que um elefante, e o seu coração é tão grande como um carro pequeno", disse Burke. "Mesmo o maior dinossauro era mais pequeno do que a baleia azul", acrescentou.

Os cientistas recolheram 23 biopsias e colocaram transmissores de satélite em duas baleias azuis Burke disse também que o estudo prova que não é necessário matar baleias para conduzir pesquisas científicas, numa referência à caça aos cetáceos do Japão no Antártico, alegadamente realizada em nome da investigação científica.

Fonte: http://www.jn.pt/blogs/osbichos/archive/2013/03/27/baleia-azul-rastreada-pelo-seu-canto.aspx

Após naufrágio, 60 mil litros de óleo vazam no Rio Negro


Um acidente ocasionou o vazamento de 60 mil litros de óleo no Rio Negro, em Manaus. O desastre, ocorrido na última terça-feira (26), foi consequência do naufrágio de uma balsa usada para o transporte do óleo cap-20, usado na fabricação do asfalto.
As equipes que trabalham na investigação do caso e contenção do óleo não sabem explicar ainda como o acidente ocorreu. Sabe-se somente que embarcação estava ancorada ao estaleiro Erin Ltda. e que ela tombou no rio, permitindo o vazamento do material.
Logo que o desastre aconteceu as equipes do Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Agência Nacional do Petróleo foram acionados. A principal medida de contenção aplicada foi o uso de boias preventivas, que impedem que o óleo se espalhe pelo leito do rio.
Ainda não se sabe o impacto ambiental causado pelo acidente, mesmo assim o proprietário da embarcação, Francis José Chehuan, foi levado à Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e Urbanismo (DEMA) e deve responder por crime ambiental, já que a balsa não tinha autorização para operar no local do vazamento.  Com informações do A crítica.

Fonte: Redação CicloVivo - http://ciclovivo.com.br/noticia/apos-naufragio-60-mil-litros-de-oleo-vazam-no-rio-negro

Supermercados vão barrar carne advinda de área desmatada

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) assinou um acordo com o Ministério Público Federal para informar a origem da carne que vende. Na prática, os supermercados irão orientará as empresas do setor como evitar a compra de fornecedores que praticam crimes ambientais, fundiários ou trabalhistas. Segundo estudo do Imazon, em 2009, 75% da floresta desmatada na Amazônia Legal era ocupada pela pecuária.

O documento foi assinado na manhã dessa segunda-feira (25), em Brasília.  Fernando Yamada, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), apresentou a primeira versão do plano de ação da associação. Entretanto, o termo de cooperação técnica não tem prazo para implementação.

Por exemplo, o plano incentiva os supermercados a divulgarem no ponto de venda a origem da carne.

portal da Abras divulgará a relação de produtores que já são parceiros do Ministério Público Federal e os nomes das 92 cidades que participam do programa Municípios Verdes. O portal também publicará a lista de embargos do Ibama.

“Por um lado, isso aumenta o controle e, por outro, fortalece o compromisso das lojas de banir das prateleiras itens de produtores que estejam descumprindo a legislação”, disse o procurador da República Daniel César Azeredo Avelino, coordenador do grupo de trabalho Amazônia Legal.

Segundo o Ministério Público Federal, o acordo amplia os resultados do Programa Municípios Verdes, lançado há dois anos, que reúne um pacote de incentivos aos proprietários rurais e aos municípios que se comprometerem a atuar pela regularização fundiária e ambiental no campo.

Esforço antigo
As primeiras iniciativas em rastrear o boi que chegava às prateleiras vieram da exigência do próprio mercado, principalmente o Europeu. Em 2009, o Ministério Público Federal começou a cobrar dos frigoríficos de vários estados que deixassem de comercializar carne oriunda de propriedades envolvidas com desmatamento ilegal.

Em 2010, o pedido chegou aos consumidores através da campanha “Carne Legal”, que pedia para os as pessoas não comprassem carne de origem desconhecida.

Fonte: http://www.oeco.com.br/noticias/27027-supermercados-vao-barrar-carne-advinda-de-area-desmatada

Brasil cria plataforma online para mapear sua biodiversidade




A ciência já registrou em território brasileiro 103.870 espécies animais e outras 43.020 espécies vegetais, segundo relatório entregue pelo governo brasileiro para a Convenção sobre Biodiversidade Biológica (CBD) em 2010. É a maior diversidade biológica de qualquer nação do planeta. Agora, o Brasil quer mapear em uma só plataforma online todos os dados sobre esses organismos e seus ecossistemas.

