por Luciene de Assis, do MMA
Um dos objetivos é reintroduzir a espécie em fragmentos naturais da Mata Atlântica, considerando-se alternativas adequadas para os estados ao norte da Bahia.
Especialistas brasileiros e estrangeiros no plantio e conservação da espécie pau-brasil estarão reunidos nesta terça-feira e quarta-feira (26 e 27), em Recife, para o seminário Conservação, Repovoamento e Reflorestamento com Pau-Brasil com o objetivo de criar uma rede de promoção da espécie. A ideia é elaborar propostas viáveis de plantios comerciais heterogêneos e sistemas agroflorestais. “Queremos também eleger modelos de reintrodução do pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) em fragmentos naturais da Mata Atlântica, considerando-se alternativas adequadas para os estados ao norte da Bahia”, explica o diretor técnico da Associação Plantas do Nordeste (APNE), Frans Pareyn.
O evento será realizado na Fundação Centro de Educação Comunitária e Social do Nordeste (Cecosne), organizado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e pela Associação Plantas do Nordeste (APNE), em parceria com a ONG americana International Pernambuco Conservatory Initiative (IPCI) e apoiada pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), órgão de fomento à ciência e à tecnologia vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do governo estadual. “Os casos apresentados serão fundamentais para alimentar as políticas públicas de incentivo à produção sustentável e à conservação da espécie”, avalia o chefe de gabinete da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Fernando Tatagiba.
Harpas e violinos
Depois de séculos de exploração predatória, a presença de pau-brasil na Mata Atlântica tornou-se escassa, sendo considerado crime, por lei federal, o corte ilegal desta árvore em risco de extinção. Conhecida também como pau-rosa, pau-de-tinta ou pau-pernambuco, entre outras denominações, a madeira desta leguminosa brasileira tem sido utilizada na confecção de arcos de violinos, harpas e violas.
Os sistemas de plantios heterogêneos, os modelos agroflorestais e as metodologias de reintrodução do pau-brasil em espaços naturais permitirão produzir, de forma eficiente e sustentável, a matéria prima (madeira), promovendo, ao mesmo tempo, a conservação e reintrodução da espécie no seu habitat natural, confirma Frans Pareyn. Os sistemas definidos pelos especialistas orientarão iniciativas de plantio e reintrodução da espécie pelos interessados. De forma imediata, os modelos definidos serão implantados em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Atualmente, o Pau-brasil está classificado na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção.
* Publicado originalmente no site Ministério do Meio Ambiente.
(Ministério do Meio Ambiente)
Fonte: http://envolverde.com.br/noticias/pau-brasil-sustentavel/
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