Animais estavam em região oceânica próxima à
Barra da Tijuca.
Fotógrafo se preparou por três anos para registrar imagens.
rios
O fotógrafo Daniel Botelho fez no último fim de semana imagens raras de tubarões que vivem na costa do Rio de Janeiro, animais que povoam grande parte do litoral brasileiro e que só podem ser vistos em áreas de mar aberto, distante da costa.
Botelho, que se tornou um especialista em fotografar tubarões em diversas partes do mundo, e já encarou outras feras como o crocodilo-do-Nilo, na África, conta que se preparou por três anos para mergulhar com os tubarões na orla carioca.
Botelho, que se tornou um especialista em fotografar tubarões em diversas partes do mundo, e já encarou outras feras como o crocodilo-do-Nilo, na África, conta que se preparou por três anos para mergulhar com os tubarões na orla carioca.
"Tive que planejar, levantar fundos. O mar do Rio de Janeiro não costuma registrar a presença constante de tubarões. Tanto que se tivéssemos a presença maior desses animais, seria mais uma forma de explorar o turismo na cidade”, explica Botelho ao G1.
Ele se refere à prática de mergulho com esses animais, que é quando turistas são colocados em uma espécie de gaiola e, em seguida, ficam embaixo d'água, com segurança, para observar e fotografar tubarões, como acontece, por exemplo, na África do Sul.
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Trilha em alto mar
As imagens do fotógrafo brasileiro foram feitas na região da Barra da Tijuca, a 50 km de distância da praia – para chegar a esta área leva-se cerca de três horas de barco. Deste ponto, já não é possível observar a costa do Rio.
As imagens do fotógrafo brasileiro foram feitas na região da Barra da Tijuca, a 50 km de distância da praia – para chegar a esta área leva-se cerca de três horas de barco. Deste ponto, já não é possível observar a costa do Rio.
Para atrair a atenção dos tubarões, o grupo que acompanhava Botelho precisou lançar no mar um composto chamado de engodo, uma mistura de tripa de peixe com óleo de fígado de peixe. O material foi jogado enquanto o barco ficou à deriva.
“Foi um processo de muita paciência porque a cada três minutos tínhamos que lançar essa mistura, com o intuito de atrair o olfato dos tubarões”.
Tempos depois, três exemplares jovens de tubarão-lombo-preto (Carcharhinus Salciformis) começaram a rondar o barco. Segundo o fotógrafo, cada exemplar tinha um 1,5 metro de comprimento e comportamento um pouco agressivo. “Eles vêm muito em cima por curiosidade. São animais que, se os alimentarmos, pegam a comida e vão embora”, explica.
De acordo com o biólogo Marcelo Szpilman, diretor do Instituto Aqualung, do Rio de Janeiro, essa espécie de tubarão é considerada oceânica, ou seja, fica em áreas mais afastadas da costa, com água clara. Sua população está espalhada por diversas partes do mundo.
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