A plataforma se chamará Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Seu orçamento conta com 28 milhões de dólares do Ministério da Ciência e Tecnologia e o apoio financeiro do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês). O programa está previsto para durar 5 anos. Ao final, espera-se que ele também integre os bancos de dados sobre o assunto já existentes no Brasil.

Caminho desconhecido

O número total de bancos de dados no país ainda é desconhecido. A plataforma SiBBr iniciou pesquisa para identificar quantos são - entre coleções biológicas, zoológicas, de microrganismos, herbários e bibliotecas – e quantos estão disponíveis em entidades públicas e particulares no Brasil. Uma primeira contagem dessas coleções será feita no próximo dia 15 de abril.

A pesquisa foi encaminhada a mais de 280 instituições, entre universidades, institutos de pesquisa, museus, coleções particulares e outros, somando mais de 400 fontes de informação.

“Ao levantar informações sobre biodiversidade, será possível ter um ponto de partida unificado para os pesquisadores”, disse Denise Hamú, chefe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que apoia a plataforma SiBBr. Além do Pnuma, são parceiros a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC).

Não se projeta mais o desenvolvimento econômico e social de um país sem incluir a vertente ambiental, defendeu Hamú em entrevista a ((o))eco. “O Pnuma acredita que os preceitos de consumo e desenvolvimento sustentáveis devem ser incorporados pelos países em desenvolvimento e o Brasil tem um grande potencial de liderança nesta área”, disse.

Todos os biomas

O Brasil abriga quatro importantes biomas – Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal – e todos eles serão incluídos no mapeamento.

O mundo marinho também estará lá, uma vez que as riquezas da extensa plataforma marítima brasileira, também conhecida como Amazônia Azul, sofrem fortes pressões sobre seus recursos.

Segundo o Pnuma, a plataforma deverá gerar “subsídios para políticas de conservação e de serviços ambientais associados aos ecossistemas”, assim como levantar o potencial econômico em áreas como agricultura, medicina, turismo e indústria.

A plataforma incluirá, à medida em que ocorrerem, a descoberta de novas espécies de fauna e flora. Ninguém sabe quantas espécies ainda podem ser descobertas e "não é seguro fazer projeções sobre quantas ainda serão listadas”, diz Hamú.

Unidades de Conservação

No Brasil, existem hoje 312 Unidades de Conservação federais geridas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Elas abrigam boa parte das espécies conhecidas no país. "Os levantamentos em Unidades de Conservação também farão parte do SiBBr e as informações poderão subsidiar futuras decisões sobre áreas de conservação”, disse Hamú.

Em última instância, o objetivo da plataforma online será o de promover a conservação e uso sustentável da biodiversidade nos setores produtivos. “Por meio do acesso à informação sobre biodiversidade, a plataforma SiBBr será uma ferramenta para a formulação de políticas públicas que favoreçam a conservação de ecossistemas sensíveis à atuação dessas atividades produtivas", disse Hamú.


Fonte: http://www.oeco.com.br/noticias/27028-brasil-cria-plataforma-online-para-mapear-sua-biodiversidade

terça-feira, 26 de março de 2013

19 BAleias-piloto encalham em praia da Africa do Sul


Dezenove baleias-piloto encalham em praia da África do Sul


Imagem 6/7: 24.mar.2013 - Voluntários jogam água e panos molhados em baleia encalhada na praia de Noordhoek, próxima a Cidade do Cabo, na África do Sul, neste domingo. Oficiais do país afirmam que 19 baleias-piloto encalharam no local e cinco delas morreram. A polícia ajuda no resgate dos mamíferos para tentar mantê-los vivos Schalk van Zuydam/AP



Fonte e Fotos: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/album/2013/03/24/dezenove-baleias-piloto-encalham-em-praia-da-africa-do-sul.htm?abrefoto=6

