Para se alimentar da amêndoa, eles precisam quebrar o endocarpo do fruto, a parte dura usada em artesanato. Para isso, usam uma pedra como bigorna, onde posicionam a guloseima, e outra como martelo, para golpeá-la. O problema é que, caso mal posicionado, o fruto fica mais difícil de quebrar ou pode até voar longe. Depois de observar o comportamento do macaquinho e comparar com o comportamento de seres humanos, os pesquisadores concluíram que os bichos, assim como os homens, são capazes de escolher a melhor posição para quebrar a noz. Para isso, utilizam a sensibilidade dos dedos e a audição.
No primeiro passo do estudo, pesquisadores marcaram coquinhos de babaçu para saberem em que posição eles parariam de rolar em uma superfície plana. No passo seguinte, deixaram que que os próprios macacos, espontaneamente, pegassem os cocos e os posicionassem. A primeira surpresa foi descobrir que eles também escolhiam a posição mais estável, ou seja, eles eram capazes de encontrá-la sozinhos. A vantagem da posição estável é aproveitar melhor a energia dos golpes usados para quebrar o coco e evitar que a comida voe longe.
A habilidade dos macacos-pregos-amarelos foi registrada em um vídeo.
Na segunda parte do estudo, os pesquisadores pediram a humanos que, com os olhos fechados, posicionassem e quebrassem as nozes. O resultado foi bem parecido. A principal diferença é que homens e mulheres preferiram girara o fruto com as mãos, em vez de batê-lo repetidas vezes contra a "bigorna". Este passo confirmou que, na ausência da visão, outros sentidos podem ser usados para encontrar a melhor posição para as nozes.
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