Peixe foi encontrado no Rio Uruguai em Porto Mauá, no Noroeste gaúcho.
Após limpeza, somente a carne do animal tinha peso de 31kg.
Arraia de 64 kg foi pescada e levada com auxílio de um reboque (Foto: Divulgação/Prefeitura de Porto Mauá)
Uma arraia pesando 64 kg foi pescada nas águas do Rio Uruguai no município de Porto Mauá, no Noroeste do Rio Grande do Sul, entre a noite desta segunda-feira (5) e a madrugada de terça (6). O pescador Alcir Pires de Aguiar, de 56 anos, garante que usou uma linha de mão na pescaria. Devido ao tamanho e peso elevado, ele usou um gancho e um reboque de barco para transportá-la até uma propriedade rural. "Levei seis horas para tirar ela da água", contou Aguiar ao G1.
A pesca ocorreu na localidade de Três Bocas, na zona rural da cidade que faz fronteira com a Argentina. O pescador conta que sentiu o puxão na linha por volta das 20h de segunda-feira (5), e somente às 2h de terça (6) conseguiu tirar o animal da água. Depois, contou com o irmão Américo, que mora no país vizinho, para levar o animal para casa em um reboque. "Fomos para o carro e puxamos com uma carretinha", contou.
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Segundo Aguiar, após a limpeza, somente a carne do animal pesava 31 kg. "Era muita carne. Ficamos com um pedaço para consumo e vendemos o resto", conta.
De acordo com o professor de Biociências da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Nelson Ferreira Fontoura, a incidência de arraias na região é considerada comum. “Não é uma arraia marinha que foi parar lá. Existem arraias de água doce que vivem em toda a Bacia do Prata, que incluiu o Rio Uruguai. Esse tipo também é muito presente na Bacia do Amazonas, na Região do Pantanal”, explica.
De acordo com a legislação ambiental, a pesca da arraia da forma que foi feita por Aguar é permitida, conforme normativa do Ministério de Pesca e Aquicultura. "Só não pode ser feita em uma distância maior que três milhas (da margem do rio), com rede de arrasto, e o tamanho precisa ser acima de 60 centímetros", observa o sargento Mauricio Bernardina, da 2ª Companhia Ambiental da Brigada Militar de Porto Alegre.
O sargento destaca também que é proibido retirar parte do animal e jogá-lo de volta no mar. "Algumas pessoas retiram parte da barbatana e largam o animal vivo. Temos uma resolução nova do ministério que regula isto, mas neste caso está tranquilo", disse Bernardina.
Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/03/levei-seis-horas-diz-pescador-que-fisgou-arraia-de-64-kg-no-rs.html
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