Pau-brasil sustentável




por Luciene de Assis, do MMA
pau brasil Pau brasil sustentável
Pau-brasil: espécie nativa a ser preservada. Foto: Martim Garcia/MMA
Um dos objetivos é reintroduzir a espécie em fragmentos naturais da Mata Atlântica, considerando-se alternativas adequadas para os estados ao norte da Bahia.
Especialistas brasileiros e estrangeiros no plantio e conservação da espécie pau-brasil estarão reunidos nesta terça-feira e quarta-feira (26 e 27), em Recife, para o seminário Conservação, Repovoamento e Reflorestamento com Pau-Brasil com o objetivo de criar uma rede de promoção da espécie. A ideia é elaborar propostas viáveis de plantios comerciais heterogêneos e sistemas agroflorestais. “Queremos também eleger modelos de reintrodução do pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) em fragmentos naturais da Mata Atlântica, considerando-se alternativas adequadas para os estados ao norte da Bahia”, explica o diretor técnico da Associação Plantas do Nordeste (APNE), Frans Pareyn.
O evento será realizado na Fundação Centro de Educação Comunitária e Social do Nordeste (Cecosne), organizado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e pela Associação Plantas do Nordeste (APNE), em parceria com a ONG americana International Pernambuco Conservatory Initiative (IPCI) e apoiada pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), órgão de fomento à ciência e à tecnologia vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do governo estadual. “Os casos apresentados serão fundamentais para alimentar as políticas públicas de incentivo à produção sustentável e à conservação da espécie”, avalia o chefe de gabinete da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Fernando Tatagiba.
Harpas e violinos
Depois de séculos de exploração predatória, a presença de pau-brasil na Mata Atlântica tornou-se escassa, sendo considerado crime, por lei federal, o corte ilegal desta árvore em risco de extinção. Conhecida também como pau-rosa, pau-de-tinta ou pau-pernambuco, entre outras denominações, a madeira desta leguminosa brasileira tem sido utilizada na confecção de arcos de violinos, harpas e violas.
Os sistemas de plantios heterogêneos, os modelos agroflorestais e as metodologias de reintrodução do pau-brasil em espaços naturais permitirão produzir, de forma eficiente e sustentável, a matéria prima (madeira), promovendo, ao mesmo tempo, a conservação e reintrodução da espécie no seu habitat natural, confirma Frans Pareyn. Os sistemas definidos pelos especialistas orientarão iniciativas de plantio e reintrodução da espécie pelos interessados. De forma imediata, os modelos definidos serão implantados em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Atualmente, o Pau-brasil está classificado na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção.
* Publicado originalmente no site Ministério do Meio Ambiente.
(Ministério do Meio Ambiente) 

Fonte: http://envolverde.com.br/noticias/pau-brasil-sustentavel/

Mudanças climáticas beneficiam multiplicação de corais moles, prejudicando a vida marinha




por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil
coralmole1 300x250 Mudanças climáticas beneficiam multiplicação de corais moles, prejudicando a vida marinha
Um novo estudo publicado neste domingo (24) no periódico Nature Climate Change revela que as mudanças climáticas podem fazer com que os chamados recifes de corais construtores percam espaço para os recifes de corais moles, o que pode prejudicar milhares de espécies marinhas.
Segundo a pesquisa, isso ocorre porque os aumentos antropogênicos na pressão parcial de CO2 (pCO2) causam acidificação oceânica, diminuindo os índices de saturação do carbonato de cálcio, o que reduz a calcificação dos recifes de corais e causa mudanças nas composições dos organismos marinhos.
O que os cientistas observaram, através da análise de corais da ilha vulcânica de Iwotorishima, no Japão, é que uma das principais mudanças ocorridas devido à acidificação oceânica é a transição de corais construtores (corais duros) para corais moles.
O estudo mostra que a distribuição espacial tanto de corais duros quanto de corais moles em águas vulcânicas acidificadas está relacionada aos níveis de pCO2. Os corais construtores estão restritos a zonas não acidificadas e com baixa pCO2 (225 μatm). Já as maiores populações de corais moles dominam zonas com média pCO2 (831 μatm), e tanto os corais duros quanto os corais moles estão ausentes nas zonas com pCO2 mais alta (1465 μatm).
Esses resultados sugerem que as comunidades de recifes podem mudar de corais construtores para corais moles sob os níveis de pCO2 (550-970 μatm) previstos para até o final desse século, e que níveis mais altos de pCO2 desafiariam a sobrevivência de alguns organismos presentes nos recifes.
“Corais duros são importantes construtores de recifes e fornecem habitats tridimensionais complexos para muitos organismos de recifes”, concluíram os autores da pesquisa.
Eles acrescentaram que a substituição de um tipo de coral pelo outro impactaria diversas espécies que dependem dos corais construtores, como peixes e outras criaturas marinhas, já que uma comunidade de corais moles “dificilmente funciona como os corais duros como um ninho para pequenos organismos vivos como camarões e pequenos peixes”.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil) 

Fonte: http://envolverde.com.br/noticias/mudancas-climaticas-beneficiam-multiplicacao-de-corais-moles-prejudicando-a-vida-marinha/

Um pouco de piedade para a Serra e suas cavernas



Bem próximo a Belo Horizonte existe uma serra. Aliás, esta bela capital de um dos Estados mais importantes do Brasil é rodeada de fantásticas serras. Por enquanto, já que a maioria delas é formada por minério de ferro, fartamente consumido pelas atividades mineradoras. É o famoso Quadrilátero Ferrífero, visto com olhos gulosos pela economia deste país. A serra deste ensaio evoca compaixão. Está no seu nome: Piedade.

A Serra da Piedade é esburacada no bom sentido. Como a maioria das áreas ricas em minério de ferro, ela abriga uma enorme quantidade de cavidades naturais, cuja maioria só foi descoberta nos últimos anos. Sim, até pouco mais de uma década, os olhos da espeleologia se direcionavam apenas para cavernas em calcário e, eventualmente, arenito. Com o aumento dos interesses econômicos sobre a produção ferrífera, tanto as empresas mineradoras quanto espeleólogos de plantão se viram na obrigação e responsabilidade, respectivamente, de conhecerem melhor estas curiosas cavidades. 

Estima-se que deva existir mais de 600 cavernas no Quadrilátero Ferrífero. Segundo Luciano Faria, espeleólogo que participou da descoberta de pelo menos 55 cavidades, só na Serra da Piedade encontram-se mais de 10% do total. Localizada entre os municípios de Sabará e Caeté, ela foi mencionada nas descrições de importantes viajantes, como Auguste de Saint-HilaireGeorge Gardner e Peter Lund. Mas é no âmbito cultural e religioso que suas escarpas são mais conhecidas. Visitada desde o século XVIII, a Serra guarda em seu topo o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, o que contribuiu para que todo o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico fosse tombado pelo IPHAN. 

As cavernas da Piedade são de pequeno e médio porte. Essa é a regra nas estruturas geológicas das formações ferríferas, que apresentam rochas como itabirito, ou as concreções lateríticas, conhecidas porcangas ou ilhas de ferro. Contudo, o porte não diminui sua importância. Pelo contrário, é a sua complexidade que pede estudos mais aprofundados. 

Seus processos de formação estão vinculados tanto à dissolução quanto à erosão, em que a água infiltra nas fissuras e descontinuidades da rocha. A canga seria originada antes da formação das cavidades, a partir da dissolução do Ferro (Fe++) e posterior precipitação na forma de limonita, que cria verdadeiras “capas” impermeáveis na superfície do relevo. A resistência dessas “capas”, que funcionam como tetos, contribui para que o processo erosivo produza aos poucos pequenas cavidades subterrâneas. Já o processo por dissolução ocorre no contato entre a canga e o minério de ferro, e forma as maiores cavernas. 

No universo biológico, recentes estudos realizados na região pelo Laboratório de Estudos Subterrâneos daUFSCar encontraram importantes espécimes de animais troglóbios (que vivem exclusivamente em cavernas), entre eles colêmbolos, aranhas e diplópodos. Apresentados na última Conferência Internacional de Biologia Subterrânea, trabalhos científicos registraram pelo menos 72 espécies de 44 famílias de fauna cavernícola, e o número ainda pode crescer.

A Serra da Piedade está protegida por tombamentos nos âmbitos municipal, estadual e federal. Entretanto, há espeleólogos que temem pelas cavernas do seu entorno. Empresas mineradoras estão deixando marcas nas encostas da serra, em busca dos depósitos de minério de ferro. Os cientistas já alertaram para a importância daquelas formações para o campo ainda jovem da espeleologia associada a formações ferríferas. Porém, uma parte delas pode desaparecer antes mesmo de ser estudada.



Saiba mais
M.E. Bichuette; L. Faria; T.F. Ferreira; M.A. Moreira; P.V.S. Santos; A. Rocha4 & J. Gallão.Cave fauna from iron caves of southeastern Brazil. XXI International Conference on Subterranean Biology, Slovakia, 2012
Pereira, M.C. Aspectos genéticos e morfológicos das cavidades naturais da Serra da Piedade, Quadrilátero Ferrífero/MG. Dissertação (Mestrado em Geologia) – Instituto de Geociências. UFMG. 2012. 

Fonte: http://www.oeco.com.br/adriano-gambarini-lista/27022-um-pouco-de-piedade-para-a-serra-e-suas-cavernas

Absurdos - Doação de filhotes de coelhos nesta Páscoa

Soubemos ontem que um grande shopping de São Paulo, o Iguatemi, que planejou dar filhotes de coelhos como brindes nesta Páscoa, desistiu da ação após críticas de pessoas e entidades. Expor ou distribuir animais, além de ilegal (Lei 10.309/87), é um ato de ignorância e desrespeito a vida. Todos os anos, alertamos sobre o verdadeiro pesadelo que a Páscoa é para muitas entidades de ajuda aos animais, devido à maciça venda de coelhos como presente e seu posterior abandono. Levados pelo impulso, muitos pais acabam comprando coelhos para seus filhos, sem conhecer a natureza destes animais. Portanto, antes de optar por comprar ou mesmo adotar um coelho, existem algumas coisas que você deve saber sobre eles:

• Coelhos vivem entre oito e dez anos, o que torna a adoção um compromisso de longo prazo. Eles exigem cuidados veterinários regulares, muitas vezes, de especialistas, que podem custar caro.

• Crianças, muitas vezes, querem um coelho para pegar no colo e fazer carinho. Porém, por natureza, a última coisa que um coelho quer é ser apanhado. Coelhos são animais de presas e apanhá-los ou segurá-los no colo, pode lhes dar a sensação de terem sido capturados por um predador. Por isso, eles podem morder e arranhar fortemente na tentativa de se soltar, ferindo crianças e adultos desavisados.

• As costas de um coelho são muito frágeis e uma pequena queda pode lhe causar sérios ferimentos. Por isso, coelhos não são aconselhados para crianças menores de oito ou nove anos.

• Coelhos gostam de roer coisas. Cabos e fios espalhados pela casa serão certamente alvo de seus dentes, podendo trazer prejuízos financeiros, além do risco de morte dos mesmos pela eletricidade.

• Coelhos não vivem bem isolados de outros coelhos. Tornam-se tristes e deprimidos. O ideal para uma família que resolva criar um, é dar lhe um companheiro e bastante espaço.

• A reprodução de um coelho é muito rápida. Sua puberdade ocorre aos 120 dias de vida e sua gestação tem duração de apenas 28 dias. Em uma única ninhada, nascem de 7 a 12 filhotes e a fêmea volta a entrar no cio 14 dias após o parto.

• Como todo animal, o coelho precisa de comida e água, mas feno é importante para eles também. 

• Coelhos, como pessoas, não gostam de gaiolas e ficam deprimidos quando são obrigados a viver em uma.

Por tudo isso, pense muito bem antes de comprar um coelho para seus filhos ou para si. Lembre-se que você estará assumindo a responsabilidade por uma vida, que sempre será dependente de você.

Compartilhe esta informação e ajude a salvar milhares de coelhos.

O Clube dos Vira-Latas agradece.

Fonte: Clube dos Vira-Latas: https://www.facebook.com/ClubeDosViraLatas/posts/10151423892068585

Florestas artificiais ameaçam biodiversidade do Pampa



Por Karina Toledo
Agência FAPESP – Em estados como Mato Grosso e Pará, a Floresta Amazônica está sendo transformada em pasto. No Rio Grande do Sul ocorre o problema inverso: a vegetação campestre dos pampas – que há séculos convive em harmonia com a pecuária – está sendo dizimada para dar lugar a florestas plantadas pelo homem.
O impacto visual da destruição pode ser maior na Amazônia, mas se engana quem pensa que a perda biológica no Bioma Pampa é menor. Segundo levantamento coordenado pela professora Ilsi Boldrini, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), os campos sulinos concentram uma diversidade vegetal três vezes maior que a da floresta, quando se leva em conta a proporção da área ocupada por cada bioma.
Os dados foram apresentados no segundo evento do Ciclo de Conferências 2013 do BIOTA Educação, organizado pelo Programa BIOTA-FAPESP, que teve como tema o Pampa.
Com 176 mil km², o bioma era considerado parte da Mata Atlântica até 2004. Originalmente, ocupava 63% do território gaúcho. Hoje, apenas 36% dessa área ainda está coberta pela vegetação original.
“A paisagem campestre poder parecer homogênea e pobre para quem não conhece, mas nesse pequeno remanescente do bioma mapeamos 2.169 táxons – a maioria espécies diferentes, pertencentes a 502 gêneros e 89 famílias. Desses, 990 táxons são exclusivos do Pampa. É um número muito grande para uma área tão pequena. No Cerrado, por exemplo, são 7 mil espécies em 3 milhões de km2”, afirmou Boldrini.
Segundo a pesquisadora, aproximadamente 1 milhão de hectares – ou 25% do Bioma Pampa – foi ocupado nos últimos cinco anos por florestas de eucalipto e de pinus, que visam a abastecer a indústria de papel e celulose.
Poucas plantas nativas sobrevivem debaixo das árvores, pois há pouca luz disponível e as espécies de campo aberto precisam de muito sol. “Quando as árvores forem cortadas, restarão apenas os tocos e um solo descoberto – ambiente propício para espécies invasoras como o capim-annoni ou a grama-paulista, que são muito fibrosas e não servem para pasto”, disse.
Mas, segundo Boldrini, o mais antigo e ainda hoje o principal fator de destruição do Pampa é a agricultura. “As plantações de soja e trigo nas terras mais secas e as plantações de arroz nas áreas úmidas, próximas a rios. O cultivo começou no planalto e está se espalhando para todo o Pampa, embora a vocação da região seja para a pecuária”, argumentou.
Mesmo a criação de gado para corte, introduzida no Rio Grande do Sul pelos jesuítas ainda no século XVI, tem se tornado uma ameaça por falta de manejo adequado.
“Os produtores usam uma carga animal muito alta. Como consequência, o campo fica baixo e falta pasto no inverno. Eles então aplicam herbicidas para eliminar a vegetação nativa e abrir espaço para plantar espécies hibernais exóticas, como azevém, trevo branco e cornichão”, alertou Boldrini.
A prática não só ameaça a biodiversidade local, como contamina o solo e a água e ainda diminui a produtividade dos pecuaristas. O ideal, segundo Boldrini, seria ter uma oferta de forragem de três a quatro vezes maior do que o gado é capaz de consumir. Dessa forma, o animal escolhe as espécies mais adequadas para sua alimentação, desenvolve-se mais rápido e se reproduz de forma mais eficiente.
“A produtividade média do estado hoje é de 70 kg de carne por hectare ao ano. Com o manejo correto, pode passar para 200 kg a 230 kg por hectare ao ano. Além disso, a qualidade da carne também melhora. Basta cuidar para o animal não liquidar com a vegetação”, disse.
SOS Pampa
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, o Pampa é hoje o segundo bioma mais devastado do país – atrás apenas da Mata Atlântica. Entre as espécies vegetais endêmicas da região já descritas, 151 estão ameaçadas de extinção.
“Algumas plantas, como a Pavonia secreta, existem apenas em uma pequena região do Pampa. No momento em que aquele lugar for devastado, elas vão se extinguir”, disse Boldrini.
O desaparecimento da flora local ameaça não apenas a fauna a ela associada como também os mananciais da região, alertou a pesquisadora.
“As nascentes de todos os afluentes e subafluentes dos grandes rios do estado, como Jacuí, Ibicuí e Uruguai, estão completamente interligadas à vegetação de campo. Se não cuidarmos da periferia dessas nascentes, não adianta plantar pinus depois”, afirmou a professora.
Desconhecimento
Ainda durante o evento, Márcio Borges Martins, da UFRGS, afirmou que um dos principais obstáculos à preservação do Pampa é o desconhecimento da biodiversidade local. “Há muitas pesquisas sendo feitas, mas quase nada publicado. Isso dificulta a definição de áreas prioritárias para a conservação”, disse.
A falta de informações sobre as espécies de animais da região também foi destacada por Eduardo Eizirik, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), que apresentou a palestra “Origem, evolução e diversidade da fauna de vertebrados do Bioma Pampa”.
Organizado pelo Programa BIOTA-FAPESP, o Ciclo de Conferências 2013 tem o objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento do ensino de ciência. A terceira etapa será no dia 18 de abril, quando estará em destaque o “Bioma Pantanal”.
Em 16 de maio, o tema será “Bioma Cerrado”. Em 20 de junho, será abordado o “Bioma Caatinga”. Em 22 de agosto, será a vez do “Bioma Mata Atlântica”. Em 19 de setembro, “Bioma Amazônia”. Em 24 de outubro, o tema será “Ambientes Marinhos e Costeiros”. Finalizando o ciclo, em 21 de novembro, o tema será “Biodiversidade em Ambientes Antrópicos – Urbanos e Rurais”.

Fonte: http://agencia.fapesp.br/17032